domingo, 21 de dezembro de 2025
MENSAGEM DE NATAL DA PRESIDENTE MATILDE CARONE SLAIBI CONTI
ONDE A ÁGUA SE FAZ MEL - POEMA DE ALBERTO ARAÚJO
À beira do córrego, o tempo parou, Ele lia versos na sombra de um ipê. Ela chegou como quem o despertou, Trazendo o brilho que a alma não vê.
Deixaram para trás o cansaço do mundo, Onde o Rio Doce ensina o caminho. Não era preciso um barco profundo, Para quem sabe seguir com carinho.
As margens não eram mais muros de isolamento, Mas braços abertos de terra e de flor. Eles seguiram o fluxo do vento, Transformando a corrente em puro louvor.
O castelo surgiu, não de pedra ou castigo, Mas feito de luz sobre a areia do chão. Onde o destino se torna um amigo, E a vida pulsa na palma da mão.
Ali, onde o rio sussurra o seu sim, O final é um laço que nunca se solta. Pois o amor, quando é doce no fim, Não conhece o caminho da volta.
© Alberto Araújo
MAGDA BELLOTI E JORGE MATHIAS EM "EU CANTO PRA VOCÊ" NO CENTRO DE ARTES DA UFF
MAGDA BELLOTI & JORGE MATHIAS EM
EU CANTO PRA VOCÊ
O espetáculo Eu Canto Pra Você foi
marcado por um repertório escolhido a dedo e por um encontro encantador no
palco. As delicadas vozes de Magda Belloti e Lorena Belloti, acompanhadas pelo
violonista Jorge Mathias, deram vida a canções que atravessam gerações. Além da
MPB, o público pôde apreciar interpretações de clássicos do samba, da bossa
nova e do pop rock.
Realizado nos dias 16 e 17 de março de
2017, no Teatro da UFF (Rua Miguel de Frias, 09, Icaraí, Niterói – RJ), o
espetáculo integrou o projeto A Força e a Voz da Mulher, promovido pelo Centro
de Artes da UFF.
Em cena, Magda Belotti e Jorge Mathias
apresentaram versões inéditas de grandes clássicos da música brasileira e de
alguns hits internacionais. Em momentos especiais, Lorena Belloti, filha mais
velha de Magda, dividiu o palco com a mãe em emocionantes duetos.
Orgulho da cantora, Lorena também
brilhou em interpretações solo, encantando a plateia com “Velha Infância”
(Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown) e “Someone Like You” (Adele Adkins e Dan
Wilson).
Entre os sucessos que marcaram a noite
estiveram:
Sozinho, de Peninha
Carinhoso, de João de Barro e
Pixinguinha
Como Vai Você, de Antonio Marcos e
Mário Marcos
As Rosas Não Falam, de Cartola
Tristeza, de Haroldo Lobo e Niltinho
além de outras canções inesquecíveis.
Amigos de longa data, Magda Belloti e Jorge Mathias decidiram transformar sua parceria em um show contemporâneo e memorável.
“A gente se encontrou em várias ocasiões e nos tornamos essa dupla. Pretendemos nos separar somente depois da aposentadoria”, contou Magda.
Ela acrescentou que o repertório foi cuidadosamente montado e que a amizade entre os dois tornou o processo ainda mais leve.
Assim, o espetáculo Eu Canto Pra Você
se consolidou como uma experiência única, deixando na memória do público noites
verdadeiramente inesquecíveis.
© Alberto Araújo
Focus Portal Cultural
MAGDA BELLOTI – CANTORA, SOPRANO DE LIRISMO E CULTURA - HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL
Hoje, 21 de dezembro, celebramos não apenas o aniversário de uma artista, mas a vida de uma mulher cuja voz se tornou ponte entre mundos, tempos e sensibilidades. Magda Belloti, soprano de rara tessitura e intérprete de alma generosa, é presença marcante no cenário musical brasileiro e internacional.
