sexta-feira, 15 de setembro de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 230 ANOS, EM 15 DE SETEMBRO DE 1793 NASCEU CÂNDIDO JOSÉ DE ARAÚJO VIANNA, O MARQUÊS DE SAPUCAÍ. JURISTA BRASILEIRO. FOI UM DOS FUNDADORES DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO.

 

CÂNDIDO JOSÉ DE ARAÚJO VIANNA, O MARQUÊS DE SAPUCAÍ. Jurista brasileiro nascido em Congonhas do Sabará (atual Nova Lima), Estado de Minas Gerais, um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o qual presidiu por cerca de trinta anos. Filho legítimo do Capitão-Mor Manoel de Araújo da Cunha e de D. Mariana Clara da Cunha, estudou o primário em sua terra natal. Foi provido pelo Conde de Palma, Governador e Capitão-General da capitania de Minas Gerais, no posto de 2º Ajudante das Ordenanças do termo da vila de Sabará.

O Príncipe Regente D. João confirmou esse ato, assinando a respectiva patente (1815). Seguiu para Portugal e matriculou-se (1815) na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, bacharelando-se em direito (1821). Regressando ao Brasil, foi nomeado Juiz de Fora da cidade de Mariana (1821), e Provedor da Fazenda dos Defuntos e Ausentes, Resíduos e Capelas da mesma cidade, no ano seguinte.

Foi deputado por Minas Gerais à Constituinte 1ª legislatura (1826-1829), seguindo-se mais três legislaturas (1830-1839) e nomeado desembargador da Relação de Pernambuco (1826). Presidente das províncias de Alagoas (1826) e, a seguir, do Maranhão (1828), tornou-se (1832) desembargador da Relação da Bahia e ministro da Fazenda. Continuou a representar a província de Minas Gerais até ser conduzido ao Senado (1839), ano em que passou a preceptor do futuro imperador. Foi ministro do Império no segundo gabinete da maioridade (1842), e tornou-se Ministro da Suprema Corte de Justiça (1849), cargo que exerceu por 11 anos. Respeitado por sua retidão de caráter, foi membro do conselho de estado e obteve o reconhecimento de D. Pedro II, que lhe deu o título de visconde (1854) e, quando já aposentado, marquês (1872).

Foi ministro da fazenda e ministro da justiça, conselheiro de Estado, deputado geral, presidente de província e senador de 1840 a 1875, eleito pela província de Minas Gerais. Ocupou a presidência do senado de 1851 a 1853.

Bacharel em direito, foi deputado constituinte em 1823 e deputado geral representando Minas Gerais por três mandatos. Ocupou as presidências das províncias de Alagoas e do Maranhão. Foi ainda procurador da coroa, fiscal do tesouro e ministro do Supremo Tribunal de Justiça, ministro da fazenda e nomeado membro extraordinário do Conselho de Estado a partir da data de sua criação.

Em 1839, foi nomeado mestre de literatura e ciências positivas de D. Pedro II (então herdeiro do trono); posteriormente, também cuidou da educação da Princesa Isabel. Como Ministro do Império no segundo Gabinete conservador (1841-1843), referendou a lei que dava aos senadores o solene tratamento de "Sua Excelência".

Condecorado como dignitário da Imperial Ordem de Cristo e da Rosa, além de Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e da Legião de Honra. Recebeu do imperador o título de visconde em 1854 e de marquês em 1872. Era do Conselho de Sua Majestade, Gentil-Homem da Imperial Câmara e Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial.

Foi homenageado pela escola de samba Beija-Flor do Rio de Janeiro no carnaval de 2016, com o enredo "Mineirinho Genial! Nova Lima – Cidade natal. Marquês de Sapucaí – O poeta imortal!".  Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de janeiro de 1875, e foi sepultado no Cemitério da Ordem de São Francisco de Paula, em Catumbi. Hoje é mais lembrado pelo nome da avenida do carnaval carioca.

 









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