sábado, 1 de fevereiro de 2020

BIDU SAYÃO - BACHIANA Nº 5 - CANTILENA. HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL. MEMÓRIA BRASILEIRA.


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BACHIANA Nº 5 - CANTILENA






BIDU SAYÃO - BACHIANA Nº 5 - CANTILENA


Balduína de Oliveira Sayão, mais conhecida como Bidu Sayão, nasceu em Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, Brasil, em 11 de maio de 1902 e faleceu em Rockport, Maine, EUA, em 13 de março de 1999). Bidu foi uma célebre intérprete lírica brasileira.Considerada uma das maiores estrelas da ópera de todos os tempos, foi uma das maiores intérpretes do Brasil.

Filha de Pedro Luiz de Oliveira Sayão e de Maria José da Costa Oliveira Sayão, Bidu Sayão começou estudando canto com Elena Theodorini, uma romena que então vivia no Brasil. Elena a levou para a Romênia, onde continuou seus estudos. Mais tarde, foi para Nice, na França, onde foi aluna de Jean de Reszke, um tenor polonês que a ajudou a consolidar sua técnica vocal. Bidu estreou em 1926 no Teatro Costanzi de Roma, no papel de Rosina em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini. Sua estreia no Metropolitan Opera House de Nova Iorque se deu em 1937 no papel de Manon na ópera de Massenet.






Foi parte do elenco do Metropolitan durante muitos anos. Arturo Toscanini era seu admirador, referindo-se a ela como la piccola brasiliana (traduzido do italiano, significa "a pequena brasileira"). Em fevereiro de 1938, cantou para o casal Roosevelt na Casa Branca. Roosevelt lhe ofereceu a cidadania estadunidense, mas ela recusou. De acordo com ela mesma, "no Brasil eu nasci e no Brasil morrerei". Entretanto, ela morreu de pneumonia nos Estados Unidos em 1999, antes de completar 97 anos, sem realizar um de seus desejos: rever a Baía de Guanabara.

Havia uma viagem agendada para este propósito no ano de seu centenário, mas a soprano faleceu antes disso. Ao morrer, morava na cidade de Lincolnsville, no estado americano do Maine, onde residiu grande parte de sua vida.

Além da baixa estatura, Bidu Sayão tinha uma voz que a tornava mais adequada para os papéis femininos mais delicados e graciosos. Entre os papéis nos quais ela mais se destacou, podemos mencionar Mimì em La Bohème de Puccini, Susanna em As Bodas de Fígaro de Mozart, Zerlina em Don Giovanni, Violetta em La Traviata de Verdi, Gilda em Rigoletto, Zerbinetta em Ariadne auf Naxos de Richard Strauss, e os papéis femininos principais em Romeu e Julieta de Gounod e Pelléas et Mélisande, a única ópera de Debussy.




A cantora lírica brasileira Bidu Sayão, 94, morreu ontem em função de problemas decorrentes de uma pneumonia, no Penn Bay Medical Center, no Estado de Maine (EUA). Sayão estava internada havia 34 dias e enfrentava uma série de problemas renais e respiratórios, além de uma infecção bucal.

Segundo o boletim médico, Sayão morreu às 10h30 (horário de Brasília). A cantora morava nos EUA havia mais de 50 anos. Segundo sua guardiã no país, Reisel Handy, apesar dos problemas de saúde, Sayão vinha conversando com os médicos e passava parte do tempo razoavelmente consciente.

A situação da cantora começou a piorar e a preocupar os médicos no início desta semana. Ela já não aceitava mais a alimentação e sobrevivia graças a medicamentos e soros ministrados pelos médicos. Ela passou os últimos dias sedada.

Ontem, ela teria sido submetida a uma transfusão de sangue, sem sucesso. Assim que chegou ao hospital, a artista fez um pedido expresso à sua guardiã para que seu corpo fosse cremado e as cinzas fossem jogadas na baía de Lincolnville, cidade onde ela residia.




O consulado brasileiro em Nova York afirmou que o pedido de Sayão já foi transmitido às autoridades brasileiras e que, diante disso, não haverá traslado do corpo.

Ainda não há data marcada para a cremação -o desejo inicial era que acontecesse hoje, em cerimônia reservada para amigos da brasileira. Segundo a guardiã, não havia nenhum familiar de Sayão com ela no momento da morte. Ela disse que um sobrinho da artista, que mora no Rio de Janeiro, deveria seguir para os EUA para cuidar de detalhes burocráticos.

O hospital teria tentado entrar em contato com familiares, mas sem conseguir falar com ninguém.

Sayão morava nos EUA desde o final dos anos 30. Aclamada no país, ela integrou a Orquestra Filarmônica de Nova York e o corpo do Metropolitan Opera House, nas décadas de 40 e 50, chegando a se apresentar na Casa Branca.

Ela não era casada, morava com sua guardiã. Ela não atuava mais, mas seus trabalhos continuam em alta no país. Há cerca de três anos, todas as suas obras foram lançadas remasterizadas em uma coleção clássica nos EUA.





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Fonte: Bidu Sayão - Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bidu_Say%C3%A3o





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