As suas histórias mais conhecidas são Le Petit Chaperon rouge (Capuchinho Vermelho), La Belle au bois dormant (A Bela Adormecida), Le Maître chat ou le Chat botté (O Gato de Botas), Cendrillon ou la petite pantoufle de verre (Cinderela), La Barbe bleue (Barba Azul) e Le Petit Poucet (O Pequeno Polegar).
Contemporâneo de Jean de La Fontaine, Perrault também foi advogado e exerceu algumas atividades como superintendente do Rei Luís XIV de França. A maioria das suas histórias ainda hoje é editada, traduzidas e distribuídas em diversos meios de comunicação, e adaptadas para várias formas de expressões, como o teatro, o cinema e a televisão.
Charles Perrault nasceu
em Paris, no dia 12 de janeiro de 1628 e faleceu em Paris, 16 de maio de 1703. Quinto
filho de Pierre Perrault e Paquette Le Clerc oriunda da alta burguesia,
completou os seus estudos sozinho, por ter-se desentendido com um professor. Dá
início aos seus estudos em 1637, no colégio de Beauvais, que viria a concluir
aos quinze anos, tendo demonstrado um certo talento para as línguas mortas. O
seu irmão Claude Perrault tornou-se um reconhecido arquiteto. Em 1643, ingressa
no curso de direito e, em 1651, com apenas vinte e três anos, consegue o seu
diploma, tornando-se advogado.
Em 1654, Perrault tornou-se funcionário junto do seu irmão mais velho Pierre, cobrador geral do reino e, depois de ter publicado uma série de odes dedicadas ao rei, tornou-se assistente de Colbert, o famoso conselheiro de Luís XIV. Em 1665, passou a ser superintendente das obras públicas do reino e, dois anos mais tarde, ordenou a construção do Observatório Real, de acordo com as plantas do seu irmão Claude.
Em 1671, foi eleito para a Academia Francesa de Letras, que no dia da sua inauguração permitiu ao público presenciar a cerimônia, privilégio continuado ainda nos nossos dias. No ano seguinte, não só foi nomeado chanceler da Academia, como contraiu matrimonio com Marie Guichon.
OBRAS
Histórias ou Contos do Tempo Passado com Moralidades ou Contos da Mamãe Gansa
Frontisício da edição de 1697 de
Histoires ou Contes du temps passé
Publicado em 1697 sob o título
Histórias ou Contos do Tempo Passado com Moralidades (Histoires ou Contes du
Temps Passé, avec des Moralités), embora tenha ficado conhecido pelo título que
aparece no frontispício (ver ilustração) Contos da Mamãe Gansa (Les Contes de
la Mêre l'Oye), que havia sido o título da edição manuscrita parcial (contendo
cinco contos) de 1695. As morais vinham em forma de poesia, que encerravam cada
história.
A edição original de 1697 continha uma
dedicatória "A Mademoiselle" (À Senhorita) assinada por P.
Darmancour, filho do autor, como se este tivesse escrito o livro, e oito
histórias:
("A Bela Adormecida")
("La Belle au Bois Dormant")
("Chapeuzinho Vermelho")
("Le Petit Chaperon Rouge")
("Barba Azul") ("La
Barbe-Bleue")
("O Gato de Botas")
("Le Maître Chat ou Le Chat Botté")
("As Fadas") ("Les
Fées")
("Cinderela")
("Cendrillon ou La Petite Pantoufle de Verre")
("Henrique, o Topetudo")
("Riquet à la Houppe")
("O Pequeno Polegar")
("Le Petit Poucet")
Somente na "primeira edição
completa" de 1781 três contos em versos, que já haviam sido publicados
durante a vida do autor, foram incluídos na obra, a saber:
("Griselidis") ("La
Marquise de Salusses ou la Patience de Griselidis") (originalmente de
1691)
("Os Desejos Ridículos")
("Les Souhaits ridicules") (1693)
("Pele de Asno") ("Peau
d'Âne") (1694)
Em 1861 o editor Hetzel publica uma
primorosa edição, prefaciada por ele próprio, e ilustrada por Gustave Doré, mas
sem os contos "Grisélidis" e "Os Desejos Ridículos", sem as
morais ao final dos contos, e com uma versão em prosa de "Pele de
Asno", em vez da versão original em versos.
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