Sua trajetória é marcada por disciplina, talento e uma entrega absoluta à arte, que a consagra como uma das mais expressivas cantoras líricas de sua geração.
Graduada em canto pelo Conservatório Brasileiro de Música e pós-graduada em canto lírico pelo Coletivo das Artes, Magda construiu uma carreira sólida e multifacetada. Desde cedo, revelou-se intérprete capaz de unir técnica refinada e emoção genuína, atributos que a levaram a conquistar prêmios e distinções em concursos nacionais e internacionais. Em 1992, já demonstrava sua força artística ao conquistar o primeiro lugar no VI Concurso Nacional Villa-Lobos, realizado em Vitória (ES), marco que anunciava o brilho de sua jornada.
Sua atuação se estende por palcos diversos, tanto no Brasil quanto no exterior. Magda realizou turnês pela Europa, Inglaterra e Portugal, pelos Estados Unidos e pela América Latina, sempre com o propósito de difundir e valorizar a música de câmara brasileira. Sua voz, ao mesmo tempo vigorosa e delicada, tornou-se veículo de identidade cultural, levando ao público estrangeiro a riqueza melódica e poética de nossa tradição musical.
Em 2005, lançou o álbum Paisagens Musicais, em duo com a pianista Talitha Peres, obra que se tornou referência pela sensibilidade interpretativa e pelo diálogo entre piano e voz. O disco é testemunho de sua capacidade de transformar repertórios em experiências estéticas profundas, onde cada nota se converte em paisagem sonora e cada frase em emoção partilhada. Além disso, Magda é criadora e protagonista do musical A Modinha que Não Sai de Moda, projeto que resgata e atualiza um dos gêneros mais emblemáticos da música brasileira, reafirmando seu compromisso com a preservação e renovação da memória cultural.
Sua carreira operística é igualmente notável. Como solista, Magda deu vida a personagens inesquecíveis em óperas consagradas: As Bodas de Fígaro (Mozart), Carmen (Bizet), Suor Angélica (Puccini), La Traviata (Verdi), Aida (Verdi) e Bastien und Bastienne (Mozart). Cada interpretação foi marcada por rigor técnico e intensidade dramática, revelando sua habilidade em transitar entre diferentes estilos e épocas com naturalidade e profundidade.
Atualmente, Magda integra o corpo estável do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, instituição que é símbolo da cultura nacional, e é membro da Academia Fluminense de Letras, na sessão de Belas Artes. Sua presença em ambas as instituições reafirma o papel de ponte entre música e literatura, entre palco e palavra, entre tradição e contemporaneidade. Ao mesmo tempo, mantém viva sua busca pelo aprimoramento, atualizando sua técnica vocal sob orientação do professor Miguelangelo Cavalcanti, gesto que revela sua humildade e compromisso contínuo com a excelência.
Mas falar de Magda Belloti é falar também de sua dimensão humana. Sua trajetória não se resume a prêmios e palcos; ela é marcada por uma dedicação social e cultural que transcende o canto. Magda é artista que entende a música como serviço, como partilha, como gesto de amor. Sua voz não apenas encanta plateias, mas também inspira comunidades, educa sensibilidades e fortalece vínculos culturais. É por isso que suas premiações e condecorações não são apenas reconhecimentos técnicos, mas celebrações de sua contribuição à sociedade.
Neste dia especial, o Focus Portal Cultural presta homenagem a Magda Belloti, celebrando sua vida e obra. Que sua voz continue a ecoar nos palcos e nos corações, levando beleza, emoção e consciência cultural. Que cada nota cantada seja também um convite à esperança, à memória e ao futuro. Magda é exemplo de que a arte, quando vivida com paixão e entrega, torna-se eternidade.
Parabéns, Magda Belloti, soprano de lirismo e cultura. Que este aniversário seja mais uma página luminosa em sua história, e que sua música siga sendo farol para todos nós.
