As suas obras são de cunho romântico e vão desde a poesia ao drama e ao romance. Foi, além de um dos mais importantes escritores portugueses do século XIX, o renovador do estudo da História de Portugal. Como historiador, a sua obra é igualmente vasta e de um rigor indiscutível.
Também O Dia Nacional dos Centros Históricos comemora-se anualmente em 28 de março, devido ser a data do nascimento de Alexandre Herculano, seu patrono. O Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses foi formalmente criado em 28 de março de 1993, sendo rapidamente adotado pela maioria das autarquias portuguesas com centro histórico.
ALEXANDRE HERCULANO DE CARVALHO E ARAÚJO nasceu em Lisboa, 28 de março de 1810 e faleceu em Quinta de Vale de Lobos, Azoia de Baixo, Santarém, 13 de setembro de 1877, foi um escritor, historiador, jornalista e poeta português da era do romantismo.
Como liberal que era, teve como preocupação maior, estabelecida nas suas ações políticas e seus escritos, sobretudo em condenar o absolutismo e a intolerância da coroa no século XVI para denunciar o perigo do retorno a um centralismo da monarquia em Portugal.
Alexandre Herculano nasceu no Pátio do Gil, na Rua de São Bento, em 28 de março de 1810; a mãe, Maria do Carmo Carvalho de São Boaventura, filha e neta de pedreiros da Casa Real; o pai, Teodoro Cândido de Araújo, era funcionário da Junta dos Juros (Junta do Crédito Público).
Na sua infância e adolescência não pôde ter deixado de ser profundamente marcado pelos dramáticos acontecimentos da sua época: as invasões francesas, o domínio inglês e o influxo das ideias liberais, vindas sobretudo da França, que conduziriam à Revolução de 1820. Até aos 15 anos frequentou o Colégio dos Padres Oratorianos de S. Filipe de Néry, então instalados no Convento das Necessidades em Lisboa, onde recebeu uma formação de índole essencialmente clássica, mas aberta às novas ideias científicas. Impedido de prosseguir estudos universitários (o pai ficou cego em 1827, ficando impossibilitado de prover ao sustento da família) ficou disponível para adquirir uma sólida formação literária que passou pelo estudo de inglês, francês, italiano e alemão, línguas que foram decisivas para a sua obra literária.
Estudou Latim, Lógica e Retórica no Palácio das Necessidades e, mais tarde, na Academia da Marinha Real, estudou matemática com a intenção de seguir uma carreira comercial.
Nomeado por D. Pedro IV como segundo bibliotecário da Biblioteca do Porto, aí permaneceu até ter sido convidado para dirigir a revista O Panorama (1837-1868), de Lisboa, revista de caráter artístico e científico de que era proprietária a Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis, patrocinada pela própria rainha D. Maria II e de que foi redator principal de 1837 a 1839. Em 1842 retomou o papel de redator principal e publicou Eurico o Presbítero, obra maior do romance histórico em Portugal no século XIX. Também se encontra colaboração da sua autoria no Jornal da Sociedade dos Amigos das Letras (1836) e em diversas revistas, nomeadamente na Revista Universal Lisbonense (1841-1859), Revista do Conservatório Real de Lisboa (1842), A ilustração luso-brasileira (1856-1859) e a título póstumo nas revistas Renascença (1878-1879), A semana de Lisboa (1893-1895) e A Leitura (1894-1896) e, já no século XX, no semanário “Azulejos” (1907-1909).
Uma das obras mais notáveis de Alexandre Herculano é a sua História de Portugal, cujo primeiro volume é publicado em 1846, obra que introduz uma historiografia científica em Portugal, não podia deixar de levantar enorme polêmica, sobretudo com os sectores mais conservadores, encabeçados pelo clero, que o atacará então por não ter Herculano admitido como verdade histórica o então célebre Milagre de Ourique, segundo o qual Cristo aparecera ao rei Afonso Henriques naquela batalha. Herculano acaba por vir a terreiro em defesa da verdade científica da sua obra, desferindo implacáveis golpes sobre o clero ultramontano, sobretudo nos opúsculos Eu e o Clero e Solemnia Verba. O prestígio que a História de Portugal lhe granjeara leva a Academia das Ciências de Lisboa a nomeá-lo seu sócio efetivo (1852) e a encarregá-lo do projeto de recolha dos Portugaliae Monumenta Histórica (inspirado nos Monumenta Germaniae Historica e que constará duma recolha e publicação de fontes e documentos valiosos, dispersos pelos cartórios conventuais do país, em abandono desde que em 1834 fora ordenada a extinção das Ordens religiosas e a desamortização dos bens da Igreja). Herculano empreende este projeto em 1853 e 1854 e começará a publicação seletiva daquelas fontes a partir de 1856. À sua morte este labor ficou no entanto incompleto e, embora sujeito às contingências e interrupções da História, foi retomado em 1980 sob a direção de José Mattoso.
Alexandre Herculano casou, em 01 de
Maio de 1867, com Mariana Hermínia de Meira. Morreu, sem descendência, na sua
quinta de Vale de Lobos, Azoia de Baixo, (Santarém) em 18 de setembro de 1877,
onde se tornara agricultor e produtor do famoso "Azeite Herculano".
Encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerônimos transladado para este local em
6 de novembro de 1978.
FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_Herculano
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