No
dia 6 de abril de 1385 aos 28 anos D. João I, Mestre de Avis, foi Proclamado
Rei de Portugal. Dom João I foi Alçado Rei, e também Aclamado, porque não se
tratava de uma sucessão hereditária, mas de uma eleição por Cortes e
iniciava-se ali uma nova Dinastia, a de Aviz.
Diante
das Cortes o novo Rei jurou manter, respeitar, e fazer cumprir os tradicionais
foros, liberdades e garantias dos Portugueses, violados pelo seu antecessor
estrangeiro, diante dos Três Estados: Nobreza, Clero e Povo de Portugal.
João
I de Portugal nasceu em Lisboa, 11 de abril de 1357 e faleceu em Lisboa, 13 de
agosto de 1433 aos 76 anos. Era conhecido como o Mestre de Avis e apelidado de
"o de Boa Memória", foi o rei de Portugal e dos Algarves de 1385 até
sua morte, sendo o primeiro monarca português da Casa de Avis e o décimo rei de
Portugal.
Era
o filho ilegítimo do rei D. Pedro I de Portugal com sua amante Teresa Lourenço,
tendo sido escolhido e aclamado como rei nas cortes de Coimbra, em 6 de Abril
no final da crise de 1383–1385. D. João era filho ilegítimo do rei Pedro I e de
Teresa Lourenço, uma dama galega ou de uma filha de Vasco Lourenço da Praça, um
mercador de Lisboa. Em 1364, foi consagrado mestre da Ordem de Avis, sendo
nomeado por seu pai.
Cresceu
com o referido seu avô materno. Depois da investidura nessa ordem de cavalaria,
o Mestre passou aos cuidados do comendador-mor da cidade, Fernão Rodrigues de
Sequeira. Visitava de vez em quando a corte, desenvolvendo amizade com o seu
meio-irmão, o infante D. João, filho de Inês de Castro.
Durante
o reinado do rei Fernando I, seu meio-irmão, em 1382 devido a intrigas da então
rainha Leonor Teles, João foi preso em Évora e com ordem de execução. Pediu
ajuda ao conde de Cambridge, tio de Filipa de Lencastre e foi solto. Este
episódio iria tornar João cauteloso.
João
foi eleito rei nas cortes da cidade de Coimbra, em abril de 1385, depois de um
período de interregno, entre 1383-85, sendo conhecido por crise de 1383-1385.
Após a morte do rei Fernando, meio-irmão de João, o país mergulhou em confusão
e guerra civil. João foi escolhido para liderar uma revolta contra a regente
Leonor Teles, rainha viúva. Tratou-se, então de uma revolução, pois o poder da
regência passou para João que foi aclamado em Lisboa, Regedor e Defensor do
Reino. Tratou, então de defender o país contra as investidas castelhanas,
rodeando-se de amigos que o apoiaram, como Nuno Álvares Pereira que revelou ser
um gênio militar.
Com
o apoio do condestável do reino, Nuno Álvares Pereira e aliados ingleses travou
a Batalha de Aljubarrota contra o reino de Castela, que invadira o país. A
vitória foi decisiva: Castela retirou-se, acabando bastantes anos mais tarde
por reconhecê-lo oficialmente como rei.
Casou,
em 2 de fevereiro de 1387, com Filipa de Lencastre, filha de João de Gante, fortalecendo
por laços familiares a aliança Luso-Britânica, esta aliança perdura até hoje.
Filipa era uma rainha culta, neta do rei Eduardo III de Inglaterra. Deste
casamento nasceram oito filhos, sendo que os dois primeiros morreram novos. Os
restantes ficaram conhecidos como Ínclita Geração.
A
primeira metade do reinado foi marcada pela guerra contra Castela. Depois de
feita a paz, para prestígio internacional, iniciou-se a expansão territorial
para África e Atlântico, começando em 1415, a conquista de Ceuta, praça
estratégica para a navegação no norte de África, o que iniciaria a expansão
portuguesa. Aí foram armados cavaleiros os seus filhos D. Duarte I, D. Pedro e
D. Henrique, irmãos da chamada Ínclita Geração.
A
grande vitória obtida em Aljubarrota foi assinalada com a construção do
Mosteiro da Batalha, um monumento que levou mais de cem anos a concluir de
estilo gótico e estilo manuelino, onde está sepultado com a rainha e seus
descendentes diretos.
FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/João_I_de_Portugal
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