O sábado chega como um respiro, um intervalo luminoso entre o peso da semana e a promessa do descanso. É o dia em que o tempo se abre em horizontes mais largos, em que o cotidiano se veste de liberdade e a vida parece ganhar outro ritmo. Como escreveu Rubem Alves, “A vida é feita de retalhos de tempo que se costuram com sonhos.” O sábado é esse retalho precioso: o instante em que o sonho se encontra com a realidade.
A literatura nos ensina que o sábado é também um espaço de contemplação. Jorge Luis Borges dizia: “Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca.” O sábado é esse paraíso possível: o dia em que podemos nos perder em páginas, em histórias, em mundos que se multiplicam dentro de nós.
A filosofia nos provoca a pensar sobre o sentido da pausa. Epicuro escreveu: “Não estrague o que você tem, desejando o que não tem.” O sábado é esse convite à gratidão: olhar para o que já conquistamos, para o que já vivemos, e perceber que a felicidade mora no presente.
O cinema também ilumina este dia. Akira Kurosawa dizia: “O cinema é uma mentira que conta a verdade.” O sábado é esse instante em que podemos nos deixar levar pela arte, pela ficção que revela o real, pela narrativa que nos devolve ao que somos.
A música embala o espírito. Como cantou Gilberto Gil, “Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar.” O sábado é esse caminhar com fé: acreditar que o descanso é também força, que a pausa é também movimento, que a vida se renova quando nos permitimos escutar sua melodia.
A poesia nos atravessa. Adélia Prado escreveu: “Não quero faca nem queijo, quero é fome.” O sábado é essa fome de viver: fome de encontros, de afetos, de beleza, de tudo aquilo que nos lembra de que estamos vivos.
A espiritualidade nos conduz. Rumi, o poeta místico, dizia: “Há uma voz que não usa palavras. Escute-a.” O sábado é esse silêncio que fala: o instante em que podemos ouvir o que está além do ruído, o que se revela apenas na calma.
O universo nos envolve. Albert Einstein escreveu: “A imaginação é mais importante que o conhecimento.” O sábado é esse espaço da imaginação: o dia em que podemos criar, sonhar, reinventar, abrir janelas para o infinito.
No fim, o sábado é como descreveu Rubem Alves em outro momento: “Ostra feliz não faz pérola.” É no desafio da semana que se formam as pérolas, mas é no sábado que podemos contemplá-las, reconhecê-las, celebrá-las.
Bem-vindo, sábado. Que tuas horas sejam férteis como jardins, que tuas pausas sejam fecundas como sementes, que tua liberdade nos ensine que até o descanso pode ser poesia. Porque, como disse Rumi, “Há uma voz que não usa palavras. Escute-a.”
© Alberto Araújo
Focus Portal Cultural

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