© Alberto Araújo
Focus Portal Cultural
MAGDA BELLOTI E JORGE MATHIAS EM
"EU CANTO PRA VOCÊ"
NO CENTRO DE ARTES DA UFF
Magda Belloti – A Voz que Encanta e Eterniza
Há artistas que nascem para cantar, e há aqueles que, ao cantar, parecem recriar o mundo. Magda Belloti pertence a esta segunda categoria: sua voz não apenas interpreta, mas transcende, tornando-se ponte entre o humano e o divino, entre o instante e a eternidade. Soprano de rara tessitura, Magda é presença luminosa no cenário lírico brasileiro e internacional, e sua trajetória é marcada por disciplina, sensibilidade e uma entrega absoluta à arte.
Graduada em canto pelo Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro e pós-graduada em canto lírico pelo Coletivo das Artes, Magda construiu uma carreira sólida, que se desdobra em múltiplas vertentes: ópera, música de câmara, concertos e projetos culturais. Desde cedo, revelou-se intérprete capaz de unir técnica refinada e emoção genuína, atributos que a levaram a conquistar prêmios e distinções em concursos nacionais e internacionais. Em 1992, já demonstrava sua força artística ao conquistar o primeiro lugar no VI Concurso Nacional Villa-Lobos, realizado em Vitória (ES), marco que anunciava o brilho de sua jornada.
Sua atuação se estende por palcos diversos, tanto no Brasil quanto no exterior. Magda realizou turnês pela Europa, Inglaterra e Portugal, pelos Estados Unidos e pela América Latina, sempre com o propósito de difundir e valorizar a música de câmara brasileira. Sua voz, ao mesmo tempo vigorosa e delicada, tornou-se veículo de identidade cultural, levando ao público estrangeiro a riqueza melódica e poética de nossa tradição musical.
Em 2005, lançou o álbum Paisagens Musicais, em duo com a pianista Talitha Peres, obra que se tornou referência pela sensibilidade interpretativa e pelo diálogo entre piano e voz. O disco é testemunho de sua capacidade de transformar repertórios em experiências estéticas profundas, onde cada nota se converte em paisagem sonora e cada frase em emoção partilhada. Além disso, Magda é criadora e protagonista do musical A Modinha que Não Sai de Moda, projeto que resgata e atualiza um dos gêneros mais emblemáticos da música brasileira, reafirmando seu compromisso com a preservação e renovação da memória cultural.
Sua carreira operística é igualmente notável. Como solista, Magda deu vida a personagens inesquecíveis em óperas consagradas: As Bodas de Fígaro (Mozart), Carmen (Bizet), Suor Angélica (Puccini), La Traviata (Verdi), Aida (Verdi) e Bastien und Bastienne (Mozart). Cada interpretação foi marcada por rigor técnico e intensidade dramática, revelando sua habilidade em transitar entre diferentes estilos e épocas com naturalidade e profundidade.
Atualmente, Magda integra o corpo estável do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, instituição que é símbolo da cultura nacional, e é membro da Academia Fluminense de Letras, na sessão de Belas Artes. Sua presença em ambas as instituições reafirma o papel de ponte entre música e literatura, entre palco e palavra, entre tradição e contemporaneidade. Ao mesmo tempo, mantém viva sua busca pelo aprimoramento, atualizando sua técnica vocal sob orientação do professor Miguelangelo Cavalcanti, gesto que revela sua humildade e compromisso contínuo com a excelência.
Mas falar de Magda Belloti é falar também de sua dimensão humana. Sua trajetória não se resume a prêmios e palcos; ela é marcada por uma dedicação social e cultural que transcende o canto. Magda é artista que entende a música como serviço, como partilha, como gesto de amor. Sua voz não apenas encanta plateias, mas também inspira comunidades, educa sensibilidades e fortalece vínculos culturais. É por isso que suas premiações e condecorações não são apenas reconhecimentos técnicos, mas celebrações de sua contribuição à sociedade.
