Diogo
Nogueira volta ao palco do Theatro Municipal de Niterói, no dia 04 de março,
quarta-feira, no projeto Clássicos do Samba, depois do sucesso que foram os
shows em 2019. Dessa vez, ele contará com as participações de Zé Katimba e
Inácio Rios, duas gerações da mesma família no samba.
Diogo
Nogueira é cantor, compositor, apresentador, portelense, bom de bola e bom de
samba. Com 11 anos de carreira, é um dos
principais nomes do cenário do samba brasileiro atual.
Artista
multimídia, estreou como ator em 2015 no musical “SamBRA”, além de apresentar o
programa “Samba na Gamboa” – hoje a maior audiência da TV Brasil, também
exibido na TV Cultura. Comandou o programa semanal de rádio, o “Batukada Boa”,
com uma roda de samba ao vivo na Rádio Transcontinental, São Paulo. Em novembro
estreou nova roda de samba, desta vez no Viaduto de Madureira no Rio de
Janeiro, o “Samba de Rua”, numa grande celebração às tradicionais rodas de
samba, num verdadeiro “laboratório do samba”. Diogo ainda encontrou tempo para
participar desta última edição do “Show dos Famosos”, no Domingão do Faustão,
da TV Globo, onde interpretou artistas díspares como Beto Barbosa, Cauby
Peixoto, Michael Bublé, Angela Ro Ro, Nelson Gonçalves, Ray Charles e seu pai
João Nogueira, ganhando o segundo lugar.
Diogo foi, ao
longo dos anos, afinando a sua pena e, sem muito alarde, emplacou quatro
sambas-enredo na sua escola, a Portela, em carnavais consecutivos, todos com
nota 10 dos jurados. Com mais de um milhão de cópias vendidas de seus CDs e
DVDs, Diogo foi indicado ao Grammy Latino por todos os seus álbuns - prêmio que
venceu por duas vezes. Sua discografia rendeu-lhe seis discos de ouro, três
DVDs de ouro, dois de platina e um de platina dupla.
Filho de um
dos maiores sambistas do país, o cantor e compositor João Nogueira, cresceu
embalado por choros, sambas e muito batuque em cantorias promovidas em casa
pelo pai com o crème de la crème da MPB e do samba. Queria ser jogador de
futebol, mas uma lesão no joelho o tirou dos campos, o que o fez mudar de
ideia, e a música popular brasileira ganhou um grande artilheiro.
Inácio Rios
Pertencente a
nova geração do samba, o cantor e compositor Inácio Rios, 35 anos, se define
como um sambista moderno que não perdeu a tradição e as raízes do samba. É
Filho do compositor Zé Katimba, autor de sucessos como “Martim Cererê”, “Do
Jeito Que O Rei Mandou”, “Tá Delícia, Tá Gostoso” e um dos fundadores da
Imperatriz Leopoldinense. Inácio acompanhava o pai desde pequeno e com ele, aos
oito anos, fez sua estreia em um CD da Sony Music que reunia os melhores sambas
de enredo da Escola.
Quatro anos
depois, Inácio foi convidado por Martinho da Vila a interpretar duas faixas no
CD “Butiquim do Martinho” em que o destaque foi a parceria com o pai na música
“Se Deus Quiser”. Ainda em 1997, com doze anos, recebeu o prêmio “Revelação da
MPB”, pela Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), como cantor e compositor.
Habituado a
desfilar com grandes sambas do pai na avenida, em 2005, completando dezenove
anos, Inácio tornou-se um dos mais jovens campeões de samba-enredo da história
do Carnaval Carioca, desfilando com seu samba na Mocidade Independente de Padre
Miguel. Inácio foi músico integrante da banda do Martinho da Vila (97/98),
Jorge Aragão (2010/2014) e Diogo Nogueira (2014/2016). Também ministrou aulas,
seminários e workshops.
