quarta-feira, 12 de março de 2025

POESIA BORBOLETRANDO: SINFONIA DO INSETO-LIVRO



As páginas flamejam, asas de papel,

Borboletas-letras, voo sutil.

Alfabeto em metamorfose-mel,

Crisálida da palavra, o que se diz?

O livro aberto, jardim de fantasia,

Onde o inseto-poeta se embriaga.

Néctar de rimas, doce melodia,

No voo errante, a alma se alaga.

Borboletrando, o verbo se faz asa,

E a gramática, teia de cristal.

Onde a borboleta-ideia se abrasa,

Em cores vivas, num festim astral.

O livro-inseto, enigma decifrado,

Revela o código, a chave do saber.

Borboletrando, o mundo é desvendado,

Em cada página, um novo florescer.

E no silêncio, o sussurro do voo,

A borboleta-livro, a alma a bailar.

Borboletrando, o sonho se renova,

Em cada verso, um novo despertar.

 

Alberto Araújo

12 de março de 2025.

Homenagem ao livro Borboletrando de Márcia Pessanha.


 

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