domingo, 26 de outubro de 2025

EFEMÉRIDES DO FOCUS PORTAL CULTURAL – 26 DE OUTUBRO CELEBRAMOS OS 131 ANOS DO NASCIMENTO DE MURILLO ARAUJO

No dia 26 de outubro de 1894, na cidade mineira de Serro, nasceu Murillo Araujo, poeta e prosador que se tornaria uma figura seminal do Modernismo brasileiro. Muito antes da consagrada Semana de Arte Moderna de 1922, Murillo já desbravava caminhos inovadores na literatura nacional com a publicação de Carrilhões, em 1917, obra que o posiciona como um dos precursores do movimento. 

Sua produção poética é vasta e marcada por lirismo, introspecção e experimentação. Entre os títulos que compõem sua trajetória destacam-se A galera (1915), Árias de muito longe (1921), A cidade de ouro (1927), A iluminação da vida (1927), A estrela azul (1940), traduzida para o espanhol por Gaston Figueira e publicada em Nova York, As sete cores do céu (1941), A escadaria acesa (1941), O palhacinho quebrado, A luz perdida (1952) e O candelabro eterno (1955). 

Na prosa, Murillo também deixou sua marca com obras como A arte do poeta (1944), Ontem, ao luar (1951), biografia de Catulo da Paixão Cearense, Aconteceu em nossa terra e Quadrantes do Modernismo Brasileiro (1958), consolidando sua contribuição à crítica e à memória cultural do país. 

Murillo Araujo faleceu no Rio de Janeiro em 1º de agosto de 1980, mas sua obra permanece viva como testemunho de uma mente inquieta e visionária que ajudou a moldar os contornos da literatura moderna brasileira. 

© Alberto Araújo 

MURILLO ARAÚJO — BIOGRAFIA LÍRICA 

Nas montanhas de Serro, em Minas Gerais, nasceu um menino em 26 de outubro de 1894, com o coração afinado aos sinos da poesia. Chamaram-no Murillo Araújo, e desde cedo, o mundo parecia um palco onde as palavras dançavam ao som de carrilhões invisíveis. 

Antes que o Modernismo ganhasse nome e palco, Murillo já soprava ventos novos na literatura brasileira. Em 1917, publicou Carrilhões, obra inaugural que soou como um prelúdio à revolução estética que viria cinco anos depois. Era como se ele escutasse o futuro em notas líricas, antecipando o compasso da Semana de Arte Moderna. 

Sua pena era feita de luz e memória. Escreveu A galera, Árias de muito longe, A cidade de ouro, A iluminação da vida, e A estrela azul, que cruzou fronteiras e foi traduzida por Gaston Figueira, ecoando em espanhol pelas ruas de Nova York. Cada título, uma constelação. Cada verso, uma escada acesa rumo ao infinito. 

Murillo não se limitou à poesia. Em prosa, revelou o íntimo dos artistas e da terra: A arte do poeta, Ontem, ao luar, biografia de Catulo da Paixão Cearense Aconteceu em nossa terra, e Quadrantes do Modernismo Brasileiro. Seus livros são como janelas abertas para o tempo, onde o passado respira e o presente se ilumina. 

Faleceu no Rio de Janeiro em 1º de agosto de 1980, mas sua voz ainda ressoa como um candelabro eterno, aceso nas páginas da literatura brasileira. Murillo Araújo foi mais que um poeta, foi um alquimista da linguagem, um precursor do sonho moderno, um artesão da alma nacional. 

E assim, entre sete cores do céu e luzes perdidas, Murillo permanece: lírico, eterno, brasileiro. 

© Alberto Araújo 





 

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