Sebastião
José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal e Conde de Oeiras nasceu em Soure,
norte de Portugal, em 13 de maio de 1699 e faleceu em Pombal, em 08 de maio de
1782, foi um nobre, diplomata e estadista português.
Apesar
do berço nobre, a família não possuía grandes quantias de dinheiro. Na sua
juventude estudou Direito, na Faculdade de Leis e na Faculdade de Cânones da
Universidade de Coimbra, e serviu no exército durante um curto período.
Quando
era ainda apenas um fidalgo sem grandeza, aos 23 anos, em 16 de janeiro de
1723, Sebastião José, como lhe chamava a alta nobreza, sua inimiga, casou-se
com uma viúva sem filhos e importante dama aristocrata, D. Teresa de Noronha e
Bourbon Mendonça e Almada de 35 anos, viúva de António de Mendonça Furtado, seu
primo, falecido em 1718, filha de D. Bernardo de Noronha e de D. Maria Antonia
de Almada, onze anos mais velha, sobrinha do conde de Arcos, o que criou a
Sebastião de Carvalho problemas com a família da mulher. Tinha casado por
arranjo da família, depois de um rapto consentido. Os pais da recém-formada
família tornaram a vida do casal insustentável, pelo que se retiraram para as
suas propriedades próximas de Pombal.
Durante
o reinado de D. João V foi embaixador nas cortes do Reino da Grã-Bretanha, em
Londres, Inglaterra, e do Sacro Império Romano-Germânico, em Viena, Arquiducado
da Áustria.
Iniciou
várias reformas administrativas, econômicas e sociais. Proibiu a importação de
escravos em Portugal Continental a 12 de fevereiro de 1761 e acabou com a
discriminação dos cristãos-novos, apesar de não ter extinguido oficialmente a
Inquisição portuguesa, que foi colocada sobautoridade régia e esteve em vigor
"de jure" até 1821. Por outro lado, criou a Real Mesa Sensória em
1768, com o objetivo de transferir, na totalidade, para o Estado a fiscalização
das obras que se pretendessem publicar ou divulgar no Reino, o que até então
estava a cargo do Tribunal do Santo Ofício.
A
sua administração ficou marcada por dois descontentamentos célebres: o primeiro
foi o Terremoto de Lisboa de 1755, um desafio que lhe conferiu o papel
histórico de renovador arquitetônico da cidade. Pouco depois, o Processo dos
Távoras, uma intriga com consequências dramáticas.
O
quadro "O Marquês de Pombal iluminando e reconstruindo Lisboa",
assinado conjuntamente por Louis-Michel van Loo (1707-1771) e Claude-Joseph
Vernet (1714-1789), dois grandes pintores da sua época, representa o estadista,
em 1759, no centro de uma cena de grande significado político e econômico.
Sebastião
José de Carvalho e Melo nasceu em 13 de maio de 1699 em Lisboa, freguesia das
Mercês, sendo batizado a 6 de Junho do dito ano na Capela da mesma invocação,
sita na Rua Formosa, que pertencia à sua família, tendo como padrinho,
Sebastião José de Carvalho e Melo, seu avô paterno. Filho de Manuel de Carvalho
e Ataíde Mercês, fidalgo da província, com propriedade na região de Leiria e de
sua mulher, D. Teresa Luísa de Mendonça e esta descendente de fidalgos
estabelecidos no Brasil.
Entre
os ascendentes de sua mãe estão as famílias Albuquerque, Moura e Cavalcanti,
sendo descendente por duas linhas, uma delas matrilinear, da índia brasileira
tabajara Tindarena ou Tavira, batizada como Maria do Espírito Santo Arco Verde.
Eram
seus avós paternos Sebastião José de Carvalho e Melo e D. Leonor Maria de
Ataíde, maternos João de Almada e Melo, senhor de Souto d'El Rei e Olivais e D.
Maior Luísa de Mendonça.
Sebastião
foi o mais velho de doze irmãos, dos quais se destacam Paulo António de
Carvalho e Mendonça e Francisco Xavier de Mendonça Furtado fiéis colaboradores
do irmão. A sua mãe casaria no estado de viúva em 30 de junho de 1721, com Francisco
Luís da Cunha de Ataíde, viúvo de D. Josefa Leocádia Coutinho.
O
Marquês de Pombal morreu pacificamente na sua propriedade em 8 de maio de 1782.
Os seus últimos dias de vida foram vividos em Pombal e na Quinta da Gramela,
propriedade que herdara de seu tio, o arciprestre Paulo de Carvalho e Ataíde,
em 1713.
Após
a sua morte, na noite de 11 de maio de 1782, o seu cadáver foi conduzido num
coche puxado por três parelhas para a igreja do convento de Santo António da
vila de Pombal. A sua esposa, D. Leonor Ernestina de Daun, faleceu sete anos
depois, em 3 de janeiro de 1789, aos 67 anos, sendo sepultada no jazigo da
família, na Igreja Paroquial de Nossa Sr.ª das Mercês, em Lisboa.
Com
o advento das invasões francesas a sua sepultura foi profanada pelos soldados
do marechal André Masséna, sendo retirado das suas ossadas, o traje, e a
espada. Em 1856/7, o Marechal Saldanha, seu neto por via materna, trasladou
para Lisboa os restos mortais, que foram depositados na ermida das Mercês, onde
o Marquês de Pombal fora batizado e, inclusive, pertencia à irmandade. Em 1923,
passaram definitivamente os restos mortais para a Igreja da Memória, Lisboa,
onde se encontram até ao presente.
Foi
homenageado com uma estátua numa das mais importantes praças de Lisboa, que tem
o seu nome, inaugurada a 13 de maio de 1934 pelo ministro das obras públicas
Duarte Pacheco. Marquês de Pombal é também o nome da estação de metropolitano
mais movimentada de Lisboa.
Sebastião José e os seus irmãos, o Cardeal Inquisidor e o Governador do
Grão-Pará. (Pintura de Joana do Salitre, na sala da Concórdia do Palácio
Marquês de Pombal, Oeiras).
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