segunda-feira, 8 de maio de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 231 ANOS, EM 08 DE MAIO DE 1782 FALECEU MARQUÊS DE POMBAL E CONDE DE OEIRAS, FOI UM NOBRE, DIPLOMATA E ESTADISTA PORTUGUÊS. FOI SECRETÁRIO DE ESTADO DO REINO DURANTE O REINADO DE D. JOSÉ I (1750-1777), CONSIDERADA, ATÉ HOJE, UMA DAS PERSONALIDADES MAIS CARISMÁTICAS DA HISTÓRIA PORTUGUESA.



Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal e Conde de Oeiras nasceu em Soure, norte de Portugal, em 13 de maio de 1699 e faleceu em Pombal, em 08 de maio de 1782, foi um nobre, diplomata e estadista português.

Apesar do berço nobre, a família não possuía grandes quantias de dinheiro. Na sua juventude estudou Direito, na Faculdade de Leis e na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra, e serviu no exército durante um curto período.

Quando era ainda apenas um fidalgo sem grandeza, aos 23 anos, em 16 de janeiro de 1723, Sebastião José, como lhe chamava a alta nobreza, sua inimiga, casou-se com uma viúva sem filhos e importante dama aristocrata, D. Teresa de Noronha e Bourbon Mendonça e Almada de 35 anos, viúva de António de Mendonça Furtado, seu primo, falecido em 1718, filha de D. Bernardo de Noronha e de D. Maria Antonia de Almada, onze anos mais velha, sobrinha do conde de Arcos, o que criou a Sebastião de Carvalho problemas com a família da mulher. Tinha casado por arranjo da família, depois de um rapto consentido. Os pais da recém-formada família tornaram a vida do casal insustentável, pelo que se retiraram para as suas propriedades próximas de Pombal.

Durante o reinado de D. João V foi embaixador nas cortes do Reino da Grã-Bretanha, em Londres, Inglaterra, e do Sacro Império Romano-Germânico, em Viena, Arquiducado da Áustria.

Iniciou várias reformas administrativas, econômicas e sociais. Proibiu a importação de escravos em Portugal Continental a 12 de fevereiro de 1761 e acabou com a discriminação dos cristãos-novos, apesar de não ter extinguido oficialmente a Inquisição portuguesa, que foi colocada sobautoridade régia e esteve em vigor "de jure" até 1821. Por outro lado, criou a Real Mesa Sensória em 1768, com o objetivo de transferir, na totalidade, para o Estado a fiscalização das obras que se pretendessem publicar ou divulgar no Reino, o que até então estava a cargo do Tribunal do Santo Ofício.

A sua administração ficou marcada por dois descontentamentos célebres: o primeiro foi o Terremoto de Lisboa de 1755, um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitetônico da cidade. Pouco depois, o Processo dos Távoras, uma intriga com consequências dramáticas.

O quadro "O Marquês de Pombal iluminando e reconstruindo Lisboa", assinado conjuntamente por Louis-Michel van Loo (1707-1771) e Claude-Joseph Vernet (1714-1789), dois grandes pintores da sua época, representa o estadista, em 1759, no centro de uma cena de grande significado político e econômico.

Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu em 13 de maio de 1699 em Lisboa, freguesia das Mercês, sendo batizado a 6 de Junho do dito ano na Capela da mesma invocação, sita na Rua Formosa, que pertencia à sua família, tendo como padrinho, Sebastião José de Carvalho e Melo, seu avô paterno. Filho de Manuel de Carvalho e Ataíde Mercês, fidalgo da província, com propriedade na região de Leiria e de sua mulher, D. Teresa Luísa de Mendonça e esta descendente de fidalgos estabelecidos no Brasil.

Entre os ascendentes de sua mãe estão as famílias Albuquerque, Moura e Cavalcanti, sendo descendente por duas linhas, uma delas matrilinear, da índia brasileira tabajara Tindarena ou Tavira, batizada como Maria do Espírito Santo Arco Verde.

Eram seus avós paternos Sebastião José de Carvalho e Melo e D. Leonor Maria de Ataíde, maternos João de Almada e Melo, senhor de Souto d'El Rei e Olivais e D. Maior Luísa de Mendonça.

Sebastião foi o mais velho de doze irmãos, dos quais se destacam Paulo António de Carvalho e Mendonça e Francisco Xavier de Mendonça Furtado fiéis colaboradores do irmão. A sua mãe casaria no estado de viúva em 30 de junho de 1721, com Francisco Luís da Cunha de Ataíde, viúvo de D. Josefa Leocádia Coutinho.

O Marquês de Pombal morreu pacificamente na sua propriedade em 8 de maio de 1782. Os seus últimos dias de vida foram vividos em Pombal e na Quinta da Gramela, propriedade que herdara de seu tio, o arciprestre Paulo de Carvalho e Ataíde, em 1713.

Após a sua morte, na noite de 11 de maio de 1782, o seu cadáver foi conduzido num coche puxado por três parelhas para a igreja do convento de Santo António da vila de Pombal. A sua esposa, D. Leonor Ernestina de Daun, faleceu sete anos depois, em 3 de janeiro de 1789, aos 67 anos, sendo sepultada no jazigo da família, na Igreja Paroquial de Nossa Sr.ª das Mercês, em Lisboa.

Com o advento das invasões francesas a sua sepultura foi profanada pelos soldados do marechal André Masséna, sendo retirado das suas ossadas, o traje, e a espada. Em 1856/7, o Marechal Saldanha, seu neto por via materna, trasladou para Lisboa os restos mortais, que foram depositados na ermida das Mercês, onde o Marquês de Pombal fora batizado e, inclusive, pertencia à irmandade. Em 1923, passaram definitivamente os restos mortais para a Igreja da Memória, Lisboa, onde se encontram até ao presente.

Foi homenageado com uma estátua numa das mais importantes praças de Lisboa, que tem o seu nome, inaugurada a 13 de maio de 1934 pelo ministro das obras públicas Duarte Pacheco. Marquês de Pombal é também o nome da estação de metropolitano mais movimentada de Lisboa.

 


Brasão de Sebastião José de Carvalho e Melo

Sebastião José e os seus irmãos, o Cardeal Inquisidor e o Governador do Grão-Pará. (Pintura de Joana do Salitre, na sala da Concórdia do Palácio Marquês de Pombal, Oeiras).


D. Leonor Ernestina de Daun – primeira duquesa de Pombal

Retrato de Sebastião José de Carvalho e Melo 
(2.ª metade, séc XVIII).

Retrato do Marquês de Pombal (1766), 

por Louis-Michel van Loo e Claude Joseph Vernet.


Monumento ao Marquês de Pombal, 

na praça de mesmo nome, em Lisboa.





FONTE:

http://mapa.an.gov.br/index.php/publicacoes/70-assuntos/producao/publicacoes-2/biografias/386-sebastiao-jose-de-carvalho-e-melo-marques-de-pombal

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