terça-feira, 19 de novembro de 2024

EMPREENDEDORISMO FEMININO: CONHEÇA A HISTÓRIA DE MULHERES QUE LIDERAM NEGÓCIOS DE SUCESSO


As mulheres estão cada vez mais liderando negócios inovadores, superando desafios e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país. Para celebrar o papel delas no cenário empresarial, a ONU criou o Dia do Empreendedorismo Feminino, celebrado em 19 de novembro. Segundo dados do Sebrae, mais de 30 milhões de mulheres no Brasil já se dedicaram a algum tipo de negócio. Conheça histórias empreendedoras de sucesso que integram as estatísticas:

 



VICTÓRIA MEDEIROS - HOUSE FORNERIA 

Em 2021, a carioca Victória Medeiros, de 29 anos, apostou no diferencial em oferecer a qualidade de uma pizzaria gourmet, com a agilidade de uma operação de dark kitchen. Assim nasceu a House Forneria. E o conceito de redondas premium por entregas, rapidamente ganhou tração no mercado. Não à toa, dois anos depois e com duas unidades na Zona Oeste do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes), a rede alcançou a marca de R$1.8MM. Com a entrada no sistema de franchising neste ano, a House iniciou o plano de expansão na Cidade Maravilhosa por meio de franquias, nas localidades da Zona Norte (Tijuca), Zona Sul (Copacabana) e a 3ª unidade na Zona Oeste (Jacarepaguá), chegando à marca de cinco lojas em operação. 

Mas até a jornada de empreendedorismo ser bem-sucedida, ela passou por meses de hiato. Tudo começou com uma oportunidade de negócio durante a pandemia. Cheio de dívidas, o dono de um restaurante self service no centro do Rio de Janeiro vendeu seu estabelecimento por apenas R$30 mil. O que não estava nos planos é que a crise sanitária fosse se estender por quase dois anos, e que, consequentemente, o centro da cidade perderia o fluxo de pessoas. Apesar do know-how da família da empreendedora, que já atuava no setor de alimentação há mais de 20 anos, o negócio precisou de fôlego para se manter. ‘’Ficamos meses fechados em obras e quando terminaram, nosso funcionamento ficava limitado ao abre e fecha da crise sanitária. Mesmo com as dificuldades, o empreendedorismo já havia me fisgado. O jeito foi encontrar um novo negócio, e a pizza foi o caminho mais gostoso e óbvio”, comenta Victória Medeiros. 

Mais informações através do site

https://houseforneria.com/

 


FRANCIELLE FARIA - AMERICAN COOKIES 

Em 2015, diante de uma grande crise econômica que assolava o país naquele ano, e que havia deixado seu marido desempregado, Francielle Faria, encontrou na produção de cookies artesanais a oportunidade de uma renda extra. O casal havia experimentado o doce em uma loja, em 2012, e foi amor à primeira mordida. Com testes e produção caseira, dentro da cozinha do apartamento da família, em Águas Claras, no DF, nasceu a American Cookies. Hoje, a rede conta com 55 unidades espalhadas por oito estados brasileiros (DF, MG, SP, GO, PR, PE, PA e TO), e previsão de fechar o ano com faturamento de R$37 milhões. Além de lojas próprias e franquias, a rede conta com uma fábrica na capital do Brasil e logística própria, por onde investiram mais de R$3 milhões em uma frota de caminhões refrigerados para levar os cookies por todo o país. 

Mas a ex-servidora pública com formação em jornalismo garante que o caminho do zero ao topo foi marcado por altos e baixos e recheada de aprendizados. “Acredito que a minha maior conquista foi o conhecimento. Além de não ter formação na área administrativa, ou seja, não tive o conhecimento prévio em gestão ou finanças, eu também não fazia ideia de que o mundo do Franchising era permeado por particularidades. Além dos desafios de conciliar maternidade, casa e família com o trabalho e vencer todos os desafios de ser uma mulher no mundo dos negócios, para ser uma empresária bem-sucedida, você precisa de educação. Não adianta ter uma equipe afiada, se você não sabe conduzir ou avaliar o desempenho dela. Noções básicas de marketing, gestão, finanças e outros são fundamentais para você tomar as rédeas da sua empresa. Já passei por vários cursos profissionalizantes nesses últimos anos, mas costumo dizer que estou em constante aprendizado”, comenta Francielle Faria.

Mais informações através do Instagram

 https://www.instagram.com/americancookiesbrasil

 


ALINE SOAPER - INSTITUTO SOAPER

Aline Soaper começou a empreender aos 17 anos, fabricando carimbos no Complexo do Alemão, favela da Zona Norte do Rio de Janeiro, e hoje fatura R$5 milhões ao ano com a sua escola de educação financeira on-line. A sua trajetória não foi fácil, já que atuar no mercado de finanças, ainda dominado por homens, é uma quebra de barreiras para uma mulher de sucesso e que fatura alto. 

