Em comemoração ao aniversário de 204
anos do Museu Nacional, será realizada, na Quinta da Boa Vista, no dia 5 de
junho de 2022 (domingo), entre 10h30min e 17h, uma série de atividades e
oficinas relacionadas à exposição “O que você sonha para o Museu Nacional?”. O
evento faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente da UFRJ, que vai até
o dia 14 de junho de 2022.
As atividades vão abordar três eixos
temáticos que compõem a exposição: A importância da ciência em nossas vidas; O
papel do Museu Nacional na construção de um mundo plural (diversidade
cultural); e Como as futuras exposições do Museu Nacional podem nos ajudar a
conhecer a vida na Terra?
Haverá oficinas de arte e pintura;
mostra científica baseada nos livros Viagem ao Centro da Terra e Vinte Mil
Léguas Submarinas, de Júlio Verne, e O Mundo Perdido, de Arthur Conan Doyle. A
programação inclui contação de histórias e oficinas brincantes, além de uma
feira literária de troca de livros.
SERVIÇO
EVENTO: O QUE VOCÊ SONHA PARA O MUSEU
NACIONAL
LOCAL: QUINTA DA BOA VISTA
DATA 5/06/22 (DOMINGO)
HORÁRIO: 10H30min ÀS 17H
ENTRADA GRATUITA
UM POUCO SOBRE O MUSEU
MUSEU NACIONAL NO RIO DE JANEIRO
O Museu Nacional, vinculado à Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é a mais antiga instituição científica do
Brasil que, até setembro de 2018, figurou como um dos maiores museus de
história natural e de antropologia das Américas. Localiza-se no interior do
parque da Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, estando instalado
no Palácio de São Cristóvão. O palácio serviu de residência à família real
portuguesa de 1808 a 1821, abrigou a família imperial brasileira de 1822 a 1889
e sediou a primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes
de ser destinado ao uso do museu, em 1892. O edifício é tombado pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938. Fundado por
Dom João VI em 6 de junho de 1818 sob a denominação de Museu Real, o museu foi
inicialmente instalado no Campo de Santana, reunindo o acervo legado da antiga
Casa de História Natural, popularmente chamada "Casa dos Pássaros",
criada em 1784 pelo Vice-Rei Dom Luís de Vasconcelos e Sousa, além de outras
coleções de mineralogia e zoologia. A criação do museu visava atender aos
interesses de promoção do progresso socioeconômico do país através da difusão
da educação, da cultura e da ciência. Ainda no século XIX, notabilizou-se como
o mais importante museu do seu gênero na América do Sul. Foi incorporado à
Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1946.
O Museu Nacional abrigava um vasto
acervo com mais de 20 milhões de itens, englobando alguns dos mais relevantes
registros da memória brasileira no campo das ciências naturais e
antropológicas, bem como amplos e diversificados conjuntos de itens
provenientes de diversas regiões do planeta, ou produzidos por povos e
civilizações antigas. Formado ao longo de mais de dois séculos por meio de
coletas, escavações, permutas, aquisições e doações, o acervo era subdividido
em coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia
biológica (incluindo-se neste núcleo os remanescentes do esqueleto de Luzia, o
mais antigo fóssil humano das Américas[2]), arqueologia e etnologia. Foi a
principal base para as pesquisas realizada pelos departamentos acadêmicos do
museu — que desenvolve atividades em todas as regiões do país e em outras
partes do mundo, incluindo o continente antártico. Possui uma das maiores
bibliotecas especializadas em ciências naturais do Brasil, com mais de 470 000
volumes e 2 400 obras raras.
No campo do ensino, o museu oferece
cursos de extensão, especialização e pós-graduação em diversas áreas do
conhecimento, além de realizar exposições temporárias e atividades educacionais
voltadas ao público em geral. Administra o Horto Botânico, ao lado do Palácio
de São Cristóvão, além do campus avançado na cidade de Santa Teresa, no
Espírito Santo — a Estação Biológica de Santa Lúcia, mantida em conjunto com o
Museu de Biologia Professor Mello Leitão. Um terceiro espaço no município de
Saquarema é utilizado como centro de apoio às pesquisas de campo. Dedica-se,
por fim, à produção editorial, destacando-se nessa vertente a edição dos
Arquivos do Museu Nacional, o mais antigo periódico científico brasileiro
especializado em ciências naturais, publicado desde 1876.
Na noite de 2 de setembro de 2018, um
incêndio de grandes proporções atingiu a sede do Museu Nacional, destruindo a
quase totalidade do acervo em exposição, uma perda inestimável e incalculável
para formação histórica e cultural não só do país mas do mundo. Foram perdidos
registros de dialetos e cantos indígenas de comunidades que já se extinguiram,
afirmou o historiador Daniel Tutushamum Puri. O edifício que abriga o museu
também resultou extremamente danificado, com rachaduras, desabamento de sua
cobertura, além da queda de lajes internas.
Em 17 de janeiro de 2019 o Museu
Nacional inaugurou sua primeira exposição após o incêndio que destruiu seu
acervo. O acervo das pesquisas sobre fósseis de animais marinhos, elaborado por
funcionários da instituição, foi exposto no prédio da Casa da Moeda. O público
pôde encontrar fósseis de 80 milhões de anos.
Em 2019 o Museu Nacional teve
disponível uma verba de 85,4 milhões de reais para uso nas obras de recuperação
do acervo e infraestrutura. Essa verba foi recebida após a repercussão do
incidente, que provocou manifestações denunciando o descaso do governo, e
debates acalorados em redes sociais em torno da manutenção da instituição
histórica. Dos R$ 85,4 milhões de reais destinados ao Museu Nacional, R$ 55
milhões virão do Orçamento da União para 2019 que foi aprovado pelo Congresso
Nacional em 19 de dezembro de 2018. A verba foi indicada por deputados da
bancada do Rio de Janeiro e apresentada como emenda impositiva, aprovada pela Comissão
Mista de Orçamento.
FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Nacional_(Rio_de_Janeiro)
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