Magda Belloti é, enfim, uma artista
que canta com o corpo, com a alma e com a história. Sua biografia é feita de
notas que se transformam em memória, de melodias que se convertem em legado, de
silêncios que se tornam contemplação. Ao celebrar sua vida e obra, celebramos
também a força da música como linguagem universal, capaz de unir povos,
atravessar fronteiras e tocar o mais íntimo da condição humana.
@ Alberto Araújo
Alice Fontanella disse: Parabéns para
Magda, pelo dia de hoje! Que Deus a abençoe com muita saúde e felicidades!! 🙏🙏😘
*****
Nadja Daltro disse: Parabéns Magda e
que venha muito sucesso pelo seu caminho!!!! bjos♥️♥️♥️♥️♥️
Cacau Dias disse: Sorria: hoje é seu
aniversário!
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Clara Avellar disse: Feliz
aniversário! Muitas bênçãos sobre sua vida!
Mirian Esteves disse: Ela é
maravilhosa! Parabéns, amiga!
********
Lúcia Vieira Mouzinho disse: Parabéns
Magda, muitas felicidades
*******
Dulce Mattos disse: Minha querida amiga, que Deus abençoe todos os dias de sua vida ao lado de seus entes queridos. Te amo.
sábado, 20 de dezembro de 2025
AMERICA AWARDS 2025: UMA NOITE DE RECONHECIMENTO E LEGADO POLIANA CONTI RECEBE PRÊMIO DE LIDERANÇA EXECUTIVA | THE AMERICA AWARDS 2025
Em 2025, o America Awards chega à sua nona edição, consolidando-se como uma das mais importantes celebrações de talentos e lideranças das comunidades que atuam nos Estados Unidos. Desde sua criação, o prêmio tem como propósito destacar histórias inspiradoras e trajetórias que transformam diferentes setores da sociedade, conquistando respeito nacional e projeção internacional.
Este ano, o evento assume proporções ainda mais grandiosas. O tradicional Gala Dinner será palco de encontros memoráveis entre empresários, artistas, comunicadores, influenciadores e líderes comunitários. Uma noite marcada por sofisticação, emoção e oportunidades de conexão estratégica. Ao todo, 37 personalidades serão homenageadas, escolhidas por meio da votação oficial dos diretores da premiação, um processo que reafirma a seriedade, a transparência e o mérito que sustentam o evento.
Entre os símbolos que tornam esta edição especial está o troféu exclusivo do America Awards, produzido pela renomada Society Awards, responsável por criar peças para algumas das maiores premiações do mundo. Polido em ouro 24K, cada troféu é confeccionado de forma única, representando excelência, conquista e o reconhecimento máximo aos homenageados.
A liderança do prêmio está nas mãos de Vanessa Caetano Salmeron, jornalista e CEO do Mídia América Group e do próprio America Awards. Com mais de duas décadas de atuação, Vanessa se tornou uma das vozes mais influentes da mídia brasileira nos Estados Unidos. Sua visão transformou o evento em uma plataforma de integração, visibilidade e impacto, fortalecendo a presença brasileira no cenário internacional e impulsionando o crescimento contínuo da premiação.
A edição de 2025 reafirma a missão central do America Awards: celebrar diversidade, talento, representatividade e impacto social. São nove anos de história pautados pela consistência e pelo profissionalismo, que agora se aproximam de um marco ainda maior, os dez anos da premiação. Um legado que segue sendo construído com paixão, excelência e olhar voltado para o futuro.
Leonor Portes disse: Um marco que merece ser comemorado, receber o Prêmio de Liderança Executiva na Categoria de Negócios na 9ª edição do The America Awards, exatamente quando a Partners 4 Growth® completa seu 3º aniversário. Este reconhecimento é mais do que uma conquista; é um símbolo de propósito, coragem e da crença de que, quando pessoas e organizações crescem juntas, o sucesso se torna sustentável. Gratos por cada líder, equipe e comunidade impactada ao longo desta jornada, e entusiasmados com o grande capítulo que está por vir.
