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ORQUESTRA
SINFÔNICA BRASILEIRA COMPLETA 80 ANOS E INICIA TEMPORADA.
A ORQUESTRA
SINFÔNICA BRASILEIRA, uma das mais tradicionais do país, comemora, em 2020, 80
anos de existência. Para celebrar a longevidade, a música brasileira e os
artistas nacionais serão homenageados nesta temporada. O concerto que abre a
temporada será domingo dia 16 de fevereiro de 2020, no Theatro Municipal do Rio
de Janeiro, às 17h.
Concerto no
Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 23 de julho de 2011. Beethoven - Sinfonia n° 5 em dó menor, Op. 67
- IV. Allegro
O repertório
clássico, obviamente, não vai ficar de fora. Afinal, também se comemora, em
2020, 250 anos de nascimento de Beethoven.
Sob a
regência do maestro Neil Thomson, a OSB interpretará obras de célebres
compositores nacionais. A noite de abertura terá início com a Abertura da ópera
“O Guarani”, de Carlos Gomes. Na sequência, “Bachianas nº 9”, de Heitor
Villa-Lobos. “Brasiliana”, de Claudio Santoro é a primeira obra a ser
apresentada depois do intervalo, enquanto a “Sinfonia”, de Alberto Nepomuceno,
fecha o programa.
Publicidade
Orquestra
Sinfônica Brasileira – Série Mundo. Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Praça
Floriano, s/n, Cinelândia. Domingo, 16 de fevereiro de 2020, 17h. De R$ 20,00 a
R$ 100,00.
UM POUCO
SOBRE OSB
A Orquestra
Sinfônica Brasileira é uma das mais importantes orquestras brasileiras e tem 78
anos de existência. Sua sede situa-se na Avenida Rio Branco, no centro do Rio
de Janeiro.
A criação da
OSB foi iniciativa de três professores da Escola Nacional de Música - Djalma
Soares, Antão Soares e Antônio Leopardi. Empolgados com a apresentação da Orquestra
NBC em turnê pelo Brasil, sob regência de Arturo Toscanini, procuraram o
maestro José Siqueira para que tomasse a iniciativa. Com o apoio de
personalidades empresariais e políticas, e contando com divulgação especial no
jornal O Globo, surgiu como Sociedade Anônima em 1940. O concerto inaugural foi
em 11 de julho de 1940, data escolhida em homenagem ao compositor Carlos Gomes.
Como primeiro diretor artístico foi indicado o regente húngaro exilado no
Brasil - Eugen Szenkar.
Em 1943 a
Orquestra ganhou um patrono de peso: Arnaldo Guinle. Ele assumiu a proeminência
administrativa da Sociedade, como membro do seu Conselho. Doou os dois andares
do prédio da Av. Rio Branco, onde até hoje é a sede da orquestra, no centro do
Rio de Janeiro. E mandou comprar nos Estados Unidos o instrumental que a
orquestra necessitava. Pela amizade com o presidente Getúlio Vargas, Guinle
conseguiu que a Orquestra, que era uma sociedade privada, recebesse verbas
públicas do governo federal. Nesta temporada, pela primeira vez a orquestra
publicou uma lista de músicos efetivos. Anteriormente os músicos trabalhavam em
contratos por períodos muito curtos. Entre os músicos desta lista,[3] alguns
dos que adquiriram mais notoriedade: Hans Joachin Koellreutter (flauta), José
Gagliardi (trombone), Elza Guarnieri (harpa), Jorge Faini, Oscar Borgeth e
Claudio Santoro (violinos), e Iberê Gomes Grosso, Newton Pádua e Aldo Parisot
(violoncelos).
Em 1944 a OSB
promoveu um concurso de composição, no qual foram premiadas as seguintes obras:
1° prêmio - o
poema sinfônico Felipe Dantas de Helza Cameu
2° prêmio -
Impressões de uma usina de aço de Claudio Santoro
3° prêmio -
Muiraquitãs de José Siqueira
Em 1948 as
disputas da Guerra Fria influenciaram os rumos da Orquestra. Guinle se indispôs
com José Siqueira, que era comunista, e conseguiu afastá-lo da direção da
sociedade com apoio da "ala direita" da sociedade.[4] A presidência
da sociedade foi assumida pelo militar da marinha, Adalberto de Lara Resende. O
maestro Szenkar também se indispôs com a direção da orquestra, por ser
contrário à prática de trazes regentes convidados do exterior. Ele foi afastado
da direção artística da orquestra.
SEGUNDA
METADE DO SÉCULO XX
Entre 1949 e
1951 a direção artística esteve provisoriamente a cargo de Lamberto Baldi, que
se dividia entre Montevidéu, Buenos Aires e o Rio de Janeiro. Seu trabalho na
OSB era dividido com Eleazar de Carvalho, que vinha se afirmando como um grande
regente, após voltar de um período como aluno de Serge Koussevitzky em
Tanglewood. Ambos os regentes deram mais importância à música moderna, enquanto
Szenkar tinha privilegiado o repertório romântico. A partir de 1952 Eleazar de
Carvalho assumiu a direção artística da OSB, permanecendo até 1968.
Em 1952, o
Conselho da OSB recebeu como membro outro político de peso: Euvaldo Lodi. Com
seu apoio, Eleazar de Carvalho conseguiu trazer uma leva de músicos europeus de
altíssimo nível para reforçar os naipes mais deficitários da orquestra. Entre
os que vieram estavam Noel Devos (fagote) e Odette Ernest Dias (flauta), que se
instalaram definitivamente no país e desenvolveram atividade importantíssima
para o meio musical brasileiro.
Em 1956 a OSB
fez sua primeira gravação em disco, sob patrocínio do Itamaraty, para
distribuição em embaixadas brasileiras. Entre as obras gravadas estava a
Sinfonia n° 3 de Camargo Guarnieri, cuja primeira audição mundial tinha sido
dada pela OSB.
Vivendo novas
situações de crise financeira, a OSB sofreu interferência federal em 1957. O
ministro da educação - Clóvis Salgado, indicou como interventor Mozart de
Araújo, que nomeou uma comissão para fazer a direção artística da OSB: Eleazar
de Carvalho, Francisco Mignone e o escritor Guilherme Figueiredo, que passou a
redigir os programas de concerto.
Na década de
1970, a OSB alcança projeção com a criação do Projeto Aquarius, que aproximava
a música clássica das camadas mais populares, em concertos na Quinta da Boa
Vista, entre outros lugares. Também nessa década Isaac Karabtchevsky assume a
direção artística da OSB, onde ficou por 26 anos.
Os três
tenores, José Carreras, Plácido Domingo e Luciano Pavarotti apresentaram-se com
a OSB na década de 1990. Isaac Karabtchevsky deixa suas funções de diretor
artístico e Roberto Tibiriçá assume a direção artística em 1995 até 1998. Em
outubro de 1998, Yeruham Scharovsky é nomeado Diretor Artístico e Maestro
Titular da OSB, implementando vários projetos como a Orquestra Jovem da OSB,
Master Classes, Escola da OSB e NTB.
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