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Inspirado por Fernando Pessoa e pela brisa de Icaraí, este poema é um convite à presença, à escuta. Que sua alma seja vasta como o mar de Icaraí.
QUARTA DE ALMA GRANDE
Hoje é quarta-feira, e o dia se ergue com uma serenidade que não se explica. Em Icaraí, o céu parece suspenso entre o azul e o silêncio, como se o tempo tivesse decidido desacelerar só para que pudéssemos sentir. A brisa do mar sopra com delicadeza, e há uma luz que não apenas ilumina, mas revela.
No meio da semana, a vida nos convida a olhar para dentro. Não estamos no início, tampouco no fim. Estamos no entre, esse território fértil onde a alma pode crescer, se permitir, se reinventar. E é nesse entre que ecoa a voz de Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena.”
Essa frase não é apenas um verso. É uma bússola. Um lembrete de que o valor das coisas não está no que elas nos dão, mas no que somos capazes de sentir diante delas. Uma manhã comum pode ser extraordinária se a alma estiver desperta. Um gesto simples pode ser imenso se feito com verdade.
Hoje, deixo que essa ideia me conduza. Que cada passo seja consciente. Que cada palavra tenha peso e leveza. Que cada silêncio seja espaço para escuta. Porque viver com alma grande é transformar o cotidiano em poesia, é fazer da quarta-feira um lugar de encontro consigo mesmo.
Que você, nesta quarta, encontre beleza no que não se vê, coragem no que ainda não se sabe e paz no que não se prende. Que sua alma seja vasta, como o mar de Icaraí, e que tudo, absolutamente tudo, valha a pena.
@ Alberto Araújo
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