O Espaço Cultural BNDES apresenta a série #EspaçoparaOuvir: um mosaico de músicas e fotos de diferentes shows, sem intervalos, para você curtir um determinado gênero musical, um compositor ou até entrar num clima diferente. É dar o "play" e deixar-se levar pelo som...
Todo mês de março, nossos "hermanos" argentinos celebram o nascimento de um de seus compositores mais amados: #AstorPiazzola, nascido dia 11 de março de 1921. O canal do Espaço Cultural BNDES no YouTube presta reverência, então, a esse compositor. Flutuando entre o popular e o erudito, mostramos uma seleção de #tangos do mestre, em performances magistrais.
00:00 - "Libertango",
04:10 - "Primavera Porteña",
09:11 - "Oblivion",
13:17 - "Bandoneon",
17:25 - "Four For Tango",
24:20 - "Verano Porteño",
30:41 - "Milonga del Ángel",
38:05 - "Introducción y Muerte
del Ángel",
44:26 - "Escualo",
47:39 - "Otoño Porteño" /
"Invierno Porteño",
Astor Pantaleón Piazzolla nasceu em Mar del Plata, 11 de março de 1921 e faleceu em Buenos Aires, 4 de julho de 1992, foi um bandoneonista e compositor argentino.
Filho dos italianos Vicente Piazzolla e Asunta Manetti, Astor Piazzolla nasceu em Mar del Plata, Argentina e aos quatro anos foi com a sua família viver em Nova York em busca de melhores condições de vida. Em seu período estadunidense, além do espanhol, tornou-se fluente em inglês, italiano, francês e iniciou seu interesse pela música. Em 1929 ganhou seu primeiro bandoneón de seu pai, e em 1933 começou a tomar aulas de piano com Bela Wilde, um pianista húngaro discípulo de Sergei Rachmaninoff. Foi em Nova York que o jovem Astor conheceu o cantor argentino de tango Carlos Gardel, enquanto este estava na cidade para rodar o filme El Día Que Me Quieras, onde atuou como um garoto entregador de jornais.
Em sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneonista, compositor e diretor Aníbal Troilo. Estudou teoria harmônica e contraponto tradicional com a educadora, compositora e diretora de orquestra francesa Nadia Boulanger.
Hoje normalmente considerado o compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, ironicamente, quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos. Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do jazz em sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje.
Quando os mais ortodoxos, durante a década de 60, bradaram que a música dele não era de fato tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. Para seus seguidores e apreciadores, essa música certamente representava melhor a imagem da metrópole argentina.
Piazzolla deixou uma vasta e prolífica discografia, tendo gravado com Gary Burton, Antônio Carlos Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o também notável violinista Fernando Suarez Paz.
Entre seus mais destacados parceiros na Argentina estão a cantora Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor Jorge Luís Borges.
Algumas de suas composições mais famosas são "Libertango" e "Adiós Nonino". "Libertango" é uma das mais conhecidas, sendo que esta e constantemente tocada por diversas orquestras de todo o mundo.
Em 1973, teve algumas músicas usadas como trilha sonora do filme Toda Nudez Será Castigada, dirigido por Arnaldo Jabor e adaptado da peça homônima de Nélson Rodrigues. A principal delas foi Fuga nº 9, do disco Música contemporanea de la Ciudad de Buenos Aires, Vol 1 (1971). Por conta disso, Piazzolla ganhou uma Menção Especial do Júri, como melhor trilha, no Festival de Gramado do mesmo ano.
A canção "Adiós Nonino", outra das mais conhecidas composições, foi feita em homenagem ao seu pai, quando este estava no leito de morte, Vicente "Nonino" Piazzolla em 1959.
Após vinte anos, Astor Piazzolla diria “Talvez eu estivesse rodeado de anjos. Foi a mais bela melodia que escrevi e não sei se alguma vez farei melhor". Por muito tempo recusou escrever ou colocar uma letra na sua grande obra-prima, porém, aceitou a proposta da cantora argentina Eladia Blázquez, que lhe apresentou um poema que havia escrito sob a versão musical, e ele, comovido, concordou. Resta referir que Eladia renunciou a quaisquer direitos de autor que podia reclamar, enaltecendo ainda mais esta grande obra do tango.
Piazzolla sofreu uma hemorragia
cerebral em Paris em 4 de agosto de 1990, que o deixou em coma, e morreu em
Buenos Aires, pouco menos de dois anos depois, em 4 de julho de 1992, sem
recuperar a consciência.
FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Astor_Piazzolla
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