sábado, 16 de dezembro de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 158 ANOS, EM 16 DE DEZEMBRO DE 1865 NASCEU OLAVO BILAC POETA, CONTISTA E JORNALISTA BRASILEIRO. É O AUTOR DA LETRA DO HINO À BANDEIRA.

 

Olavo Bilac foi um dos principais representantes do Movimento Parnasiano que valorizou o cuidado formal do poema, em busca de palavras raras, rimas ricas e rigidez das regras da composição poética. É membro fundador da Academia Brasileira de Letras. 

Em 1888, Olavo Bilac publicou o seu primeiro livro, Poesias. Nele, o poeta já demonstrava estar plenamente identificado com as propostas do Parnasianismo, um movimento literário essencialmente poético, contemporâneo do Realismo-Naturalismo, com o objetivo de retomar a cultura clássica.

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1865 e faleceu no Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1918. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupando a Cadeira 15 da instituição, cujo Patrono é Gonçalves Dias. 

Conhecido por sua atenção à literatura infantil e, principalmente, pela participação cívica, Bilac era um ativo republicano e nacionalista, também defensor do serviço militar obrigatório (codificado à época pela Lei do Sorteio) em um período em que o exército usufruía de amplas faculdades políticas em virtude da proclamação da República em 1889. 

Foi o responsável pela criação da letra do Hino à Bandeira, inicialmente criado para circulação na capital federal (na época, o Rio de Janeiro), e mais tarde sendo adotado em todo o Brasil. Também ficou famoso pelas fortes convicções políticas, sobressaindo-se a ferrenha oposição ao governo militar do marechal Floriano Peixoto. 

Em 1907, foi eleito "príncipe dos poetas brasileiros", pela revista Fon-Fon. É autor de alguns dos mais populares poemas brasileiros, como os sonetos Ora (direis) ouvir estrelas e Língua portuguesa. 

Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de sua esposa Delfina Belmira Gomes de Paula, teve infância e adolescência comuns para sua época. Era considerado um aluno aplicado, conseguindo, aos 15 anos - antes, portanto, de completar a idade exigida - autorização especial para ingressar no curso de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, a gosto do pai, que era médico durante a campanha da Guerra do Paraguai, e a contragosto próprio.

Portanto, começa a frequentar as aulas da faculdade mencionada, terminada a rápida passagem no colegial, mas seu precoce trabalho na redação da Gazeta Acadêmica absorve-o e interessa-o mais do que a prática medicinal. Por este motivo, Bilac não concluiu o curso de medicina e nem o de direito que frequentou posteriormente, em São Paulo.

Bilac foi jornalista, poeta, frequentador de rodas de boêmias e literárias no meio letrado do Rio de Janeiro. Sua projeção como jornalista e poeta e seu contato com intelectuais e políticos da época conduziram-no a um cargo público: o de inspetor escolar. A se considerar a importância dada aos cargos escolares naquele período, principalmente aquele de professor da Escola Pedro II (onde diversos eruditos disputaram famosas preleções para cargo professoral, como Euclides da Cunha e Astrojildo Pereira), não é de somenos importância perceber o relevo social desta profissão naquele meio. Aliás, sua participação na vida cotidiana e cultural foi uma marca patente em sua imagem: sabe-se, por exemplo, que em 1897 Bilac acabou perdendo o controle do seu automóvel Serpollet e o bateu contra uma árvore na Estrada da Tijuca, no Rio de Janeiro - RJ, sendo o primeiro motorista a sofrer um acidente de carro no Brasil. 

Aos poucos se profissionaliza: produz, além de poemas, textos publicitários, crônicas, livros escolares e poesias satíricas. Visava, então, contar através de seus manuscritos a realidade presente na sua época. Prestou colaboração em publicações periódicas como as revistas: A Imprensa (1885-1891), A Leitura (1894-1896), Branco e Negro (1896-1898), Brasil-Portugal (1899-1914), Azulejos (1907-1909) e Atlântida (1915-1920). Sua estreia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do soneto "Sesta de Nero" no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884. Recebeu comentários elogiosos de Artur Azevedo, precedendo dois outros sonetos seus, no Diário de Notícias. Ademais, escreveu diversos livros escolares, sozinho e em coautoria com seus amigos Coelho Neto e Manuel Bonfim. 

Consagrado em 1907, o autor do Hino da Bandeira é convidado para liderar o movimento em prol do serviço militar obrigatório − já matéria de lei desde 1907, mas apenas implementado em 1915 por ocasião da I Guerra Mundial. Bilac se desdobra para convencer os jovens a se alistar. 

É como poeta Bilac que se imortalizou. Foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros pela revista Fon-Fon em 1907. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do Parnasianismo no Brasil, constituindo a chamada Tríade Parnasiana. A publicação de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração.

Já no fim de sua vida, em 1917, Bilac recebe o título de professor honorário da Universidade de São Paulo.


OBRAS

 

Alma inquieta;

Antologia poética;

Através do Brasil;

Conferências literárias (1906);

Contos Pátrios;

Crítica e fantasia (1904);

Crônicas e novelas (1894);

Dicionário de rimas (1913);

Hino à Bandeira;

Ironia e piedade, crônicas (1916);

Língua Portuguesa, soneto sobre a língua portuguesa;

Livro de Leitura;

Poesias (1888);

Tarde (1919) - Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957);

Teatro Infantil;

Tratado de Versificação, em colaboração com Guimarães Passos;

Tratado de versificação (1910);

" Ouvir as Estrelas" 


FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Olavo_Bilac#:~:text=Foi%20membro%20fundador%20da%20Academia,cujo%20patrono%20é%20Gonçalves%20Dias.

 


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