FOCUS PORTAL CULTURAL: EU SOU - O ALICERCE INVISÍVEL - CRÔNICA DE ALBERTO ARAÚJO

segunda-feira, 14 de julho de 2025

EU SOU - O ALICERCE INVISÍVEL - CRÔNICA DE ALBERTO ARAÚJO - HOMENAGEM AO MONGE CÉZAR PINTOR

Hoje, 14 de julho de 2025, no silêncio sagrado do WhatsApp, chegou um vídeo- mensagem que, embora curto, ergueu muralhas de significado em mim. Nosso amigo Monge Cézar Pintor, com a alegria de quem contempla a primeira parede levantada, falou palavras de agradecimento a Deus, o Senhor do Universo e ao final falou as palavras: “Eu sou.”

E ali, entre o cimento fresco e a poeira da esperança, estava tudo: a essência, o abraço de Deus, o milagre do existir.

“Eu sou”, disse ele, como quem não fala apenas do corpo que constrói, mas da alma que se constrói junto. “Eu sou filho amado de Deus”, falou firme e forte, que, ao falar, também nos lembrou quem somos nós.

Porque erguer uma casa vai muito além do bloco, da massa, do suor: é levantar a dignidade, é declarar ao universo que se tem um lugar, que se crê no amanhã.

E ao proclamar “Eu sou”, Monge Cézar assentou, invisível, o mais firme de todos os alicerces: a certeza de que a vida vale a pena porque é sustentada pelo amor divino.

Há casas que nascem do dinheiro, do acaso, do capricho; outras, porém, nascem do encontro entre fé e coragem, e são essas que resistem ao tempo, ao vento e às noites frias.

E foi isso que senti ao assisti aquelas palavras-mensagens tão simples e tão vastas: que não é apenas uma parede que se ergue, mas um homem que se reconhece parte da grande obra de Deus.

“Eu sou.”

E, sendo, constrói.

E, construindo, testemunha que a maior casa é aquela que carregamos dentro: feita de fé, gratidão e pertencimento.

No terreno sagrado da vida, cada tijolo é uma oração;

e cada parede, uma prova de que, antes de tudo, somos.

E isso basta para começar.

© Alberto Araújo

UM POUCO SOBRE MONGE CÉZAR - POESIA EM CORES, ALMA EM CADA TRAÇO

"Faço da arte meu estilo de vida", confessa ele, e em suas palavras ressoa a verdade de uma existência dedicada à beleza. Nas cores do mar que beija a Praia de Icaraí, no cheiro inebriante da tinta e no sussurro suave do vento, vive e cria Agnaldo Cézar Monge, mas o coração de Niterói o conhece como Monge Cézar Pintor. Artista plástico de alma vibrante, poeta que sente o mundo em versos e tecladista inspirado, Monge Cézar transcende a mera representação. Ele pinta sentimentos que habitam a memória e a própria alma da cidade que tanto ama.

Residente em Niterói, RJ, Monge Cézar teceu sua própria história na tapeçaria cultural da cidade, tornando-se parte viva e essencial de sua paisagem. Há dezessete anos, pontualmente aos domingos, ele arma seu cavalete diante da imponente Pedra do Índio, no calçadão de Icaraí, transformando o asfalto e a areia em um santuário de cores e inspiração. Aos sábados e domingos, suas telas ganham vida ao ritmo das ondas, enquanto durante a semana, a esquina da Belisário Augusto, também em Icaraí, revela o artista em plena criação.

Monge Cézar é aclamado por suas pinturas a óleo sobre tela, que são verdadeiros poemas visuais. Suas paisagens da Praia de Icaraí capturam a luz e a brisa com mestria, e seus retratos e corpos humanos revelam a profundidade da forma. Entre suas obras, destaca-se um comovente quadro de Jesus Cristo, capaz de tocar as almas de quem o contempla. Mas seu talento não se limita à paleta; ele é também a voz que declamou, com paixão e alma, uma poesia de Shirley Araújo “Paris no outono”, revelando que sua arte extravasa as molduras e se expande em outras linguagens.

Mais do que um artista, ele é uma presença que irradia paz. Sua figura serena e carismática se integrou à paisagem de Niterói, encantando turistas e moradores. Eu e Shirley, o conhecemos há cerca de oito anos, logo descobrimos que por trás dos pincéis reside um homem de fé inabalável, alguém que contempla o mundo com os olhos sempre abertos para os detalhes que, muitas vezes, escapam aos desatentos. Foi ele quem trouxe até nós a força da frase "EU SOU", não apenas como palavras, mas como uma filosofia de vida, a consciência profunda de que somos, acima de tudo, filhos amados de Deus.

Com seu talento abençoado e sua simpatia com tom infinito, Monge Cézar transforma cada tela em uma ponte sutil entre o que é visto e o que é sentido, entre o material e o espiritual. Para que a chama de sua arte continue a brilhar, ele realiza sorteios de suas obras, quadros de grandes dimensões pintados com a mais pura paixão e o valor arrecadado é o sopro que mantém vivo seu ateliê e a constante criação.

Se você deseja mergulhar mais fundo no universo desse artista admirável, pode encontrá-lo, sempre com um sorriso acolhedor, aos domingos na Praia de Icaraí, em frente à Pedra do Índio. Ou, se preferir, entre em contato pelo WhatsApp (21) 9 9893-8102. Uma simples busca por "Monge Cézar Pintor" no Google também o levará a descobrir mais sobre sua jornada artística.

Monge Cézar não se limita a pintar quadros. Ele eterniza o instante, celebra o sagrado no cotidiano mais simples e faz da arte não um trabalho, mas um jeito sublime de existir. E ao ouvir sua voz dizer "Eu sou", a gente entende: a arte, para ele, nasce do coração e ali faz morada eterna.