Sob as coordenações dos
Fundadores Zé Salvador e Ezequiel Alcântara e sessão presidida pelo
cordelista Zé Salvador, foi realizada sábado, dia 08 de julho de 2023, a instalação
da Academia Gonçalense de Literatura de Cordel. A entidade propende à conservação
e à divulgação do gênero textual e da literatura popular brasileira que teve origem no Nordeste, a
partir dos cordelistas gonçalenses.
A AGLC chegou com o
abraço afetuoso dos amigos do Cordel! Em uma cerimônia bonita e bastante
concorrida, com a beleza de leituras do gênero e com a decência que uma
atividade desse calibre merece. O cordelista Zé Salvador realizou um sonho,
Ezequiel Alcântara celebrou uma missão e o escritor Pablo Jordão de Pão
colaborou na prática com a sua pesquisa sobre as academias de letras.
Destacando os presentes:
Os Fundadores Zé Salvador (José Washington de Souza), Ezequiel Alcântara
Soares, Jordão Pablo Rodrigues de Pão, Alba Helena Corrêa, João Batista Melo,
Erick Bernardes, Oton José São Paio de Meneses, Décio Machado (representando a
Academia Gonçalense de Artes e Ciências), Jota Sobrinho (representando a União
Brasileira de Trovadores de São Gonçalo) e Marlos de Herval Lima da Silva
(representando a Academia Brasileira de Literatura de Cordel).
COM 40 CADEIRAS, A
AGLC TERÁ TRÊS QUADROS: MEMBROS EFETIVOS, MEMBROS PESQUISADORES E MEMBROS
HONORÁRIOS
Três
instituições ingressarão nos quadros da Academia com uma dinâmica diferenciada:
representando-as, os presidentes em exercício ocuparão as cadeiras, atribuindo
imortalidade ao cargo, e não aos indivíduos. Serão empossados: pela AGLAC,
Décio Machado; pela UBT-SG, Renato Cardoso; e, pela Academia Brasileira de Literatura
de Cordel, Almir Gusmão. Érick Bernardes integrará o grupo dos membros
pesquisadores.
AS CADEIRAS SÃO
DISTRIBUÍDAS DA SEGUINTE MANEIRA:
VINTE CADEIRAS
EFETIVAS, sendo cinco especiais: Duas para fundadores - Zé Salvador e Ezequiel
Alcântara, uma para o escritor e pesquisador de memória literária Jordão Pablo
de Pão e duas com Patronos vivos (sem primeiros ocupantes) - uma para Alba
Helena Corrêa e uma para João Batista Melo.
DEZ CADEIRAS para
pesquisadores e artistas congêneres, na sessão realizada em 08/07/23, uma será
ocupada por Erick Bernardes.
DEZ CADEIRAS PARA
MEMBROS HONORÁRIOS, sendo quatro destinadas na sessão: uma do Patrono Vivo Oton
São Paio e três em uma outra novidade - serão oferecidas a instituições e serão
ocupadas pelos presidentes delas durante a gestão deles (uma forma de
salvaguardar a fraternidade acadêmica), são elas: Academia Brasileira de
Literatura de Cordel, Academia Gonçalense de Letras Artes e Ciências e União
Brasileira de Trovadores seção São Gonçalo.
No fim da sessão,
entrou em votação a proposta de Jordão Pablo de Pão e de Ezequiel Alcântara de
chamar a AGLC "Casa de Zé Salvador", acolhida por unanimidade em
vontade manifestada por aclamação popular. O evento aconteceu na Arte
Galeria Box 212 em São Gonçalo.
Foi uma solenidade muito
bonita. Assim, todos estão convictos que a vida dessa Riqueza Cultural de São Gonçalo
será preservada. Viva a cultura popular brasileira! Viva a
nossa Literatura!
SOBRE LITERATURA DE
CORDEL
A literatura de
cordel é considerada um gênero literário geralmente feito em versos. Ela se
afasta dos cânones na medida em que incorpora uma linguagem e temas populares. É
uma manifestação da cultura popular brasileira que teve origem no Nordeste. É
composta por poemas escritos em linguagem popular, ricos em rimas e na perfeição
métrica dos seus versos.
Essa manifestação
recorre a outros meios de divulgação, em alguns casos, os próprios autores são
os divulgadores de seus poemas.
No Brasil, a
literatura de Cordel adquiriu força no século XX, sobretudo entre 1930 e 1960.
Muitos escritores foram influenciados por este estilo, dos quais se destacam:
João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Guimarães Rosa.
Originalmente, os
poemas de cordel eram vendidos em feiras, onde ficavam à mostra da população
pendurados em cordéis ou barbantes.
Os locais onde ela
tem grande destaque são os estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Pará, Rio
Grande do Norte e Ceará. Por esse motivo, o cordel nordestino é um dos mais
destacados no país.
ORIGEM DO CORDEL
O termo “Cordel” é de
herança portuguesa. Essa manifestação artística foi introduzida por eles no Brasil
em fins do século XVIII.
Na Europa, ela começou a aparecer no século XII em outros países (França, Espanha e Itália) e se popularizando no período do Renascimento.
CARACTERÍSTICAS DA
LITERATURA DE CORDEL
Tradição literária regional
Oposta à literatura tradicional
Gênero
literário em versos
Temas
populares e da cultura popular brasileira
Linguagem popular, oral, regional e informal.
Esse tipo de manifestação tem como principais características a oralidade e a presença de elementos da cultura brasileira. Sua principal função social é de informar, ao mesmo tempo em que diverte os leitores.
Oposta à literatura
tradicional (impressa nos livros), a literatura de cordel é uma tradição
literária regional.
Sua forma mais
habitual de apresentação são os “folhetos”, pequenos livros com capas de
xilogravuras que ficam pendurados em barbantes ou cordas. Foi daí que surgiu o seu
nome.
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