Tomás
de Mello Breyner nasceu no seio de velhas famílias aristocráticas apoiadoras de
D. Pedro IV. Era filho do coronel Francisco de Mello Breyner, comandante do
regimento de Caçadores 5 e de Emília Pecquet da Silva.
Nasceu
em Lisboa, 02 de setembro de 1866 e faleceu em Lisboa, 24 de outubro de
1933, Embora a República tivesse sido
proclamada em Portugal em 1910, Tomás de Melo Breyner usava o título de 4.°
Conde de Mafra. Seu irmão mais velho, Francisco, falecido em 1922, era o 3.°
Conde de Mafra.
Médico
notável, Tomás de Mello Breyner, 4º conde de Mafra, empenhou-se na promoção de
políticas de saúde pública, nomeadamente através da luta contra as doenças
venéreas, mesmo em prejuízo da carreira e de salários mais altos.
Filho
mais novo de Francisco de Melo Breyner, o 2.° Conde de Mafra, e de sua esposa
Emília Pecquet da Silva, Tomás nasceu naquele que veio a ser chamado de Palácio
Vila Flor, junto ao Castelo de São Jorge, que servia então como quartel do
batalhão do qual seu pai era comandante.
Estudou
no Colégio Acadêmico Lisbonense e, mais tarde, na Escola Politécnica de Lisboa.
Estudou Medicina na Escola Médico-Cirúrgico de Lisboa, no Campo de Santana. Em
1893, após se especializar na França, Tomás concorreu a médico do Hospital de
São José, mas acabou sendo nomeado médico da Real Câmara por D. Carlos I. Em função
disso, ele acompanhou a Rainha D. Amélia em uma viagem a Paris, em 1894, e a
Rainha D. Maria Pia à Itália, em 1901.
Em
1897, Tomás de Melo Breyner participou como secretário de José Tomás de Sousa
Martins num congresso sobre peste bubônica em Veneza. Em 1903, representou
Portugal no Congresso Internacional de Medicina em Madrid, e fez o mesmo no
realizado em Paris, em 1905. No ano seguinte, o Congresso ocorreu em Lisboa, e
Tomás serviu como secretário da comissão executiva. Entre 1906 e 1907, Melo Breyner
foi deputado.
Teve
colaboração em publicações periódicas como a Ação realista (1924-1926) e o
jornal humorístico O Thalassa (1913-1915). Também colaborou, com texto da sua
autoria, na obra In memoriam: Júlio de Castilho, publicado em 1920. No dia 07
de janeiro de 1894, Tomás de Melo Breyner desposou Sofia de Carvalho Burnay,
quarta filha de Henrique Burnay, 1.º conde de Burnay. Tiveram nove filhos e
filhas.
Muito
atento e interessado no mundo que o rodeava, deixou diversos escritos em forma
de diários, que constituem um dos mais preciosos testemunhos históricos da vida
portuguesa entre 1897 e 1933. Apercebemo-nos dessa importância ao lermos a obra
de Margarida de Magalhães Ramalho - “Thomaz de Mello Breyner – Relatos de uma
Época, do final da Monarquia ao Estado Novo” (Imprensa Nacional, 2018), uma
biografia elaborada com grande rigor cronológico e histórico, que permite
compreender não só a vida do biografado e, mas também a sua época.
Referências
As Antigas Portas de S. Lourenço, da Alfofa e
de S.to André, por Ferreira de Andrade, boletim Olisipo, ano III, n.º 89,
Janeiro de 1960, Lisboa, pág. 30
[http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/AccaoRealista/Accaorealista.htm
Acção realista (1924-1926) [cópia digital, Hemeroteca Digital
[http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/OThalassa/OThalassa.htm
O Thalassa: semanario humoristico e de caricaturas (1913-1915) [cópia digital,
Hemeroteca Digital
Composto por Tipografia da Empresa Diário de
Notícias. «In memoriam: Júlio de Castilho, índice, pág. 194». Consultado em 15
de maio de 2020.
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