Assista a premiação no link.
Clicar no link
https://www.youtube.com/shorts/JJyw1UjSN6Q
QUARTETO FORA DE SI - O LANÇAMENTO DE UMA SINFONIA DE BREVIDADES
No dia 19 de dezembro de 2025, uma sexta-feira que se tingia de dourado no entardecer de Niterói, a Sociedade Fluminense de Fotografia abriu suas portas para um encontro raro: palavra e imagem, silêncio e música, o mínimo e o imenso. Entre 16h e 20h, o espaço presidido pelo acadêmico Antônio Machado tornou-se palco de uma celebração que não era apenas literária, mas também humana. Ali, sob a curadoria da Parthenon Centro de Arte e Cultura e autores, quatro escritores se reuniram para lançar Quarteto Fora De Si, obra que condensa mundos em partículas narrativas, minicontos que são centelhas de vida.
Às 16 horas, os escritores já aguardavam seus admiradores, sentados à mesa iluminada por holofotes que pareciam sublinhar a importância daquele instante. À frente deles, uma fotografia monumental de Villa-Lobos lembrava que a arte, em todas as suas formas, é sempre música. E como se fosse um prolongamento dessa imagem, o ambiente se preenchia com sons escolhidos a dedo: Djavan, Chico Buarque, Adriana Calcanhoto, Jorge Vercilo e outros nomes da MPB que, como os minicontos, sabem dizer muito em poucas notas.
Os convidados chegavam um a um, trazendo consigo o calor da amizade, o respeito acadêmico, a curiosidade literária, o afeto familiar. Cada autógrafo era mais que uma assinatura: era um gesto de partilha, um pacto silencioso entre autor e leitor. E quando o relógio já se aproximava das 20h, ainda havia mãos estendidas, livros abertos, olhares atentos. A festa se prolongava, como se o tempo também tivesse decidido se perder nos interstícios da literatura.
Quarteto Fora De Si é mais que um título: é uma provocação, um convite a sair de si para habitar o outro, o instante, o silêncio. Os minicontos que compõem a obra são como fagulhas que iluminam o cotidiano. Breves, mas jamais superficiais. Eles não explicam, insinuam. Não se impõem, oferecem. O leitor é chamado a preencher os vazios, a interpretar os silêncios, a habitar os interstícios. É uma literatura que respeita a inteligência e a sensibilidade de quem lê.
Cada texto é uma fotografia literária: captura o instante, congela o gesto, revela o invisível. Como num mosaico vibrante, o livro se apresenta múltiplo, pulsante, livre. É um caldeirão de pequenas histórias que, juntas, compõem uma sinfonia de brevidades. E se a fotografia congela o olhar, o miniconto congela o pensamento e ambos eternizam o efêmero.
O Parthenon Centro de Arte e Cultura ao lançar Quarteto Fora De Si, reafirma seu compromisso com uma literatura que não se curva ao mercado, mas se ergue como expressão legítima da alma humana. Sob a presidência de Mauro Carreiro Nolasco, o Parthenon se consolida como holofote para autores que desejam mais que publicar: desejam partilhar, dialogar, provocar. Cada livro editado é tratado como obra de arte, gesto polido, ato de amor.
O lançamento na Sociedade Fluminense de Fotografia, na Rua Doutor Celestino, 115, no Centro de Niterói. Que é um espaço que, como o livro, valoriza o instante, o detalhe, o olhar foi meramente inspirador. A fotografia e a literatura se uniram para celebrar o humano em suas múltiplas expressões. O ambiente era uma metáfora viva: imagens nas paredes, palavras nos livros, música no ar. Tudo conspirava para que o evento fosse mais que um lançamento: fosse uma celebração da arte e da vida.
