ENCONTRO DE INTELECTUAIS NA FLIN 2025 - A FORÇA DA PALAVRA E DA MEMÓRIA FLUMINENSE

No dia 17 de outubro de 2025, a Festa Literária Internacional de Niterói (FLIN) foi palco de um encontro memorável entre intelectuais, escritores e acadêmicos que representam o vigor da produção literária e cultural do Estado do Rio de Janeiro. No stand da Academia Fluminense de Letras (AFL), presidida pela escritora e pesquisadora Márcia Pessanha, e do Cenáculo Fluminense de História e Letras, sob a liderança da professora e intelectual Matilde Carone Slaibi Conti, reuniu-se um grupo de nomes que simbolizam a continuidade e a renovação da tradição literária brasileira. 

Na foto compartilhada por Márcia Pessanha a nosso pedido, que registra o momento, estão presentes: Márcia Pessanha, presidente da AFL; Jordão Pablo de Pão, diretor da Niterói Livros; os membros da Academia Brasileira de Letras (ABL), Ricardo Cavaliere e Antônio Carlos Secchin; o professor da Universidade Federal Fluminense, Leonardo Kaltner; e Idalina Gonçalves Andrade, representante do histórico Gabinete Real Português de Leitura, instituição que guarda um dos maiores acervos da língua portuguesa no mundo. 

Esse encontro, mais do que uma reunião protocolar, simbolizou a convergência de diferentes gerações e tradições intelectuais, reafirmando o papel de Niterói como um dos centros irradiadores da cultura fluminense e nacional. 

A ACADEMIA FLUMINENSE DE LETRAS: GUARDIÃ DA TRADIÇÃO LITERÁRIA 

Fundada em 1917, a Academia Fluminense de Letras é uma das mais antigas instituições literárias do estado. Sua missão sempre foi a de preservar a memória dos escritores fluminenses, estimular a produção literária e promover o diálogo entre a tradição e a contemporaneidade. Sob a presidência de Márcia Pessanha, a AFL tem ampliado sua atuação, aproximando-se da comunidade, incentivando jovens escritores e fortalecendo a presença da literatura em espaços públicos e educacionais. 

A AFL não se limita a ser um espaço de consagração, mas também de debate e reflexão. Seus membros, oriundos de diferentes áreas do saber, contribuem para a construção de uma visão plural da cultura, em que a literatura dialoga com a história, a filosofia, a sociologia e as artes. 

O CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS: MEMÓRIA E IDENTIDADE 

O Cenáculo Fluminense de História e Letras, presidido por Matilde Carone Slaibi Conti, tem como vocação a valorização da memória histórica e literária do estado. Sua atuação é marcada pela pesquisa, pela preservação documental e pela difusão de estudos que resgatam a identidade cultural fluminense.

Ao lado da AFL, o Cenáculo cumpre um papel complementar: enquanto a Academia se volta mais diretamente para a literatura e a crítica, o Cenáculo amplia o olhar para a história, a memória e a identidade regional, estabelecendo pontes entre o passado e o presente. 

A FLIN: FESTA DA PALAVRA E DA COMUNIDADE 

A Festa Literária Internacional de Niterói (FLIN) consolidou-se como um dos mais importantes eventos culturais do calendário fluminense. Mais do que uma feira de livros, a FLIN é um espaço de encontro, de trocas e de celebração da palavra. Escritores, professores, estudantes, leitores e curiosos se reúnem para debater ideias, conhecer novos autores e revisitar clássicos. 

Para a comunidade, a FLIN representa um momento de democratização da cultura. Ao ocupar praças, ruas e espaços públicos, o evento rompe barreiras e aproxima a literatura da vida cotidiana. É um convite para que todos, independentemente de sua formação ou condição social, possam se reconhecer como parte de uma tradição cultural viva.

O encontro registrado em 17 de outubro de 2025, no estande da AFL e do Cenáculo, é emblemático porque reúne instituições centenárias e intelectuais de diferentes gerações em torno de um mesmo propósito: afirmar a relevância da literatura e da memória cultural em tempos de transformações aceleradas. 

A presença de nomes ligados à Academia Brasileira de Letras, como Ricardo Cavaliere e Antônio Carlos Secchin, reforça a dimensão nacional do evento, enquanto a participação de Leonardo Kaltner, da UFF, e de Idalina Andrade Gonçalves, do Gabinete Real Português de Leitura, amplia o diálogo para o campo acadêmico e internacional. 

Assim, a fotografia não é apenas um registro de presenças ilustres, mas um testemunho da vitalidade da cultura fluminense e de sua capacidade de dialogar com o Brasil e com o mundo.

A FLIN 2025 reafirma que a literatura não é apenas um patrimônio do passado, mas uma força viva que continua a moldar identidades, inspirar gerações e fortalecer laços comunitários. A Academia Fluminense de Letras e o Cenáculo Fluminense de História e Letras, ao lado de instituições irmãs e de intelectuais de diferentes áreas, mostram que a palavra escrita permanece como um dos mais poderosos instrumentos de transformação social e de preservação da memória coletiva. 

O encontro de 17 de outubro, portanto, não se limita a um evento cultural: é um marco simbólico da resistência e da celebração da cultura, um gesto de afirmação da literatura como bem comum e como herança que deve ser constantemente renovada. 

© Alberto Araújo