Com um grande
acervo de músicas compostas por ele, e que também foram interpretadas por
outros cantores como Martinho da Vila (Penetrante Olhar) e Diogo Nogueira
(Samba Pros Poetas / Espelho da Alma / Razão pra sonhar "Jangadeiro"
/ Muito mais além / Paixão além do querer) e mais cinco canções no albúm Munduê
(Andei Lá, Dança do Tempo, No pé que está, Paixão Emoldurada e Enredos
Ideiais), Revelação (Boas novas do
Jardim “Joaninha”). Grupo Bom Gosto (Tudo nosso), entre outros. Seu segundo CD
“Agulha de Marear” traz músicas de sua autoria com parceiros e participações
especiais de Diogo Nogueira, Mart’nália e do grupo de choro Café Brasil, além
da produção do Arthur Maia (in memorian) em uma das faixas.
Zé Katimba
A primeira
lembrança que tem do samba é do tempo no Morro do Adeus, em Bonsucesso, quando
tinha 10 anos de idade. Carregava lata d’água na cabeça. Na ida até a fonte,
junto com outros meninos, se divertia batucando na lata. Ali na Zona da
Leopoldina, em 1959, foi um dos fundadores do Grêmio Recreativo Escola de Samba
Imperatriz Leopoldinense. No início, era puxador de corda. Passou a ser
compositor que mais ganhou sambas de enredo na escola, até hoje.
Aos 17 anos,
fez uma música em homenagem ao velho João Inácio – cordelista, peão de obra e
seu pai: “Conviveu com madrugada/como qualquer um de nós/Hoje, está
desafinada/sem ninguém, abandonada/sem ilusões, sem amores/A viola, que foi
bonita, que o braço só era fita, como qualquer um de nós”. Pura poesia, pura
emoção.
Na época da
ditadura militar, seu talento, junto com
Martinho da Vila – seu principal parceiro -, prestou grande contribuição
à música de protesto contra as restrições democráticas. E aí escreveu: “Vamos
levantar a bandeira da fé/vamos nos unir que dá jeito/e mostrar que nós temos
direito/ pelo menos, à composição/para lutar pelos nossos direitos/temos que
organizar um mutirão”. A música ficou censurada por uns 10 anos, até que Luiz
Carlos da Vila gravou.
Com mais de
800 composições gravadas, figuram como seus parceiros, Martinho da Vila seu parceiro
mais constante há mais de 40 anos, João Nogueira, João Donato, Jorge Aragão,
Alceu Maia, Roque Ferreira, Preto Jóia, Toninho Geraes, Paulinho Rezende,
Carlos Colla, Agepê e muitos outros.
Entre os
maiores sucessos estão Martin Cererê (Zé Katimba e Gibi), O teu cabelo não nega
– Só dá Lala (Zé Katimba/Gibi/Serjão), Do jeito que o rei mandou (Zé Katimba e
João Nogueira), Tá delícia, tá gostoso (ZéKatimba/Alceu Maia), Minha e tua (Zé
Katimba/Martinho da Vila/Alceu Maia), Recriando a criação (Zé Katimba/Martinho
da Vila), entre outros.
As músicas de
Katimba ganharam voz com: Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Emílio Santiago,
Elimar Santos, Demônios da Garoa, João Nogueira, Agepê, Simone, Julio Iglesias,
Alcione, Leci Brandão, Elza Soares, Jorge Aragão, além lógico, dele próprio.
Na década de
70, virou personagem da novela Bandeira Dois, escrita por Dias Gomes para a
Rede Globo, num Katimba interpretado por ninguém menos que Grande Otelo. Seu
samba Martin Cererê, tema da trama, gravado pela Som Livre, vendeu 700 mil
cópias.
Katimba
continua em plena atividade poética.
SERVIÇO
Diogo
Nogueira - Projeto Clássicos do Samba
Data: 04 de
março
Horário: 19
horas
Duração: 90
min
Classificação
etária: Livre
Ingresso: R$
30,00
Local:
Theatro Municipal de Niterói
Endereço: Rua
XV de Novembro, 35, Centro, Niterói, RJ, Brasil
Tel:
(21) 2620-1624
APOIO NA DIVULGAÇÃO
FONTE
Assessora de Imprensa do TMN
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