Sou
filho do Nordeste.
Nasci nas
águas do Rio Parnaíba.
Sou
matreiro, sou humilde, sou tosco.
Sou
pescador, rio abaixo, rio arriba.
Sou
filho do Nordeste. Sou vaqueiro.
De onça
pintada sou caçador.
Domador
de touro bravo.
Sou até
trovador.
Ei, Seu
Doutor!
Eu sou
do Nordeste.
Homem
forte, trabalhador.
Nada me
intimida.
Sou
valente, sou cabra da peste.
Espera
aí, meu compadre.
Eu Sou
Nordestino!
Comedor
de rapadura,
jerimum,
maxixe, quiabo,
feijão
verde e aluar.
De
rifle e cartucheira em punho,
vivo da
arte do improvisar.
Gosto
de dormir na rede,
contando
história ao luar.
Falo do
Cabeça de Cuia,
Zabelê,
Bumba meu boi,
e da
Num se pode.
Sou
sujeito “arretado”, meu senhor!
Sustentado
na carne de bode.
Sou
Nordestino!
Sou da
tribo guerreira.
Dos
sete sois e sete luas.
Faço
estripulias,
cheio
de brincadeiras.
Por
©Alberto Araújo
A
poesia “Coração Nordestino” de Alberto Araújo foi recitada em 30 de junho de
2018 pela declamadora Marly Prates, Centro Cultural Maria Sabina. E lida
durante a LIVE em Celebração às Festas Juninas do Elos Internacional por
Alberto Araújo, em 24 de junho de 2021. Repostada em 08 de outubro de 2022.
Alberto
Araújo – piauiense – escritor, poeta, incentivador cultural.
Site: www.albertaraujo.recantodasletras.com.br
http://albertaraujo.blogspot.com
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