domingo, 23 de março de 2025

O CANTO DA MULHER-AMAZÔNIA - HOMENAGEM A MÁRCIA PESSANHA POR ALBERTO ARAÚJO


Para compor o retrato pictórico do convite de aniversário de Márcia Pessanha, que por si só avulta a celebração, fiz uma imersão em sua alma de Mulher Amazônia. Mergulhei nas profundezas da natureza exuberante e selvagem, buscando destacar a voz da floresta, que se manifesta através de Márcia.

 

Na imagem, Márcia, radiante, sorri com a sabedoria de quem conhece os segredos da mata. Vestida com trajes indígenas, adornada com um cocar que parece tocar o céu, ela se torna parte da paisagem, uma simbiose perfeita entre o humano e o natural. O cocar, símbolo de sua conexão ancestral e espiritual, emoldura seu rosto iluminado.

 

A floresta amazônica, com sua miríade de tons verdes e terrosos, a envolve como um manto protetor. Animais selvagens, como leões majestosos, araras coloridas e onças pintadas, a observam com respeito, reconhecendo sua presença como parte integrante daquele ecossistema vibrante. Seus olhos, como sentinelas da mata, brilham com a força da natureza. A água, elemento vital da Amazônia, se faz presente na forma de uma cachoeira que despenca com força, alimentando um tapete de vitórias-régias, as flores aquáticas que simbolizam a grandiosidade e a resiliência da região. O rugido da cachoeira ecoa pela floresta úmida, misturando-se ao coro estridente dos pássaros e ao bramido gutural dos animais, compondo uma sinfonia selvagem e hipnotizante que pulsa no coração da Amazônia. O aroma terroso da mata se mistura à brisa úmida, criando uma atmosfera que transporta para o âmago da floresta.

 

A arte, mais do que um retrato, é uma narrativa visual que coloca Márcia Pessanha como uma guardiã da Amazônia, uma defensora da natureza e da cultura indígena. É um convite para contemplar a beleza e a força da floresta, para se conectar com a alma selvagem que habita em cada um de nós.

 

A imagem de Márcia, sorrindo em meio à exuberância da Amazônia, ecoa como um grito de esperança, um lembrete de que a natureza e o ser humano podem coexistir em harmonia, em um equilíbrio perfeito entre o selvagem e o civilizado.

 

Alberto Araújo

Niterói-RJ-12/03/25


 

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