A sexta-feira chega como um sopro de alívio e celebração. É o dia em que o peso da semana se transforma em promessa de descanso, em expectativa de encontros, em desejo de liberdade. Como escreveu Albert Camus, “No meio do inverno aprendi finalmente que havia em mim um verão invencível.” A sexta é esse verão invencível: a força que resiste, que floresce mesmo depois de dias árduos.
A literatura nos recorda que o fim também é começo. Octavio Paz dizia: “A poesia é a memória da humanidade.” A sexta-feira é memória e promessa: guarda em si os rastros da semana e abre espaço para o que ainda virá.
A filosofia nos provoca a refletir sobre a liberdade. Jean-Paul Sartre escreveu: “O homem está condenado a ser livre.” A sexta é o dia em que essa liberdade se manifesta: no gesto de escolher, no ato de celebrar, na coragem de viver intensamente.
O cinema também ilumina este dia. Andrei Tarkovsky dizia: “A arte é um símbolo da fé.” A sexta-feira é esse símbolo: o instante em que a rotina se transforma em espetáculo, em que o comum se revela extraordinário.
A música embala o espírito. Como
cantou Belchior, “Viver é melhor que sonhar.” A sexta nos lembra que o presente
é mais forte que qualquer expectativa, que a vida acontece agora, no instante
que se abre diante de nós.
A poesia nos atravessa. Sophia de Mello Breyner escreveu: “A poesia é o meu modo de estar só.” A sexta é também esse modo: o silêncio que antecede a festa, a introspecção que prepara o encontro, a solidão que se transforma em comunhão.
A espiritualidade nos conduz. Rabindranath Tagore dizia: “A fé é o pássaro que sente a luz e canta quando a madrugada ainda está escura.” A sexta-feira é esse canto: a antecipação da alegria, a confiança de que o amanhã trará novas possibilidades.
O universo nos envolve. Clarice Lispector escreveu: “Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania.” A sexta é essa ventania: sopra sobre nós com intensidade, lembrando que cada dia carrega múltiplas formas de ser vivido.
No fim, a sexta-feira é como descreveu Albert Camus em outro momento: “A verdadeira generosidade para com o futuro consiste em dar tudo ao presente.” A sexta é esse presente absoluto: o instante em que o tempo se abre para a celebração, para o encontro, para a vida que pulsa em sua plenitude.
Bem-vinda, sexta-feira. Que tuas horas
sejam férteis como jardins, que tuas memórias se transformem em poesia, que tua
liberdade nos ensine que até o fim da semana pode ser eternidade. Porque, como
disse Octavio Paz, “A poesia é a memória da humanidade.”
© Alberto Araújo
Focus Portal Cultural

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