VIVO RIO APRESENTA O
INTERNACIONAL ANTÓNIO ZAMBUJO EM SEU ESPETÁCULO “DO AVESSO – VOZ E VIOLÃO”
QUINTA-FEIRA, 28/07/2022, 21H30MN. VIVO RIO, AV. INFANTE DOM HENRIQUE, 85 -
PARQUE DO FLAMENGO, RIO DE JANEIRO.
Nascido em Beja, Portugal em
1975, António Zambujo é um dos maiores artistas, autores e intérpretes
contemporâneos da música e da língua portuguesas, e um dos seus mais
notáveis embaixadores no mundo.
Ao nono álbum, oitavo de
originais, “António Zambujo Voz e Violão”, o músico inspira-se no nome de um
dos discos da sua vida, “João Voz e Violão”, de João Gilberto, e volta, nada
acidentalmente, ao essencial. Como escreveu o jornalista Luís Osório: “Um
dia, num qualquer futuro mais ou menos distante, dir-se-á que este disco é um
dos mais importantes da carreira de António Zambujo. Não por se julgarem
menores alguns dos álbuns que o antecederam e ainda menos pela qualidade de
todas as canções que ainda não compôs ou deu voz. Simplesmente porque “Voz
e Violão” será sempre associado a um tempo que nos provou o quanto somos
frágeis e o quanto precisamos de nos repensar numa urgência do que é
essencial.”.
Zambujo incorporou as
influências do cancioneiro brasileiro, em particular da Bossa Nova, na sua
música, primeiro forjada na tradição do Cante Alentejano e do Fado, de onde
partiu para criar uma personalidade única, inspirando um novo ciclo na música
portuguesa, ao mesmo tempo que derruba fronteiras, reais ou imaginárias,
aproximando os dois lados do Atlântico. Na sua discografia, “Até Pensei Que
Fosse Minha”, o álbum de tributo a Chico Buarque que editou em 2016 e que lhe
valeu inclusivamente a nomeação para o Grammy Latino no ano seguinte, na
categoria de Melhor Disco de MPB, não causou por isso estranheza.
Também não pareceu bizarro que
em 2018 tenha chamado de “Do Avesso” seu
novo álbum de originais, em que voltou a reinventar-se, com a participação
da Orquestra Sinfonietta de Lisboa, e que acabaria por ser distinguido com o
Prémio José Afonso 2019. O júri considerou que “Do Avesso” representava
“não só a continuação do percurso extremamente coerente, mas também um
ponto alto pela confirmação das suas qualidades interpretativas e a grande
inspiração criativa que revela”. “Cada
canção de Zambujo conta uma história, e cada álbum é, em si, uma
história, na linha de José Afonso, para quem a música estava intrinsecamente
ligada quer à sua vida interior, quer às circunstâncias do mundo em que
viveu”, acrescentou.
Na infância passada no Alentejo,
António Zambujo cresceu com forte ligação à música – começou por estudar
clarinete com 8 anos, mas foi a tradição viva do Cante Alentejano e do Fado
que o fizeram músico. Acabando por fixar-se em Lisboa, onde começou por
dividir o tempo entre a experiência diária do Fado e a participação em
musicais, vai trilhando um impressionante caminho, marcado por prêmios e
distinções, com destaque para a comenda da Ordem do Infante D. Henrique, em
2015.
Há poucos lugares no planeta que
não tiveram ainda o privilégio de já terem ouvido a Voz de António Zambujo
ao vivo. Com tantos mundos dentro do seu mundo, quer se apresente rodeado de
músicos ou apenas acompanhado pela sua guitarra, como teremos agora a
oportunidade de assistir nos concertos de “António Zambujo Voz e Violão”, é
sempre, como disse Caetano Veloso, 7 álbuns antes, “de arrepiar e fazer
chorar”.
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