Na essência da Amazônia, onde a floresta se estendia como um mar verdejante, vivia uma mulher de beleza e força extraordinárias. Seu nome era Ayana, a Guardiã da Floresta, e sua missão era proteger a terra e seus habitantes.
Ayana era uma com a floresta, seus sentidos aguçados como os de um animal, sua pele bronzeada como a casca das árvores e seus cabelos longos e negros como a noite. Ela conhecia cada canto da floresta, cada segredo que a terra guardava, cada criatura que nela habitava.
Um dia, Ayana sentiu uma perturbação no ar, um eco de tristeza que ecoava através das copas das árvores. Ela seguiu o som, seus pés descalços tocando levemente o solo úmido, até chegar a uma clareira onde um grupo de animais estava reunido.
Os animais estavam em pânico, seus olhos cheios de medo. Ayana se aproximou, sua voz suave e calma como o sussurro do vento. Ela perguntou o que estava acontecendo, e os animais começaram a contar sua história.
Um grupo de caçadores havia invadido a floresta, matando indiscriminadamente animais e destruindo o habitat natural. Os animais estavam aterrorizados, não sabendo o que fazer para se proteger.
Ayana ouviu com atenção, seus olhos cheios de compaixão. Ela sabia que precisava agir, proteger os animais e a floresta que amava.
Ela se transformou em uma águia gigante, seus braços se transformando em asas poderosas, seus pés em garras afiadas. Ela voou alto, seus olhos varrendo a floresta em busca dos caçadores.
Quando os encontrou, ela mergulhou, suas garras afiadas cortando o ar como facas. Os caçadores gritaram de terror, mas Ayana não teve piedade. Ela os expulsou da floresta, deixando-os feridos e humilhados.
Os animais, aliviados, agradeceram a Ayana por sua coragem e proteção. Ayana sorriu, seus olhos brilhando com a luz do sol. Ela sabia que seu trabalho estava feito, que a floresta e seus habitantes estavam seguros.
Ayana voltou para sua casa, uma
caverna escondida nas profundezas da floresta. Ela se deitou em sua cama de
folhas, seus olhos fechados, seu coração em paz. Ela sabia que, enquanto ela
estivesse viva, a floresta e seus animais estariam protegidos.
© Alberto Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário