O romancista e professor Godofredo de Oliveira Neto foi eleito, quinta-feira, dia 09 de junho de 2022, imortal da Academia Brasileira de Letras.
Professor catarinense tem 71 anos e mais de 20 livros publicados no país e no exterior, entre romances e contos. Catarinense é o primeiro ficcionista a conquistar uma vaga na instituição desde a sua reabertura.
O ritual se repete: a chama é sinal de que um novo integrante da Academia Brasileira de Letras foi eleito. No final da votação, as cédulas são queimadas, como manda a tradição.
A escolha entre nove candidatos foi
para a Cadeira antes ocupada por Cândido Mendes, que morreu em fevereiro.
UM POUCO SOBRE GODOFREDO DE OLIVEIRA
NETO
Nasceu em Blumenau, 22 de maio de 1951) é um escritor e professor universitário brasileiro, formado em Letras e Altos Estudos Internacionais pela Sorbonne. Atua, como docente, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 1980.
Brasileiro reside, no Rio de Janeiro, é Professor do Departamento de Línguas vernáculas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, graduou-se em Relações Internacionais pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais da Universidade de Paris II (França) e em Letras pela Universidade de Paris III (França), onde também realizou seu mestrado em Letras. Possui o título de Doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ocupou diversos cargos técnicos em instituições nacionais e internacionais, e integra diversos grupos de pesquisa em Literatura, dentre os quais o comitê de pesquisadores da Association Archives de la Litérature Latino-américaine des Caraibes et Africaines du XX Siècle, ligado à UNESCO. Preside a Comissão de Língua Portuguesa do Ministério da Educação do Brasil e o Conselho Científico do Instituto Internacional de Língua Portuguesa da CPLP, entidades responsáveis pela implementação do novo acordo ortográfico nos países lusófonos.
É autor de romances, como O Bruxo do Contestado (1996), revelação do ano pela Folha de S.Paulo e revista Veja, e Amores Exilados (2011), aclamado pela crítica como importante livro sobre os exilados políticos durante o regime militar no Brasil. Seu livro infantil Ana e a Margem do Rio (2002) recebeu o selo de "altamente recomendável" da Fundação Nacional para o Livro Infantil e Juvenil . Outros livros do escritor são: Oleg e os Clones (1999), Menino Oculto (2005), segundo lugar no 48º Prêmio Jabuti e Marcelino (2008). Em 2013 foi lançado seu mais recente romance, A Ficcionista.
Godofredo de Oliveira Neto é Membro
Titular da cadeira "Barão do Rio Branco" da Academia Carioca de
Letras, membro do PEN Clube do Brasil, da Academia Europeia de Ciências, Letras
e Artes (Embaixador para a América Latina) e do Conselho de Cultura do Estado
do Rio de Janeiro.
Entre outras condecorações, recebeu a Medalha Euclides da Cunha da Academia Brasileira de Letras e a Medalha Cruz e Sousa do Estado de Santa Catarina.
Em 2018, foi eleito membro da Academia
Catarinense de Letras para ocupar a Cadeira 10, cujo Patrono é Francisco
Antônio Castorino de Farias.
O escritor dirigiu o departamento de
Ensino Superior do Ministério da Educação do Brasil (MEC) entre 2002 e 2005 e
foi pró-reitor da UFRJ entre 1990 e 1994.
OBRAS
Faina de Jurema (1981)
O nome e o verbo na construção de São
Bernardo (1988)
A ficção na realidade em São Bernardo
(1990)
O bruxo do contestado: romance (1996)
Pedaço de Santo (1997)
Oleg e os clones (1999)
Marcelino Nanmbrá: o Manumisso (2000)
Ana e a margem do rio: confissões de
uma jovem Nauá (2002)
Libertinagem & estrela da manhã
(2006)
Marcelino (2008)
Crus e Sousa: o poeta alforriado
(2010)
Amores exilados: romance (2011)
Secchin : uma vida em letras (2013)
Ilusão e mentira : as histórias de
Adamastor e de Lalinha (2014)
Falando com estranhos: o estrangeiro e
a literatura brasileira (2016)
Grito (2016)
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