Salve,
Augusta Casa de Letras,
fundada
no alvorecer do século passado,
no
coração de Niterói, outrora capital,
pelas
mãos de idealistas que, movidos pelo verbo,
ergueram
o estandarte da palavra,
da
memória, da cultura e da arte.
Templo
vivo da língua que nos une,
marco
indelével da história fluminense,
tua
existência atravessa gerações,
e cada
nome gravado em tuas Cadeiras
é chama
acesa que não se apaga.
Teus
Patronos — de Casimiro de Abreu a Raul Pompéia,
de
Duque de Caxias a José do Patrocínio —
compõem
o coro invisível que ecoa
em cada
sessão solene, em cada verso declamado,
em cada
gesto de quem, no presente,
honra o
passado para semear o futuro.
Oh,
Casa de Amor à Cultura,
quantos
desafios venceste!
Da
fundação em 1917, na primavera da Renascença Fluminense,
à
conquista da sede própria, abrigo da memória,
erguida
pelo esforço de Feliciano Sodré e Ary Parreiras,
e
preservada, em cada pedra e em cada livro,
pelo
zelo de teus filhos acadêmicos.
São 108
primaveras, 108 invernos,
tecendo
o manto da história literária do Estado do Rio,
onde
brilha o gentílico que herdamos do latim —
flumen,
o rio que nos nomeia,
correnteza
que leva adiante
a
herança da língua portuguesa,
a
defesa da memória, o somatório de saberes.
Salve a
primeira mulher acadêmica, Albertina Fortuna Barros,
salve
Edmo Lutterbach, condutor do centenário,
salve
Waldenir de Bragança, que te fez ponte entre gerações,
e
salve, hoje, a professora Márcia Pessanha,
voz
feminina que guia, com doçura e firmeza,
teu
caminho rumo ao amanhã.
Oh,
Academia Fluminense de Letras,
tu que
foste reconhecida como patrimônio imaterial de Niterói,
tu que
fizeste ecoar tua voz na ONU,
para
que o idioma português ganhasse mais um altar,
tu que
ergues concursos, congressos, táxis literários,
e
semeias livros, sonhos e saberes.
Que
permaneças, altiva,
farol
que ilumina cada escritor,
cada
leitor, cada aprendiz da palavra,
preservando
a seiva das letras,
vivificando
a memória de quem te construiu,
e
mantendo vivo, em cada um de nós,
o
sagrado ofício de amar a cultura.
Pois,
como nos lembra Eduardo Portela,
é
preciso lembrar, reconstruir percursos, vivificar a memória;
e, como
bem disse Waldenir de Bragança,
Academias
existem pelo somatório das histórias individuais,
e pelo
abraço coletivo que as torna imortais.
Hoje,
de pé, saudamos teus 108 anos,
com
gratidão, respeito e poesia:
salve,
Academia Fluminense de Letras,
Casa
onde mora a palavra,
Templo
onde floresce a cultura,
pátria
íntima de todos os que, pela escrita,
tecem
eternidade.
©
Alberto Araújo
22 de
julho de 2025.
Prezada amiga e ilustre presidente da Academia Fluminense de Letras, Dra. Márcia Pessanha, recebo suas palavras com profunda alegria e gratidão. É uma honra poder registrar e difundir, pelo Focus Portal Cultural, as ações, projetos e a história viva da Academia Fluminense de Letras, essa Casa centenária que tanto engrandece a cultura de Niterói, do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil. Agradeço de coração pelo reconhecimento, que muito me sensibiliza e motiva a seguir colaborando com o mesmo entusiasmo e respeito. Parabenizo, mais uma vez, a AFL pelos seus 108 anos de amor à palavra, preservação da memória e promoção do saber. Permita-me, ainda, render meu sincero tributo ao seu trabalho dedicado, sensível e visionário à frente desta Casa centenária. Sob sua liderança, a AFL não apenas preserva seu legado, mas se renova, floresce e se projeta com vigor para o futuro, mantendo viva a chama da cultura, da literatura e da memória fluminense. Desejo que os próximos anos sejam igualmente marcados por conquistas, reconhecimento e brilho e que sua trajetória continue sendo tão inspiradora quanto generosa. Conte sempre com meu apreço, respeito e amizade. Vida longa também à Academia Fluminense de Letras e parabéns a você, notável presidente, que tão bem a conduz! Abraços do Alberto Araújo - Diretor do Focus Portal Cultural
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