Entre os dias 23 e 26 de outubro de 2025, a cidade de João Pessoa, capital da Paraíba, tornou-se o coração pulsante da literatura brasileira. Foi nesse cenário de efervescência cultural que se realizou o Congresso Nacional das Academias Estaduais de Letras – Edição 2025, promovido pela Academia Paraibana de Letras (APL) em parceria com o Fórum das Academias de Letras do Brasil (FALEBR). O evento reuniu representantes das academias estaduais de letras de todo o país, além da ilustre presença da Academia Brasileira de Letras (ABL), em um encontro que celebrou a diversidade literária nacional e reafirmou o papel das academias na formação cultural do povo brasileiro.
Entre os nomes de destaque que abrilhantaram o congresso, a presença da acadêmica Márcia Pessanha, Governadora do Distrito 8 do Elos Internacional, presidente da Academia Fluminense de Letras e da Federação das Academias de Letras do Estado do Rio de Janeiro, teve papel de protagonismo. Representando com distinção a cidade de Niterói e o estado do Rio de Janeiro, Pessanha foi convidada oficialmente para ser a voz unificada das academias fluminenses, levando ao centro do debate nacional a produção intelectual, a história e a identidade literária do estado.
Sua participação foi marcada por uma atuação institucional e simbólica, reforçando o protagonismo do Rio de Janeiro no cenário literário brasileiro. Em cada atividade, sua presença foi sinônimo de articulação, diplomacia cultural e compromisso com a valorização da literatura como instrumento de memória, identidade e transformação social.
Com o tema central “A importância das academias de letras na formação cultural de sua gente”, o congresso teve uma programação intensa e plural, que combinou debates acadêmicos, homenagens, lançamentos de livros, exposições artísticas e apresentações culturais em locais emblemáticos da capital paraibana.
A abertura oficial, realizada no majestoso Centro Cultural São Francisco, contou com a apresentação musical de Adriana Cabral, a recepção conduzida por Joaquim Falcão (representando a ABL), a saudação do presidente da APL, Ramalho Leite, e a entrega do título de Sócio Honorário ao governador da Paraíba, João Azêvedo. O evento foi prestigiado por autoridades, escritores, acadêmicos e representantes de diversas instituições culturais do país.
Na sexta-feira, 24 de outubro, foi instalada oficialmente a estrutura do FALEBR, consolidando o fórum como espaço permanente de articulação entre as academias estaduais. Em seguida, renomados intelectuais como Mary Del Priore, Hildeberto Barbosa, Ângela Bezerra e Maria das Graças Santiago conduziram debates sobre os grandes nomes da literatura paraibana, destacando a riqueza e a singularidade da produção literária do estado.
O sábado, 25 de outubro, foi marcado por uma programação especialmente simbólica. Pela manhã, os congressistas participaram de um passeio pela sede da Academia Paraibana de Letras, localizada no centro histórico de João Pessoa, onde foi prestada uma emocionante homenagem a três gigantes da cultura paraibana: Augusto dos Anjos, Ariano Suassuna e Celso Furtado.
O vídeo da homenagem, produzido pelo presidente da Academia de Letras da Bahia, Aleilton Fonseca, emocionou os presentes ao resgatar a trajetória desses ícones da intelectualidade brasileira.
Ainda no sábado, o professor Milton Marques Júnior proferiu uma palestra sobre a obra de Augusto dos Anjos, seguida por uma caminhada literária pelas ruas históricas da cidade. O dia culminou com a elaboração da “Carta da Paraíba”, documento que sintetiza os compromissos e propostas das academias para o fortalecimento da cultura nacional.
O encerramento foi um espetáculo à parte: um recital poético-musical ao pôr do sol na Praia do Jacaré, embalado pelo som do saxofonista que interpretou o clássico “Bolero de Ravel” enquanto Márcia Pessanha concedia entrevista a uma rádio e TV local, selando com lirismo e beleza a jornada literária.
Durante os quatro dias de congresso, Márcia Pessanha participou ativamente de todas as atividades, sendo calorosamente recebida por colegas de diversas regiões do país. Na Praia do Jacaré, foi recepcionada por personagens emblemáticos da cultura nordestina, Lampião e Maria Bonita, em uma performance que uniu história, folclore e hospitalidade. Na Praça Epitácio Pessoa, símbolo da memória republicana paraibana, Pessanha dialogou com representantes das letras locais, reforçando os laços entre as academias.
Na sede da APL, diante do painel dos Patronos, esteve ao lado do presidente da Academia Maranhense de Letras, Lourival Serejo, em um momento de reverência à tradição literária. Na Igreja Nossa Senhora das Neves, marco fundacional da cidade de João Pessoa, compartilhou reflexões com os presidentes das academias do Rio Grande do Sul (Airton Ortiz), de Alagoas (Rostand Paraíso), de Mato Grosso do Sul e com o presidente do FALEBR, Henrique Medeiros.
As sessões da APL foram marcadas por intensos debates, apresentações de atividades acadêmicas e trocas de experiências entre os representantes das academias. As exposições de arte, fotografia e documentos históricos, abertas ao público durante todo o evento, ofereceram uma imersão na riqueza cultural da Paraíba. Destaque para as charges literárias do cartunista Régis Soares, que retratou com humor e reverência os imortais das letras brasileiras.
O
Congresso Nacional das Academias Estaduais de Letras – João Pessoa 2025 foi
mais do que um evento literário: foi um marco na reafirmação do papel das
academias como guardiãs da memória, promotoras da criação literária e agentes
de transformação cultural. Com patrocínio do Governo da Paraíba e da Caixa
Econômica Federal, e apoio de diversas instituições públicas e privadas, o
congresso demonstrou que a literatura continua sendo uma força viva, capaz de
unir gerações, territórios e vozes em torno de um projeto comum de país.
A participação de Márcia Pessanha, com sua trajetória marcada pelo compromisso com a cultura, a educação e a valorização da palavra, foi um dos pontos altos do encontro. Sua atuação como representante do estado do Rio de Janeiro e das academias fluminenses reafirmou a importância da presença feminina e da liderança intelectual no fortalecimento das instituições literárias.
Ao final do congresso, ficou a certeza de que a literatura brasileira segue viva, plural e pulsante e que encontros como este são fundamentais para manter acesa a chama da criação, da memória e da identidade nacional. João Pessoa, com sua história, sua beleza e sua hospitalidade, foi o palco ideal para esse reencontro das letras com o Brasil profundo.
Editorial
© Alberto
Araújo
Focus
Portal Cultural
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