A Chef Valéria Gervásio foi responsável pelo coquetel, que apresentou iguarias deliciosas, regadas a vinho de safra generosa. Cada sabor era também narrativa, cada taça um brinde à palavra. O paladar se somava à visão, ao ouvido, ao tato, compondo uma experiência sensorial completa. Porque literatura também se celebra com o corpo, com os sentidos, com a presença.
Participar do lançamento de Quarteto Fora De Si foi mais que assistir a um evento: foi mergulhar em um universo de brevidades que se tornam eternas. Foi reconhecer que a literatura não precisa de longas páginas para ser profunda. Que o instante pode conter o infinito. Que quatro vozes distintas podem se unir em uma sinfonia única. Que estar fora de si é, muitas vezes, a melhor forma de estar dentro da arte. Afinal, o livro é também sobre você. Sobre todos nós que, em algum momento, já estivemos fora de si e encontramos na literatura um caminho de volta. Um caminho feito de palavras breves, mas intensas. De silêncios que falam. De gestos que revelam. Quarteto Fora De Si é uma celebração da palavra, da arte e da vida. E como toda celebração verdadeira, não termina quando o evento acaba: continua em cada leitura, em cada reflexão, em cada coração que se deixa tocar.
A força de Quarteto Fora De Si reside na pluralidade de seus criadores. São
quatro vozes distintas, quatro universos singulares que, ao se entrelaçarem,
compuseram uma constelação de sentidos. Cada autor é um quadro, uma fotografia,
uma paisagem interior. Juntos, formaram uma galeria viva de brevidades.
LEONILA MURINELLY – A PINTORA DO COTIDIANO
Leonila é a terra fértil do quarteto,
aquela que acolhe e faz germinar sentidos escondidos nas pequenas coisas.
Professora, contista e cronista, sua escrita nasce da observação minuciosa dos
gestos mínimos, dos silêncios que passam despercebidos, das sutilezas que
moldam o dia a dia. Cada palavra é pincelada suave, mas firme, que revela o
extraordinário escondido nas dobras do trivial, como se a vida fosse uma tela
em constante movimento. Seus minicontos são retratos impressionistas: capturam
a luz fugidia de um instante, ampliam o invisível e devolvem ao leitor a beleza
oculta no simples. Ler Leonila é como contemplar uma tela de Monet: o banal se
dissolve em cores, o silêncio se torna música, e o instante ganha permanência.
Sua literatura é chão, raiz, permanência, mas também horizonte aberto, capaz de
transformar o cotidiano em paisagem poética, onde cada detalhe floresce e se
eterniza no olhar de quem lê.
IRAN PITTHAN – O ESCULTOR DO PENSAMENTO
Iran é o fogo do quarteto, a energia
que incendeia ideias e transforma o pensamento em matéria palpável. Com
formação filosófica, sua palavra é enxuta, densa, precisa, como se cada frase
fosse talhada na pedra da linguagem. Cada sentença é golpe de cinzel, cada
silêncio é polimento que dá forma ao invisível. Seus minicontos suspendem o
tempo: o instante se alonga, o efêmero se torna eterno, e o leitor é convidado
a permanecer diante da obra como quem contempla uma escultura rara. São
esculturas mínimas que instigam a reflexão, provocam o desvio, e abrem caminho
para o mergulho no abismo da consciência. Ler Iran é como caminhar por um museu
de formas abstratas: cada peça é pergunta, cada vazio é resposta, cada fissura
é revelação. Sua literatura é chama que ilumina e consome, revelando a essência
oculta da existência, e deixando no leitor a marca de uma experiência estética
e filosófica que transcende o cotidiano.
