O Theatro Municipal de Niterói recebe no domingo,
16 de fevereiro DE 2020, às 17 horas, Carnaval
Barroco com a Orquestra Sinfônica da UFRJ. A
Orquestra iniciará a sua temporada de concertos com uma viagem ao Carnaval do
período Barroco, percorrendo o repertório que era ouvido nas cidades de Paris e
Veneza. Regência de Felipe Prazeres.
O Carnaval é hoje uma festa de abrangência praticamente, universal. Sua
origem é difícil de precisar, mas provavelmente está associado a festas pagãs
dos povos do hemisfério Norte. A partir da era cristã passou a ser delimitado
pelo fim do Natal e o início da Quaresma, quando se inicia então um longo
período de jejum. É exatamente na limitação do consumo da carne, que marca o
fim do período de festas e o início da penitência que antecede a Semana Santa,
que parece se originar o nome, que seria uma derivação do termo latino “Carnis
Levale”, que significa exatamente, “retirar a carne”. Nos séculos XVII e XVIII,
ou seja, durante o período Barroco, as festas do Carnaval, que transcorriam
entre os meses de dezembro e fevereiro, compreendiam eventos variados, desde
reuniões populares ao ar livre até a apresentação de bailes de máscaras, óperas
e balés em palácios e teatros.
Ao iniciar sua temporada de concertos de 2020 a Orquestra Sinfônica da
UFRJ faz uma viagem ao Carnaval do período Barroco, percorrendo o repertório
que era ouvido nas cidades de Paris e Veneza. Durante o reinado de Luiz
XIV, o chamado Rei Sol, o balé era um dos entretenimentos mais populares. O
compositor Jean Baptiste Lully compôs Le Carnaval em 1668, dando à obra
o subtítulo de “Mascarade Royale”, que foi dançada pelo próprio rei em 18 de
janeiro daquele ano no Louvre.
Para as festas de 1699, o compositor André
Campra compôs Le Carnaval de Venise, ouvido em 20 de janeiro na Académie
Royale de Musique. No mesmo local outro compositor francês, André Cardinal
Destouches, apresentou sua comédie-ballet Le Carnaval et la Folie no ano
de 1703. Se a dança era a marca do carnaval barroco francês, em Veneza, na
Itália, a ópera era, junto com os bailes de máscaras, um dos espetáculos mais
concorridos. Diversos compositores, inclusive não italianos, estrearam óperas
na cidade como entretenimento para o Carnaval, dentre eles aquele que melhor
representa o barroco veneziano, que é Antonio Vivaldi. No manuscrito de sua
ópera L’incoronazione di Dario, o compositor informa sua motivação ao
compor: “Dramma per musica da rappresentarsi nel Teatro di S. Angelo per opera
terza nel carnevale dell’anno 1716”.
Para o mesmo teatro Vivaldi comporia ainda
a ópera L’Olimpiade, estreada durante o carnaval de 1734. Veneza,
por conta de sua intensa vida musical, atraiu muitos compositores, dentre eles
os alemães Georg Friedrich Händel e Johann Adolph Adam. O primeiro estreou como
compositor de óperas com Agrippina, escrita para as festas do carnaval
de 1709. Posteriormente, Händel se estabeleceria em Londres, cidade para a qual
criou a série de Concertos Grossos op.3, que se diferencia da forma
tradicional italiana pela inclusão dos instrumentos de sopro no grupo de
solistas, com destaque para o oboé. Por fim será apresentada a sinfonia da
ópera Artaserse de Hasse, escrita para o carnaval de 1730 em Veneza.
Assim, ao abrir sua temporada de 2020, a Sinfônica da UFRJ, sob a direção de
Felipe Prazeres e configurada em formação de câmara, apresenta uma proposta
diferenciada para o Carnaval, convidando o público a se deleitar com o ritmo, o
colorido, o brilho e a energia da música barroca.
