domingo, 29 de janeiro de 2023

EM 2023 CELEBRAMOS OS 80 ANOS DA ESTREIA DA PEÇA TEATRAL: “VESTIDO DE NOIVA” DE NELSON RODRIGUES



Teatro: Vestido de noiva é uma peça teatral brasileira, de teor psicológico, escrita por Nelson Rodrigues. 

Encenada pela primeira vez em 1943, a peça de Nelson Rodrigues mostra ações simultâneas em três planos – da realidade, da alucinação e da memória e deu início ao processo de modernização do teatro brasileiro.

 




Vestido de Noiva tem como principal característica a divisão da dramaturgia em três planos de narrativa: realidade, alucinação e memória. No mundo real, Alaíde, uma moça da elite carioca, é atropelada e levada ao hospital entre a vida e a morte, ficando inconsciente. Nesse momento, surgem dois outros planos, revelando os delírios da protagonista enquanto está desacordada e os acontecimentos que antecederam o acidente.

Alaíde é casada com Pedro, porém esse homem amava a irmã dela, Lúcia. Após a morte de Alaíde, Pedro e Lúcia se casam...

 


UM POUCO SOBRE O AUTOR NELSON RODRIGUES

Nelson Falcão Rodrigues nasceu em Recife, 23 de agosto de 1912 foi um escritor, jornalista, romancista, teatrólogo, contista e cronista de costumes e de futebol brasileiro. É considerado o mais influente dramaturgo do Brasil.

Mudou-se em 1916 para a cidade do Rio de Janeiro. Trabalhou no jornal “A Manhã”, de propriedade de seu pai, Mário Rodrigues. Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade. Sua primeira peça foi A Mulher sem Pecado (1941), que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso veio com Vestido de Noiva (1943), que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. Com seus três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação construíam a história da protagonista Alaíde), as inovações estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro. 

A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no maior dramaturgo brasileiro do século XX, apesar de suas obras terem sido, quando lançadas, tachadas por críticos como "obscenas", "imorais" e "vulgares". Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol... Faleceu no Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1980. 


OBRAS


A mulher sem pecado - 1941 - Direção: Rodolfo Mayer

Vestido de noiva - 1943 - Direção: Zbigniew Ziembiński

Valsa nº 6 - 1951 - Direção: Milton Rodrigues

Viúva, porém honesta - 1957 - Direção: Willy Keller

Anti-Nélson Rodrigues - 1974 - Direção: Paulo César Pereio

Álbum de família - 1946 - Direção: Kleber Santos

Anjo negro - 1947 - Direção: Zbigniew Ziembiński

Senhora dos Afogados - 1947 - Direção: Bibi Ferreira

Doroteia - 1949 - Direção: Zbigniew Ziembiński

A falecida - 1953 - Direção: José Maria Monteiro

Perdoa-me por me traíres - 1957 - Direção: Léo Júsi

Os sete gatinhos - 1958 - Direção: Willy Keller

Boca de Ouro - 1959 - Direção: José Renato

O beijo no asfalto - 1960 - Direção: Gianni Ratto

Bonitinha, mas ordinária - 1962 - Direção Martim Gonçalves

Toda nudez será castigada - 1965 - Direção: Zbigniew Ziembiński

A serpente - 1978 - Direção: Marcos Flaksman

 

ROMANCES

 

Meu destino é pecar - 1944

Escravas do amor - 1944

Minha vida - 1944

Núpcias de fogo - 1948

A mulher que amou demais - 1949 (sob o pseudônimo de Myrna)

O homem proibido - 1959

A mentira - 1953

Asfalto Selvagem: Engraçadinha, Seus Pecados e Seus Amores - 1959

O casamento – 1966

 

CONTOS PUBLICADOS ANTES E APÓS SUA MORTE 

 

Cem contos escolhidos - A vida como ela é... - 1972

Elas gostam de apanhar - 1974

A vida como ela é — O homem fiel e outros contos - 1992

A dama do lotação e outros contos e crônicas - 1992

A coroa de orquídeas - 1992

Pouco amor não amor – 2002

 

CRÔNICAS ANTES E PÓS A SUA MORTE

 

Memórias de Nélson Rodrigues - 1967

O óbvio ululante: primeiras confissões - 1968

A cabra vadia - 1970

O reacionário: memórias e confissões - 1977

Fla-Flu...e as multidões despertaram - 1987

O remador de Ben-Hur - 1992

A cabra vadia - Novas confissões - 1992

A menina sem estrela - memórias - 1992

À sombra das chuteiras imortais - Crônicas de Futebol - 1992

A mulher do próximo - 1992

Nélson Rodrigues, o Profeta Tricolor - 2002

Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo - 2002

O Berro impresso nas Manchetes – 2007

O quadrúpede de vinte e oito patas

Brasil em campo - 2018

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário