Para compor o retrato
pictórico do convite de aniversário de Márcia Pessanha, que por si só avulta a
celebração, fiz uma imersão em sua alma de Mulher Amazônia. Mergulhei nas
profundezas da natureza exuberante e selvagem, buscando destacar a voz da
floresta, que se manifesta através de Márcia.
Na imagem, Márcia,
radiante, sorri com a sabedoria de quem conhece os segredos da mata. Vestida
com trajes indígenas, adornada com um cocar que parece tocar o céu, ela se
torna parte da paisagem, uma simbiose perfeita entre o humano e o natural. O
cocar, símbolo de sua conexão ancestral e espiritual, emoldura seu rosto
iluminado.
A floresta amazônica,
com sua miríade de tons verdes e terrosos, a envolve como um manto protetor.
Animais selvagens, como leões majestosos, araras coloridas e onças pintadas, a
observam com respeito, reconhecendo sua presença como parte integrante daquele
ecossistema vibrante. Seus olhos, como sentinelas da mata, brilham com a força da
natureza. A água, elemento vital da Amazônia, se faz presente na forma de uma
cachoeira que despenca com força, alimentando um tapete de vitórias-régias, as
flores aquáticas que simbolizam a grandiosidade e a resiliência da região. O
rugido da cachoeira ecoa pela floresta úmida, misturando-se ao coro estridente
dos pássaros e ao bramido gutural dos animais, compondo uma sinfonia selvagem e
hipnotizante que pulsa no coração da Amazônia. O aroma terroso da mata se
mistura à brisa úmida, criando uma atmosfera que transporta para o âmago da
floresta.
A arte, mais do que
um retrato, é uma narrativa visual que coloca Márcia Pessanha como uma guardiã
da Amazônia, uma defensora da natureza e da cultura indígena. É um convite para
contemplar a beleza e a força da floresta, para se conectar com a alma selvagem
que habita em cada um de nós.
A imagem de Márcia,
sorrindo em meio à exuberância da Amazônia, ecoa como um grito de esperança, um
lembrete de que a natureza e o ser humano podem coexistir em harmonia, em um equilíbrio
perfeito entre o selvagem e o civilizado.
Alberto Araújo
Niterói-RJ-12/03/25
Nenhum comentário:
Postar um comentário