ORQUESTRA SINFÔNICA DA UFRJ
Fundada em 1924, como Orquestra do Instituto
Nacional de Música, é a mais antiga do Rio de Janeiro. Ao longo de sua
trajetória de mais de 90 anos de atividades ininterruptas, atuaram como
regentes alguns dos principais nomes da música brasileira, como Francisco
Braga, Lorenzo Fernandez, Francisco Mignone, José Siqueira, Armando Belardi,
Eleazar de Carvalho, Santigo Guerra, Mário Tavares e Henrique Morelenbaum. A
partir de 1979 teve como titulares Raphael Baptista e Roberto Duarte. Desde
1998 tem como diretores artísticos e regentes titulares os maestros André
Cardoso e Ernani Aguiar. É formada por músicos profissionais do quadro de
técnicos da UFRJ e alunos dos cursos de graduação e pós-graduação da Escola de
Música. Além de suas funções acadêmicas para a formação de novos
instrumentistas, cantores, regentes e compositores, a orquestra se dedica à
preservação da memória da música brasileira e ao repertório contemporâneo, já
tendo realizado mais de uma centena de estreias de novas obras. Em 11 discos
gravados, registrou a produção de grandes compositores nacionais. O CD com a
gravação da primeira integral da ópera Colombo, de Carlos Gomes
recebeu o prêmio de Melhor CD pela Associação Paulista dos Críticos de Arte e o
Prêmio Sharp. Realiza uma temporada anual de cerca de doze programas e uma
ópera no Salão Leopoldo Miguez, assim como no Theatro Municipal, Cidade das
Artes, Sala Cecília Meireles, Teatro Municipal de Niterói, Teatro D. Pedro de
Petrópolis e Teatro Trianon de Campos, recebendo como convidados solistas e
regentes brasileiros e estrangeiros.
FELIPE PRAZERES
Iniciou seus estudos de violino aos onze anos.
Graduou-se na UNIRIO, sob a orientação de Paulo Bosisio. Fez aperfeiçoamento na
renomada Academia de Santa Cecilia, em Roma, na classe de Domenico Nordio.
Atualmente, cursa o Mestrado Profissional da Escola de Música da UFRJ. Obteve o
primeiro lugar no Concurso Nacional de Cordas de Juiz de Fora, em 1997 e no
Concurso Nacional de Música IBEU, em 1999. Atuou como solista com algumas das
principais orquestras do Brasil, como a Petrobras Sinfônica, Sinfônica
Brasileira, sinfônicas de Porto Alegra, Bahia e Espírito Santo e Sinfônica da
UFRJ. Colaborou com renomados maestros, como Isaac Karabtchevsky, Armando
Prazeres, Carlos Prazeres, Roberto Tibiriçá, André Cardoso, Silvio Barbato,
Ernani Aguiar, dentre outros. Participou de máster-classes com Augustin Dumay,
Camila Wicks, Pierre Amoyal, Domenico Nordio, Boris Belkin e Ole Bohn. Participa
ativamente da vida musical brasileira como solista, camerista e regente. Desde
2001, atua como spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica, onde exerce também a
função de regente da Academia Juvenil. Foi ainda maestro assistente de Isaac
Karabtchevsky. Como regente atua frequentemente com a Sinfônica da UFRJ,
Petrobras Sinfônica, Sinfônica da Bahia e dirigiu concerto com a World Youth
Symphony na Itália. É um dos fundadores e o diretor artístico da orquestra
Johann Sebastian Rio e um dos spallas da Sinfônica da UFRJ.
CRÉDITOS
Orquestra Sinfônica da UFRJ
Direção artística: André Cardoso
e Ernani Aguiar
Violinos
Ana Catto
André Bukowitz
Andréia Carizzi (spalla)
Angélica Alves
Felipe Prazeres (spalla)
Her Agapito
Inah Pena
Kelly Davis
Marco Catto (spalla)
Marília Aguiar
Mauro Rufino
Ricardo Coimbra
Talita Vieira
Violas
Cecília Mendes
Francisco Pestana
Ivan Zandonade
Rúbia Siqueira
Thaís Mendes
Violoncelos
Eleonora Fortunato
Gretel Paganini
João Bustamante
Marzia Miglietta
Marzia Miglietta
Mateus Ceccato
Paulo Santoro
Ricardo Santoro
Contrabaixos
Rodrigo Favaro
Tarcísio Silva
Voila Marques
Oboés
Juliana Bravim
Leandro Finotti
Pierre Descaves
Clarinetas
Gabriel Peter
Igor Carvalho
Márcio Costa
Thiago Tavares
Fagotes
Mauro Ávila
Paulo Andrade
Trompas
Gilieder Veríssimo
Mateus Lisboa
Sérgio Motta
Tiago Carneiro
Trombone
Everson Moraes
Tímpanos e Percussão
Pedro Moita
Tiago Calderano
Cravo
Eduardo Antonello
Equipe Técnica:
Direção de produção
Vanessa Rocha
Monitor de Regência
Felipe Damico
Monitora Prática de
Orquestra
Anne Karolyne Lima
SERVIÇO
Carnaval Barroco com
a Orquestra Sinfônica da UFRJ.
Datas: 16 de fevereiro de 2020
(domingo)
Horário: 17 horas
Duração: 80 min
Classificação etária: LIvre
Ingresso: R$ 20,00
Local: Theatro Municipal de
Niterói
Endereço: Rua XV de Novembro, 35,
Centro, Niterói
Tel: 2620-1624
APOIO NA DIVULGAÇÃO
FONTE
Assessora de Imprensa do TMN
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