domingo, 23 de abril de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 126 ANOS, EM 23 DE ABRIL DE 1897 NASCEU PIXINGUINHA – FLAUTISTA, COMPOSITOR E MAESTRO. ARRANJOU OS PRINCIPAIS SUCESSOS DA ENTÃO CHAMADA ÉPOCA DE OURO DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA.


Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha nasceu no Rio de Janeiro,  em 23 de abril de 1897 e faleceu no Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973 aos 76 anos, foi um maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro

No estúdio da Rádio Mayrink Veiga, 1932, o jovem Manuel de Nóbrega, aos 19 anos (2º em pé da esquerda para direita) Carmen e Aurora Miranda (sentadas) segurando a flauta Pixinguinha. 

Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira. Contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva. 

Pixinguinha era filho do músico Alfredo da Rocha Vianna, funcionário dos correios, flautista e que possuía uma grande coleção de partituras de choros antigos.

Aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos músicos, entre eles o China (Otávio Vianna). Foi ele quem obteve o primeiro emprego para o garoto, que começou a atuar em 1912 em cabarés da Lapa e depois substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio Branco. Nos anos seguintes continuou atuando em salas de cinema, ranchos carnavalescos, casas noturnas e no teatro de revista. 

Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito Batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves, Mário Reis e Carmen Miranda. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias. 

Quando compôs Carinhoso, entre 1916 e 1917 e Lamentos em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Outras composições, entre centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo" e "Sofres porque Queres". 

Pixinguinha passou os últimos anos de sua vida em Ramos, bairro que adorava, e morreu na igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, quando seria padrinho em uma cerimônia de batismo. Foi enterrado no Cemitério de Inhaúma. 

Pixinguinha estudou no Instituto Nacional de Música (instituição incorporada à Universidade do Brasil, que atualmente é a Universidade Federal do Rio de Janeiro).

 

ALGUMAS COMPOSIÇÕES

 

O Urubu e o Gavião

Gravação de 1930 com Pixinguinha na flauta.

Sofres porque queres

Choro "Atraente", de Chiquinha Gonzaga, gravação com Pixinguinha no saxofone e Benedito Lacerda na flauta

A pombinha (com Donga)

A vida é um buraco

Aberlado

Abraçando Jacaré

Acerta o passo

Aguenta, seu Fulgêncio (com Lourenço Lamartine)

Ai, eu queria (com Vidraça)

Ainda existe

Ainda me recordo

Amigo de povo

Assim é que é

Benguelê

Bianca (com Andreoni)

Buquê de flores (com W. Falcão)

Cafezal em flor (com Eugênio Fonseca)

Carinhos

Carinhoso (com João de Barro)

Carnavá tá aí (com Josué de Barros)

Casado na orgia (com João da Baiana)

Casamento do coronel Cristino

Céu do Brasil (com Gomes Filho)

Chorei

Chorinho no parque São Jorge (com Salgado Filho)

Cochichando (com João de Barro e Alberto Ribeiro)

Conversa de crioulo (com Donga e João de Baiana)

Dança dos ursos

Dando topada

Desprezado

Displicente

Dominante

Dominó

Encantadora

Estou voltando

Eu sou gozado assim

Fala baixinho (com Hermínio Bello de Carvalho)

Festa de branco (com Baiano)

Foi muamba (com Índio)

Fonte abandonada (com Índio)

Fraternidade

Gargalhada

Gavião Calçudo (com Cícero de Almeida)

Glória

Guiomar (com Baiano)

Há! hu! lá! ho! (com Donga e João da Baiana)

Harmonia das flores (com Hermínio Bello de Carvalho)

Hino a Ramos

Infantil

Iolanda

Isso é que é viver (com Hermínio Bello de Carvalho)

Isto não se faz (com Hermínio Bello de Carvalho)

Já andei (com Donga e João da Baiana)

Já te digo (com China)

Jardim de Ilara (com C. M. Costal)

Knock-out

Lamento

Lamentos (com Vinícius de Moraes)

Lá-ré

Leonor

Levante, meu nego

Lusitânia (com F. G. D.)

