sábado, 28 de maio de 2022

BAR LILI, MACUNAÍMA E RESSIGNIFICAÇÕES DE LUIZ ZATAR TABAJARA – TEXTO DE DALMA NASCIMENTO



 Leitor Amigo, conto-lhe baixinho um segredo: breve estarei lançando afinal “Macunaíma, traços míticos em tranças de memórias culturais” com ilustrações de fantástica beleza do escritor e mestre das cores e dos pincéis Luiz Zatar Tabajara.

 Meu livro, após cinco anos praticamente pronto, mas guardado e até dele por mim meio esquecido, de repente saiu da sombra.  Iluminou-se e eu também graças à amorosa “sacudidela” entusiasmada da amiga escritora Ana Maria Tourinho. Vindo me visitar às vésperas de sua viagem para  a Feira de Livros de Turim,  e sendo  portadora de livros meus para expor na Itália, de repente,  quis ver a minha  escrita  de  Macunaíma .

 Surpreendeu-se com o texto e com as expressivas ilustrações de Zatar,  trazendo um arco-íris  de fantasias às minhas lembranças e às diabruras de “sarapantar’ do herói.  Diante de sua admiração, prometi publicá-lo o mais rápido possível.

 Quanto ao Bar Lili da infância, eu já o descrevi na primeira postagem desta série dedicada a Macunaíma. Na segunda, o traço invulgar e recriador de Zatar compôs a cena com filigranas de detalhes. Ele me imaginou no Bar Lili discutindo com a turma de escritores a questão do Modernismo, ao mesmo tempo misturando histórias de Lobato com o universo do herói sem nenhum caráter.

  Macunaíma cirandou pela minha juventude e, anos muito mais tarde, circulou muitíssimo nas minhas aulas universitárias da UFRJ. O texto de Mário foi até encenado, com música e tudo em novas variações em minha sala de aula por uma equipe formada de alunos que hoje pontificam no horizonte nacional. Surpresas e surpresas existem em minha vida em torno desse genial personagem.

  Aliás, como já contei aqui no Facebook, a primeira palestra que fiz, nos anos 70 sobre Macunaíma num congresso realizado na Faculdade de Letras da UFRJ, eu a proferi, com toda pompa e majestade, descalça, símbolo do próprio despojamento, da linguagem acadêmica peculiar ao livro em reverência ao grande Mário.





Nota: parte deste texto com esta postagem contagiante, já foi colocada no Facebook em 06-10-2019.

Crédito especial à ilustração de Luiz Zatar Carneiro Tabajara

 

 

 

 


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