domingo, 21 de maio de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 335 ANOS, EM 21 DE MAIO DE 1688 NASCEU ALEXANDER POPE, UM DOS MAIORES POETAS BRITÂNICOS DO SÉCULO XVIII.


Famoso pela sua tradução de Homero. É o segundo escritor mais citado na obra The Oxford Dictionary of Quotations, depois de Shakespeare. Para muitos, Alexander Pope foi o satirista mais brilhante da era Augustana. Dentro da literatura satirista foi o sucessor natural de John Dryden e também o primeiro poeta inglês a ter fama internacional. 

Alexander Pope nasceu em 21 de maio de 1688, Londres e faleceu em 30 de maio de 1744, Twickenham, hoje parte de Londres) foi um dos maiores poetas britânicos do século XVIII. Famoso por sua tradução de Homero. É o segundo mais citado na obra The Oxford Dictionary of Quotations, depois de Shakespeare. 

Sua mocidade foi pontilhada de contratempos, consequência de ser filho de um comerciante católico. Foi proibido de frequentar escolas e universidades, mas, apesar disso, educou-se com esmero. Suas doenças e a deformidade física fizeram dele um caráter complicado. A principal contribuição de Pope foi nos ensaios e versos, nos quais expõe suas idéias estéticas e filosóficas. São poemas filosóficos ou didáticos, como Essay on Criticism (Ensaio sobre a crítica), obra de doutrina neoclássica, escrita aos 23 anos, na qual defende seus pontos de vista sobre a verdadeira poesia, e Essay on Man (Ensaio sobre o Homem) (1733–34), na qual discute se é ou não possível reconciliar os males deste mundo com a crença no criador justo e misericordioso. Compôs também uma sátira, Dunciad, em que o poeta declara vago o trono da torpeza, do aborrecimento e da estupidez e propõe o nome de seus inimigos para ocupá-los. Foi como satírico e moralista que se caracterizou na segunda parte de sua vida, quando escreveu The Rape of the Lock (O rapto da Madeixa) em que ridiculariza a extrema delicadeza da corte da Inglaterra. 

Para muitos, Alexander Pope foi o satirista mais brilhante da era Augustana. Dentro da literatura satirista foi o sucessor natural de John Dryden e também o primeiro poeta inglês a ter fama internacional.





 

PRINCIPAIS OBRAS

 

1709: Pastorals

1711: An Essay on Criticism

1712: Messiah (do Livro de Isaías, e mais tarde traduzido para o latim por Samuel Johnson Samuel Johnson)

1712: The Rape of the Lock (enlarged in 1714)

1713: Windsor Forest

1715: The Temple of Fame: A Vision

1715–1720: Translation of the Iliad

1717: Eloisa to Abelard

1717: Three Hours After Marriage

1717: Elegy to the Memory of an Unfortunate Lady

1723–1725: The Works of Shakespear, in Six Volumes

1725–1726: Translation of the Odyssey

1727: Peri Bathous, Or the Art of Sinking in Poetry

1728: The Dunciad

1733–1734: Essay on Man

1735: The Prologue to the Satires

Outros trabalhos

1700: Ode on Solitude

1713: Ode for Musick

1717: The Court Ballad

1731: An Epistle to the Right Honourable Richard Earl of Burlington

1733: The Impertinent, or A Visit to the Court

1736: Bounce to Fop

1737: The First Ode of the Fourth Book of Horace

1738: The First Epistle of the First Book of Horace

Edições

The Works of Alexander Pope vol 3 vol 3 v 9 of 10 v 6 of 8

 



“DE ELOISA PARA ABELARDO” 

de Alexander Pope (Inglaterra,1688 – 1744) tradução do inglês de Jorge Luis Gutiérrez1 

(fragmentos) Nesta profunda solidão e terrível cela, Onde a contemplação celestial do pensamento habita, E sempre reina a meditação melancólica; Que significa esta agitação nas veias de uma virgem? Por que meus pensamentos se aventuram além do último retiro? Por que sente meu coração este amplo e esquecido calor? Ainda, ainda eu amo! De Abelardo veio, E Eloisa ainda deve beijar seu nome. Querido fatal nome! Restos nunca confessados, Nunca passarão estes lábios no sagrado silêncio selado. Ocultá-lo, meu coração, dentro desse disfarce fechado, Quando se funde com Deus, sua falsa ideia amada: Ó mesmo não o escrevendo, minha mão - o nome aparece Logo escrito – a purificação acabo com minhas lágrimas! Em vão a perdida Eloisa chora e reza, Seu coração ainda manda, e a mão obedece. Inexoráveis paredes! cuja obscura ronda contém arrependidos suspiros, e amarguras voluntárias: Vós rochas fortes! Que santos joelhos desgastaram; Vós grutas e cavernas inalcançáveis com horrível espinhas Santuários! onde as virgens mantiveram seus pálidos olhos, E a tristeza dos santos, cujas estátuas aprenderam a chorar! Revista Pandora Brasil - Nº 50 Janeiro de 2013 ISSN 2175-3318 - "O eterno e o sublime”


Embora frio como você, imóvel, em silêncio crescente, Eu ainda não esqueci-me como pedra. Nem tudo está no céu enquanto Abelardo tem parte, Ainda a natureza rebelde mantém a metade de meu coração; Nem a oração nem os jejuns acalmaram seus impulsos persistentes, Nem as lágrimas, ou a idade, o ensinaram a fluir em vão. ............................................................................ 

Como é imensa a felicidade da virgem sem culpa. Esquecendo o mundo e o mundo esquecendo-a. Eterno resplendor de uma mente sem lembranças! Cada oração aceita e cada desejo realizado; Trabalho e descanso mantidos em iguais períodos; Obedientes sonhos dos quais podemos acordar e chorar; Calmos desejos, afetos sempre furiosos. Deliciosas lágrimas, e suspiros que boiam no paraíso. Graça que brilha a seu arredor com raios serenos. O murmúrio dos anjos arrulha seus sonhos dourados. Por sua eterna rosa que floresceu no Éden. E as asas dos serafins derramam perfumes divinos, Para ela, o esposo prepara o anel nupcial, para ela as brancas virgens cantam a canção da boda, e ao som das harpas celestiais ela morre e se desfaz em visões do dia eterno. 


Abelard and his pupil Heloise by Edmund Leighton, 1882

Bernard d'Agesci, Lady Reading the Letters of Heloise and Abélard (c.1780)



Eloisa para Abelardo é uma epístola em verso de Alexander Pope publicada em 1717 e baseada em uma conhecida história medieval. Em si uma imitação de um gênero poético latino, sua fama imediata resultou em um grande número de imitações inglesas ao longo do resto do século e outros poemas mais vagamente baseados em seus temas posteriormente. Traduções de vários níveis de fidelidade apareceram em toda a Europa, começando na década de 1750 e atingindo um pico no final do século XVIII e início do século XIX. Estes estavam na vanguarda da mudança do classicismo para a primazia dada à emoção sobre a razão que anunciava o romantismo. As representações artísticas dos temas do poema eram frequentemente reproduzidas como gravuras que ilustravam o poema; também havia pinturas na França das mulheres leitoras da correspondência amorosa entre os amantes.





http://revistapandorabrasil.com/revista_pandora/index.htm

Fonte:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_Pope

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