As páginas flamejam, asas de papel,
Borboletas-letras, voo sutil.
Alfabeto em metamorfose-mel,
Crisálida da palavra, o que se diz?
O livro aberto, jardim de fantasia,
Onde o inseto-poeta se embriaga.
Néctar de rimas, doce melodia,
No voo errante, a alma se alaga.
Borboletrando, o verbo se faz asa,
E a gramática, teia de cristal.
Onde a borboleta-ideia se abrasa,
Em cores vivas, num festim astral.
O livro-inseto, enigma decifrado,
Revela o código, a chave do saber.
Borboletrando, o mundo é desvendado,
Em cada página, um novo florescer.
E no silêncio, o sussurro do voo,
A borboleta-livro, a alma a bailar.
Borboletrando, o sonho se renova,
Em cada verso, um novo despertar.
Alberto Araújo
12 de março de 2025.
Homenagem ao livro Borboletrando de
Márcia Pessanha.
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