Teatro: Vestido de noiva é uma peça teatral brasileira, de teor psicológico, escrita por Nelson Rodrigues.
Encenada
pela primeira vez em 1943, a peça de Nelson Rodrigues mostra ações simultâneas
em três planos – da realidade, da alucinação e da memória e deu início ao
processo de modernização do teatro brasileiro.
Vestido de Noiva tem como principal característica a divisão da dramaturgia em três planos de narrativa: realidade, alucinação e memória. No mundo real, Alaíde, uma moça da elite carioca, é atropelada e levada ao hospital entre a vida e a morte, ficando inconsciente. Nesse momento, surgem dois outros planos, revelando os delírios da protagonista enquanto está desacordada e os acontecimentos que antecederam o acidente.
Alaíde
é casada com Pedro, porém esse homem amava a irmã dela, Lúcia. Após a morte de
Alaíde, Pedro e Lúcia se casam...
UM POUCO SOBRE O AUTOR NELSON RODRIGUES
Nelson Falcão Rodrigues nasceu em Recife, 23 de agosto de 1912 foi um escritor, jornalista, romancista, teatrólogo, contista e cronista de costumes e de futebol brasileiro. É considerado o mais influente dramaturgo do Brasil.
Mudou-se em 1916 para a cidade do Rio de Janeiro. Trabalhou no jornal “A Manhã”, de propriedade de seu pai, Mário Rodrigues. Foi repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever suas peças a respeito da sociedade. Sua primeira peça foi A Mulher sem Pecado (1941), que lhe deu os primeiros sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso veio com Vestido de Noiva (1943), que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. Com seus três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação construíam a história da protagonista Alaíde), as inovações estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro.
A consagração se seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no maior dramaturgo brasileiro do século XX, apesar de suas obras terem sido, quando lançadas, tachadas por críticos como "obscenas", "imorais" e "vulgares". Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua paixão por futebol... Faleceu no Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 1980.
OBRAS
A
mulher sem pecado - 1941 - Direção: Rodolfo Mayer
Vestido
de noiva - 1943 - Direção: Zbigniew Ziembiński
Valsa
nº 6 - 1951 - Direção: Milton Rodrigues
Viúva,
porém honesta - 1957 - Direção: Willy Keller
Anti-Nélson
Rodrigues - 1974 - Direção: Paulo César Pereio
Álbum
de família - 1946 - Direção: Kleber Santos
Anjo
negro - 1947 - Direção: Zbigniew Ziembiński
Senhora
dos Afogados - 1947 - Direção: Bibi Ferreira
Doroteia
- 1949 - Direção: Zbigniew Ziembiński
A
falecida - 1953 - Direção: José Maria Monteiro
Perdoa-me
por me traíres - 1957 - Direção: Léo Júsi
Os
sete gatinhos - 1958 - Direção: Willy Keller
Boca
de Ouro - 1959 - Direção: José Renato
O
beijo no asfalto - 1960 - Direção: Gianni Ratto
Bonitinha,
mas ordinária - 1962 - Direção Martim Gonçalves
Toda
nudez será castigada - 1965 - Direção: Zbigniew Ziembiński
A
serpente - 1978 - Direção: Marcos Flaksman
ROMANCES
Meu
destino é pecar - 1944
Escravas
do amor - 1944
Minha
vida - 1944
Núpcias
de fogo - 1948
A
mulher que amou demais - 1949 (sob o pseudônimo de Myrna)
O
homem proibido - 1959
A
mentira - 1953
Asfalto
Selvagem: Engraçadinha, Seus Pecados e Seus Amores - 1959
O
casamento – 1966
CONTOS PUBLICADOS ANTES E APÓS SUA MORTE
Cem
contos escolhidos - A vida como ela é... - 1972
Elas
gostam de apanhar - 1974
A
vida como ela é — O homem fiel e outros contos - 1992
A
dama do lotação e outros contos e crônicas - 1992
A
coroa de orquídeas - 1992
Pouco
amor não amor – 2002
CRÔNICAS
ANTES E PÓS A SUA MORTE
Memórias
de Nélson Rodrigues - 1967
O
óbvio ululante: primeiras confissões - 1968
A
cabra vadia - 1970
O
reacionário: memórias e confissões - 1977
Fla-Flu...e
as multidões despertaram - 1987
O
remador de Ben-Hur - 1992
A
cabra vadia - Novas confissões - 1992
A
menina sem estrela - memórias - 1992
À
sombra das chuteiras imortais - Crônicas de Futebol - 1992
A
mulher do próximo - 1992
Nélson
Rodrigues, o Profeta Tricolor - 2002
Não
se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo - 2002
O
Berro impresso nas Manchetes – 2007
O
quadrúpede de vinte e oito patas
Brasil
em campo - 2018
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