MÁRCIA PESSANHA – A FOTÓGRAFA DO INVISÍVEL
Márcia é a água do quarteto, fluida e essencial, capaz de se infiltrar nas frestas da vida cotidiana e revelar o que muitos não percebem. Sua escrita transforma o banal em sublime, convertendo gestos simples em epifanias e silêncios em melodias. Nos minicontos que cria, há a precisão de um haicai urbano: breves, intensos, memoráveis, como flashes que iluminam a escuridão da rotina. Cada texto é uma fotografia em preto e branco, aparentemente despojada, mas carregada de profundidade simbólica, onde o contraste entre luz e sombra revela camadas ocultas da experiência humana. Ler Márcia é como folhear um álbum íntimo: cada cena guarda uma revelação, cada detalhe é flor que desabrocha no concreto da cidade. Sua literatura é correnteza que desliza suave, mas abre caminhos profundos, convidando o leitor a mergulhar em águas invisíveis, onde o real se encontra com o poético e o efêmero se torna eterno.
MAURO CARREIRO NOLASCO – O MAESTRO SILENCIOSO
Mauro é o ar do quarteto, presença sutil e indispensável, que circula entre os demais e dá fôlego às palavras. Editor e autor, é o elo que costura as vozes do livro com precisão e afeto, criando uma tessitura literária que se sustenta pela harmonia entre diferenças. Sua atuação editorial é marcada pela escuta atenta, pela curadoria sensível e pela visão artística que transforma cada obra em gesto político e ato de amor, revelando o poder da literatura como espaço de resistência e encontro. Como escritor, transita entre o poético e o filosófico, criando textos que provocam e acolhem, que desafiam o pensamento e, ao mesmo tempo, oferecem abrigo ao leitor. Em Quarteto Fora De Si, Mauro é maestro invisível: orquestra uma sinfonia de brevidades que ressoam fundo, conduzindo cada voz sem jamais se sobrepor a elas. Ler Mauro é como ouvir uma peça de Villa-Lobos: múltipla, intensa, capaz de unir o íntimo e o universal, o silêncio e o clamor. Sua literatura é sopro, travessia, horizonte, um convite a respirar mais fundo e a enxergar além.
QUATRO ELEMENTOS, UMA SINFONIA
Leonila é a terra que sustenta, Iran é o fogo que incendeia, Márcia é a água que flui, Mauro é o ar que conecta. Juntos, formam um quarteto elemental, uma sinfonia de brevidades que se equilibram e se completam. Cada um traz sua força singular, mas é no encontro que se revela a potência maior: a literatura como espaço de diálogo, como território de múltiplas vozes que se entrelaçam sem se anularem.
Leonila, com sua escrita enraizada no cotidiano, oferece o chão firme, a base fértil onde germinam os sentidos ocultos. Iran, com sua palavra filosófica e precisa, é a chama que ilumina e consome, abrindo clareiras no pensamento. Márcia, com sua delicadeza poética, é correnteza que desliza e revela epifanias escondidas nos gestos mínimos. Mauro, com sua escuta e sua visão editorial, é o sopro que conecta, que dá fôlego e ritmo à sinfonia.
Quarteto Fora de Si é mosaico e concerto, fotografia e escultura, pintura e música. É o encontro de formas artísticas que se traduzem em literatura breve, mas intensa, capaz de condensar mundos em poucas linhas. Cada texto é fragmento e totalidade, instante e eternidade. O livro mostra que a pluralidade não fragmenta: ela amplia, enriquece, transforma. O quarteto não é apenas soma de quatro vozes, mas criação de uma linguagem comum, feita de diferenças que se harmonizam.
Essa obra é também um gesto político e afetivo: afirma que a literatura pode ser simultaneamente íntima e coletiva, pessoal e universal. Ao reunir terra, fogo, água e ar, o quarteto constrói uma paisagem simbólica que transcende o individual e se abre para o leitor como convite à contemplação e ao mergulho. Ler Quarteto Fora De Si é participar de uma sinfonia de brevidades, onde cada nota ressoa fundo e cada silêncio é parte essencial da música. É testemunhar como a arte, quando plural, se torna infinita.
© Alberto Araújo
Focus Portal Cultural


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