"Vim de uma família com poucos recursos financeiros, meu pai tinha um fusca furado, no qual precisávamos levantar os pés quando passava em uma poça. Ele trabalhava para termos melhores condições, esse sempre foi o seu foco e eu quis o mesmo. Foi aí que pedi para ele comprar os materiais e comecei a fazer os carimbos, aos 17 anos. Depois de três anos consegui comprar o meu primeiro carro, usado. Depois disso eu nunca parei de empreender. Tive uma gráfica expressa, depois a um escritório de advocacia – quando eu tinha acabado de me formar em Direito – virei sócia de uma escola de educação infantil, até que decidi investir no universo da educação financeira de forma 100% on-line. Além de ajudar as pessoas, eu queria ganhar meu dinheiro. Com isso, nunca tive medo de começar do zero, sempre quis saber como as coisas funcionavam. Se desse errado? Começava de novo em outro canto. A área de finanças ainda é dominada por homens, mas muitas de nós estamos mostrando nossa capacidade.” 

Atualmente, o Instituto Soaper é uma escola de educação profissionalizante online que forma profissionais que trabalham com educação financeira e empreendedorismo. A empreitada conta com 13 cursos, incluindo pós-graduação. Todas as formações são EAD, mas existem treinamentos presenciais algumas vezes por ano.

Mais informações no site: https://institutosoaper.com.br/

 


SÁLUA BUENO - AMÉLIE CRÊPERIE 

Em 2014, quando decidiu investir no negócio gastronômico, na época, com apenas 32 anos, a carioca reuniu todas as suas economias para abrir o Amélie Crêperie, no Shopping da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A falta de experiência no setor, contudo, a fez gastar o dobro do previsto. Com os ajustes necessários, o bistrô francês começou a se tornar um negócio próspero, chegando a faturar R$200 mil/mês.

Em 2016 veio a 2ª unidade, dessa vez no Barra Shopping, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um ano depois (2017), a marca expandiu novamente, abrindo sua 2ª unidade na Zona Sul, no Botafogo Praia Shopping, e 3ª da rede. O negócio já era sustentável e estava em um bom ritmo quando veio a pandemia, em março de 2020. Com o decreto de lockdown, a rede ficou com o faturamento zerado por alguns meses até conseguir se reestruturar e operar por delivery. Além do apoio financeiro do Pronampe, o negócio ainda precisou de outros dois empréstimos para sobreviver nesse período, que somados chegaram à quantia de R$2MM. 

Impulsionada pela retomada econômica do pós-pandemia, a rede Amélie Crepêrie recuperou o tempo perdido em 2022, melhorando a performance dos seus restaurantes e reduzindo a dívida adquira durante a crise sanitária. Em 2023, com cinco unidades, a marca carioca chegou a faturar R$15.6MM. E para 2024 a meta é ainda mais audaciosa, com um crescimento de 20% com a retomada da expansão pelo modelo de franquias. Para tal, a rede carioca se uniu ao Grupo Arcca, holding de franqueadoras multimarcas com forte DNA de tecnologia e gestão. O modelo de negócio de restaurante otimizado e compacto, requer um investimento inicial a partir de R$650 mil. O objetivo agora é expandir a marca para outros estados, como interior de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal. 

“No início, foram seis meses ajustando o cardápio e entendendo a operação para o negócio começar a ser lucrativo. Apesar das dificuldades iniciais para atingir um modelo de negócios sustentável, o Amélie Crêperie foi um sucesso absoluto desde o seu 1° dia”, relembra Sálua Bueno.



ARLETE WOLFRAM - PORTO DO SABOR

Foi preocupada com a alimentação dos seus três filhos, Allan Wolfram, Thomas Wolfram e Priscila Wolfram, que Arlete Wolfram, começou a preparar lanches saudáveis na cozinha do seu apartamento, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, como opção de merenda para a escola das crianças.

E o que começou com uma atitude de zelo pela saúde dos seus pequenos, em pouco tempo ganhou fama e adeptos no colégio. Assim nasceu o Porto do Sabor, rede especializada em refeições e lanches saudáveis, que conta com 37 unidades espalhadas pelo Rio de Janeiro e faturamento de R$ 40MM, em 2023. Hoje, mais de 25 anos depois do start despretensioso na casa de Arlete (68 anos), o negócio segue familiar, sendo conduzido pela fundadora juntamente com seus filhos. E os planos da marca carioca seguem audaciosos rumo à expansão pelo sistema de franchising, com meta de fechar em 2024 com 50 unidades pelo estado do Rio e receita de R$57MM.

“No início de tudo, a loja era voltada principalmente para os alunos do Santo Agostinho e moradores do Novo Leblon que, na época, já começavam a se preocupar com saúde e bem-estar. Ou seja, pessoas com hábitos mais saudáveis e que procuravam esse tipo de alimentação. Começamos com o açaí e o sanduíche montado e logo vimos que esse era o caminho: oferecer produtos diferenciados dos concorrentes e que não era comum em outras lojas. Daí surgiu a ideia de uma marca com produtos mais saudáveis, assados, leves e até vegano”, relembra a empresária. 

Com investimento inicial de R$ 349 mil, a franquia do Porto do Sabor oferece um cardápio com +de 600 opções, entre almoços, café da manhã, lanches rápidos, sobremesas e bebidas refrescantes. E apesar do crescimento, a fundadora garante que a marca segue com o seu DNA de comida caseira, com gostinho de mãe. 

“Esse foi um dos pontos que nos diferenciou dos demais players do mercado: oferecer refeições e lanches saudáveis, com gostinho caseiro de comida de mãe e que não tivessem aditivos químicos. Nossa expansão tem sido muito consciente ao longo desses 27 anos para conseguirmos preservar esse DNA e assim temos feito, com louvor”, ressalta Arlete.




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