quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

A AJEB ESCREVE MAIS UM CAPÍTULO DE SUA HISTÓRIA © ALBERTO ARAÚJO - FOCUS PORTAL CULTURAL

Na tessitura das palavras que moldam mundos, a Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil abre, nesta quarta-feira, 17 de dezembro, um novo ciclo de sua narrativa coletiva. Às 19 horas, em um encontro virtual que transcende fronteiras geográficas, será realizada a Assembleia Geral Nacional Ordinária, momento em que vozes se entrelaçam para decidir os rumos da entidade no biênio 2025–2027.

Sob o signo da “União & Integração”, uma única chapa se apresenta não como mera formalidade, mas como símbolo de continuidade e de esperança. É o gesto de mulheres que, ao empunharem a escrita, transformam o ato de narrar em resistência, e o ato de resistir em poesia. 

A presidência nacional terá à frente Irislene Castelo Branco Morato, da AJEB-Minas Gerais, ladeada por Renata Dal-Bó, da AJEB-Santa Catarina, como 1ª vice-presidente, e por Leni Chiarello Ziliotto, da AJEB-Mato Grosso, como 2ª vice-presidente. Três nomes, três territórios, três vozes que se somam ao coro plural das ajebianas, reafirmando o caráter nacional e integrador da entidade.

A AJEB Amazonas também tem representação na chapa, com a participação das jornalistas Arthemisa Gadelha, que assume a função de 2ª diretora de Divulgação e Mídias Sociais, Erica Lima Barbosa, na Diretoria de Divulgação e Mídias Sociais, e Karla Costa, na Diretoria de Jornalismo e Assessoria de Imprensa.

Mais do que uma eleição, este é um rito de passagem: um chamado à memória das que vieram antes e à ousadia das que virão depois. A AJEB segue como guardiã da palavra feminina, que não se limita às páginas, mas ecoa como instrumento de transformação cultural e social. 

Que cada voto seja também um verso, e que cada decisão seja uma ponte para o futuro. Pois escrever, juntas, é construir e construir, unidas, é eternizar. 

No vasto território da cultura brasileira, onde múltiplas vozes se entrelaçam para formar um mosaico de identidades, há uma entidade que se ergue como guardiã da palavra e da memória: a Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB). Sua trajetória não é apenas institucional; é um testemunho vivo da potência da escrita feminina como instrumento de transformação social, política e estética. 

Fundada em um tempo em que as mulheres ainda lutavam para ocupar espaços de legitimidade na esfera pública, a AJEB nasceu como resposta à necessidade de criar um território simbólico onde o feminino pudesse se afirmar não como exceção, mas como protagonista. Desde então, tornou-se um espaço de encontro, de resistência e de criação, reunindo jornalistas e escritoras que, com suas narrativas, ampliam os horizontes da cultura nacional. 

A história da literatura brasileira é marcada por silêncios impostos às mulheres. Durante séculos, o cânone literário privilegiou vozes masculinas, relegando o feminino ao papel de musa ou personagem secundária. A AJEB, ao contrário, inscreve-se como movimento de ruptura: ela reivindica o lugar da mulher como autora, como sujeito da palavra, como criadora de mundos. 

Cada texto produzido pelas associadas é mais do que literatura ou jornalismo; é um gesto político. É a afirmação de que a palavra feminina não apenas existe, mas ressoa, transforma e funda novas realidades. Nesse sentido, a AJEB não é apenas uma associação: é um território simbólico de resistência contra o apagamento histórico das mulheres na cultura.

A AJEB atua como ponte entre tradição e contemporaneidade. Suas integrantes carregam a memória das pioneiras que abriram caminho de Nísia Floresta a Clarice Lispector e, ao mesmo tempo, projetam novas narrativas que dialogam com os desafios do presente. 

Essa potência cultural manifesta-se em múltiplas dimensões:

Na literatura: ao incentivar a produção de romances, contos, poesias e ensaios que revelam o olhar feminino sobre o Brasil.

No jornalismo: ao fortalecer práticas éticas e críticas que ampliam o debate público e dão visibilidade às questões sociais.

Na memória cultural: ao preservar e difundir a história das mulheres que escreveram e escreverão o país. 

A AJEB é, portanto, uma usina de narrativas que alimenta o imaginário coletivo e contribui para a pluralidade cultural brasileira. 

O lema da atual chapa, “União & Integração”, não é apenas uma proposta administrativa; é um projeto cultural. Num país marcado por desigualdades regionais e sociais, a AJEB reafirma a necessidade de integrar vozes de diferentes estados, sotaques e experiências. Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso, e tantos outros territórios se encontram sob o mesmo manto da palavra. 

Essa integração é também simbólica: ao unir mulheres de diferentes áreas e trajetórias, a AJEB constrói uma rede de solidariedade intelectual que transcende fronteiras. É a prova de que a cultura brasileira não é homogênea, mas múltipla, e que sua riqueza está justamente na diversidade.

A AJEB compreende que escrever não é apenas narrar; é transformar. A palavra tem o poder de denunciar injustiças, de propor novos mundos, de criar espaços de representatividade. Ao fortalecer a escrita de autoria feminina, a associação contribui para que o Brasil se reconheça em sua pluralidade e avance em direção a uma sociedade mais justa e igualitária. 

Cada livro publicado, cada artigo escrito, cada crônica compartilhada é uma semente lançada no solo fértil da cultura. Essas sementes germinam em leitores, em debates, em políticas culturais, em novas gerações de escritoras e jornalistas que encontram na AJEB um espelho e um farol. 

Se a cultura é um palco onde múltiplas vozes se apresentam, a AJEB é a cortina que se abre para revelar o espetáculo da palavra feminina. Ela não apenas organiza eleições e assembleias; ela organiza sentidos, dá forma à memória, legitima a criação.

No Brasil contemporâneo, em que a cultura enfrenta desafios de financiamento, de reconhecimento e de valorização, a AJEB reafirma sua missão: ser guardiã da palavra e promotora da diversidade. Sua potência não está apenas em números ou estatísticas, mas na capacidade de transformar vidas por meio da escrita. 

A AJEB é mais do que uma associação: é patrimônio cultural do Brasil. Sua existência garante que a palavra feminina não seja silenciada, mas celebrada. Sua potência reside na capacidade de unir mulheres em torno de um projeto comum: escrever para transformar, narrar para resistir, criar para eternizar.

No horizonte da cultura brasileira, a AJEB é estrela que ilumina caminhos. Que sua trajetória siga sendo escrita com tinta de coragem, papel de memória e caligrafia de futuro. Pois, como já se disse, escrever é também um ato de liberdade e a AJEB é, em essência, liberdade em forma de palavra.

VISITE O SITE: https://ajeb.com.br


© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural




 

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