Mais quinze dias

Mama, meu netinho (com Jararaca)

Mamãe Isabé (com João da Baiana)

Marreco quer água

Meu coração não te quer (com E. Almeida)

Mi tristezas solo iloro

Mulata baiana (com Gastão Vianna)

Mulher boêmia

Mundo melhor (com Vinícius de Moraes)

Não gostei dos teus olhos (com João da Baiana)

Não posso mais

Naquele tempo (com Benedito Lacerda e Reginaldo Bessa)

Nasci pra domador (com Valfrido Silva)

No elevador

Noite e dia (com W. Falcão)

Nostalgia ao luar

Número um

O meu conselho

Os batutas (com Duque)

Os cinco companheiros

Os home implica comigo (com Carmen Miranda)

Onde foi Isabé

Oscarina

Paciente

Página de dor (com Índio)

Papagaio sabido (com C. Araújo)

Patrão, prenda seu gado (com Donga e João da Baiana)

Pé de mulata

Poema de raça (com Z. Reis e Benedito Lacerda)

Poética

Por vôce fiz o que pude (com Beltrão)

Pretensiosa

Promessa

Que perigo

Que querê (com Donga e João da Baiana)

Quem foi que disse

Raiado (com Gastão Vianna)

Rancho abandonado (com Índio)

Recordando

Rosa (com Otávio de Sousa)

Rosa

Samba de fato (com Baiano)

Samba de nego

Samba do urubu

Samba fúnebre (com Vinícius de Moraes)

Samba na areia

Sapequinha

Saudade do cavaquinho (com Muraro)

Seresteiro

Sofres porque queres

 

Pixinguinha, 1959. Arquivo Nacional.

Solidão

Sonho da Índia (com N. N. e Duque)

Stella (com de Castro e Sousa)

Teu aniversário

Teus ciúmes

Triangular

Tristezas não pagam dívidas

Um a zero (com Benedito Lacerda)

Um caso perdido

Uma festa de Nanã (com Gastão Vianna) * Urubu

Vamos brincar

Variações sobre o urubu e o gavião

Vem cá! não vou!

Vi o pombo gemê (com Donga e João da Baiana)

Você é bamba (com Baiano)

Você não deve beber (com Manuel Ribeiro)

Vou pra casa

Xou Kuringa (com Donga e João da Baiana)

Yaô africano (com Gastão Vianna)

Zé Barbino (com Jararaca)

Proezas de Solon

HOMENAGENS PÓSTUMAS

No dia 23 de abril comemora-se o Dia Nacional do Choro. A data foi criada como homenagem ao que se acreditava ser a data de nascimento de Pixinguinha. Ela foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello. Em novembro de 2016, entretanto, foi descoberto que a verdadeira data de nascimento do compositor é 4 de maio de 1897, e não 23 de abril, como se acreditava até então. Apesar disso, a data de comemoração do estilo musical criado pelo artista permaneceu inalterada. 

Foi homenageado pela escola de samba Portela, em 1974, com o enredo "O Mundo Melhor de Pixinguinha". Em 2014, foi homenageado pela escola de samba Mocidade Unida da Mooca campeã do quarto grupo. 

Em 2016, ganhou uma estátua no Bar da Portuguesa, em Ramos. Foi feita da forma que ele passou os últimos anos de sua vida, feliz e de pijamas na mesa daquele bar. 

Em 2021, o rapper Emicida lançou a canção "São Pixinguinha" em homenagem ao compositor, através do projeto alemão de música ColorsxStudios.

Em 2021 estreou o filme Pixinguinha, Um Homem Carinhoso dirigido por Denise Saraceni. Danilo Ferreira interpreta Pixinguinha jovem e Seu Jorge depois.

 

 

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pixinguinha

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