Em visita à sede da organização, rotarianos brasileiros solicitam a inclusão do português como língua oficial.
A
língua que um povo fala é um dos meios de expressão da cultura na qual está
inserido. Em todo o mundo, mais de 260 milhões de pessoas são falantes de
português, o que coloca o nosso idioma em quinto lugar, em números absolutos,
entre as línguas mais faladas. Além de Brasil e Portugal, a língua de Camões é
o idioma oficial de outros seis países influenciados pela cultura lusófona:
Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, na África,
e Timor-Leste, na Ásia. Por razões históricas, o português é falado também em
locais dominados no passado por Portugal, como Goa, Diu e Damão, na Índia;
Macau, na China; e Málaca, na Malásia. É uma das línguas oficiais da
Organização dos Estados Americanos e também da União Europeia e da União
Africana, mas ainda não o é da ONU. Por conta disso, uma delegação de
rotarianos esteve na sede das Nações Unidas, na cidade norte-americana de Nova
York, em 27 de maio de 2011.
Eles levaram, para encaminhamento ao secretário-geral da ONU, Ban Kimoon, um memorial contendo moção bem fundamentada no sentido de que o português seja considerado uma das línguas oficiais daquela organização, ao lado do árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo. O encontro ocorreu na sede da Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas, onde o conselheiro Alan Coêlho Séllos recebeu a delegação, em nome da embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti. Séllos leu e protocolou o importante documento, assinado pelo presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário, Ricardo Vieira Lima Magalhães Gondim; o presidente da Academia Brasileira Rotária de Letras (ABROL), Carlos Henrique de Carvalho Fróes; o presidente da Fundação de Rotarianos de São Paulo, Eduardo de Barros Pimentel; o presidente da Comissão Interpaíses Brasil-Portugal e demais Países de Língua Oficial Portuguesa (CIP/PLOP), Carlos Jerônimo da Silva Gueiros; a presidente do Elos Internacional, Maria Inês Botelho – representada pela elista Odilza Vital –; o vice-presidente da ABROL, José Alves Fortes; o secretário da ABROL, Waldenir de Bragança; o governador 1992-93 do distrito 4440, Vicente Herculano da Silva; o representante do Rotaract Henrique Bragança; a presidente do PROBUS Club de Niterói-Norte, Zeneida Apolônio Seixas; e a representante da Universidade Aberta da Terceira Idade de Niterói Dulce Rocha de Mattos.
CONSELHO DE SEGURANÇA
O grupo visitou a sede da ONU, recepcionado pelo funcionário diplomático da Biblioteca da ONU na Comissão de Serviço Civil Internacional, Wagner Santiago, e pelo funcionário diplomático na Divisão de Políticas de Recursos Humanos, Ivan Cordeiro. Os diretores da Brasil Rotário e da ABROL tiveram a oportunidade de discutir com o conselheiro Alan Séllos aspectos da presença brasileira naquela organização internacional, destacando a figura do embaixador Oswaldo Aranha, que presidiu a primeira Assembleia Geral da ONU, fato lembrado até hoje e simbolizado em todas as Assembleias Gerais, que são abertas com o pronunciamento de um representante do Brasil. Debateu-se também o pleito brasileiro para integrar de forma permanente o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Séllos lembrou que a diplomacia brasileira faz jus a tal posição, por sua tradicional postura de serenidade e defesa da paz e das instituições democráticas. Ele lembrou também que, no caso do Brasil, isto é uma herança da diplomacia portuguesa, origem das nossas atuais instituições e de destacada atuação no passado. A reunião foi considerada altamente significativa, aumentando em muito a expectativa de ser aprovada a inclusão do português entre os idiomas oficiais da ONU, dada a importância da cultura lusófona no mundo.
FONTE: Matéria extraída na íntegra da Revista Brasil Rotário – Revista Regional do Rotary no Brasil – ano 86 – nº 1069. Julho de 2011. Páginas 18/19.
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