segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

ADORAÇÃO DOS PASTORES – PINTURA A ÓLEO DE AGNOLO BRONZINO

 


A pintura "Adoração dos Pastores" do artista italiano Agnolo Bronzino é uma obra-prima do final do Renascimento. Esta pintura a óleo, medindo 65 x 47 cm, foi criada por volta de 1539-1540 e retrata um presépio bíblico.

A composição da pintura é muito interessante, pois Bronzino usa uma técnica de perspectiva altamente avançada para criar uma sensação de profundidade e espaço na cena. As personagens estão dispostas em vários planos, desde o primeiro plano com os pastores e o menino Jesus, ao segundo plano com os anjos e ao terceiro plano com a paisagem ao fundo.

A cor também é um aspecto proeminente desta pintura. Bronzino usa uma paleta de cores vivas e saturadas para criar uma sensação de calor e leveza na cena. Tons dourados e amarelos dominam a pintura, criando uma atmosfera radiante e celestial.

A história por trás da pintura também é interessante. Foi encomendado pela família Médici de Florença como um presente de Natal para o Papa Paulo III. A pintura foi enviada a Roma como presente diplomático e passou a fazer parte da coleção da família Médici no Palácio Pitti.

Além disso, existem aspectos pouco conhecidos da pintura que a tornam ainda mais fascinante. Por exemplo, acredita-se que um dos pastores da pintura seja na verdade um autorretrato de Bronzino. Também foi especulado que a figura do anjo ao fundo é na verdade uma representação da amante de Bronzino, a duquesa Eleonora di Toledo.

Em suma, a pintura "Adoração dos pastores" de Agnolo Bronzino é uma obra-prima do final do Renascimento conhecida por sua composição avançada, paleta de cores brilhante e história intrigante. É uma joia da arte italiana que continua a impressionar os espectadores até hoje.

AGNOLO DI COSIMO DI MARIANO, CONHECIDO COMO IL BRONZINO  nasceu em Monticelli de Florença, 17 de novembro de 1503 e faleceu em Florença, 23 de novembro de 1572 foi um pintor italiano, importante representante do maneirismo. 

Existe bem poucas informações acerca da sua infância. Justamente por essa falta de dados que supõem os seus biógrafos que tenha nascido de família bastante humilde, como também a dificuldade encontrada para se estabelecer seu sobrenome verdadeiro - tendo o mesmo adotado como tal o epíteto (Bronzino) que lhe deram os contemporâneos. 

O apelido Bronzino significa brônzeo, e possivelmente deriva do seu semblante carregado, que seria "como de uma estátua de bronze".

Seu primeiro mestre foi o pintor florentino Raffaellino del Garbo. Por volta de 1515 ingressou no ateliê de Jacopo Carucci, mais conhecido como Pontormo, que o tomou por filho adotivo e, deste modo, teve um papel fundamental para a futura carreira de Il Bronzino. 

Junto ao pai adotivo realizou a decoração da capela Capponi, na igreja de Santa Felicità, em Florença. 

Já em 1530 era um pintor consagrado e reconhecido, razão pela qual a nobre família Della Rovere o convidou para trabalhar em Pesaro, onde permaneceu cerca de dois anos. 

Em Pesaro trabalhou na decoração da chamada "vila" Imperial, junto a Battista Dossi, Francesco Menzocchi, Raffaellino del Colle, Girolamo Genga e Dosso Dossi, sob o mecenato de Francisco Maria I, Duque de Urbino. 

Quando Cosmo I de Médici foi governante de Florença, decidiu apelar aos principais pintores da época, dentre os quais Bronzino, que trabalhou para a família a partir de 1539. Após a realização do seu primeiro quadro, tornou-se o pintor favorito do próprio Cosme. 

Buscando um ajudante para realizar tapeçaria (arazzi), Bronzino dirigiu-se a Roma, em 1548, empregando ali a Raffaello dal Colle. 

Quando morreu seu mestre Pontormo, em 1556, Bronzino dedicou-se à conclusão de seus afrescos na grande igreja florentina de San Lorenzo.

Em 1563 foi um dos membros fundadores da Academia do Desenho e, como seu representante, participou das homenagens póstumas a Michelângelo, neste mesmo ano.

Il Bronzino morreu em 23 de novembro de 1572, na casa do seu aluno favorito: Alessandro Allori, discípulo que, em homenagem ao mestre (e talvez seu tio) - passou a chamar-se Alessandro Bronzino.

OBRAS 

A maior parte de suas pinturas são retratos de grandes escritores e de integrantes da família Médici ou de seus agregados (como, por exemplo, Leonor de Toledo, filha do vice-rei de Nápoles e Grã-Duquesa da Toscânia pelo seu casamento com Cosme I). 

Quando o mecenas Cosmo I fundou uma fábrica de tapeçaria em Florença, Bronzino dedicou-se ao desenho de magníficas estampas, figuradas especialmente em temas mitológicos e alegóricos. A série de tais obras consta de vinte arazzi: dezesseis desenhados por Bronzino, três por Pontormo e um por Francesco Salviati - trabalhos que hoje se encontram no museu florentino de Palazzo Vecchio. 

Além dos retratos, sua outra temática preferida foi a pintura religiosa, como as realizadas em várias igrejas de Florença.

DENTRE SEUS PRINCIPAIS TRABALHOS ENCONTRAM-SE:

Alegoria do Triunfo de Vênus (1540-1545)

Retrato de Lucrécia Panciatichi (cerca de 1540)

Passagem do Mar Vermelho (1541-1542)

Retrato de García de Médicis (1544)

Leonor de Toledo e seu filho (cerca de 1545)

Alegoria do Triunfo de Vênus (entre 1540-1545)

Descida de Cristo da Cruz (cerca de 1545)

Ressurreição de Cristo (1545-46) 



FONTE: https://kuadros.com/pt-br/collections/vendors?q=Agnolo%20Bronzino

Nenhum comentário:

Postar um comentário