O anúncio foi feito pelo prefeito de Niterói, Axel Grael, em 27 de dezembro de 2021. E a ordem de início das reformas assinada em 28 de dezembro.
A
obra de recuperação da ilha passa a ficar sob-responsabilidade do município
durante 20 anos. O espaço administrativo estava era função dos escoteiros.
Tombada como patrimônio natural e histórico, a Ilha da Boa Viagem, que por
centenas de anos foi um centro de peregrinações dos navegantes, fica a 500
metros do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Vinculada ao continente por uma
extensa ponte de cimento, no século XVII, começou a ser construída a Capela de
Nossa Senhora da Boa Viagem.
A Ilha de Boa Viagem, marco natural e histórico de Niterói, está situada na
costa leste da Baía da Guanabara, ligando-se ao continente por uma ponte de concreto. O acesso à ilha se dá por um portão que conduz à escadaria de granito, com 127 degraus que leva os visitantes a chegar ao conjunto das edificações históricas.
Fazem
parte da área, a Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem e as ruínas de um forte
que fazia parte do sistema defensivo da Baía de Guanabara. Apesar de algumas
controvérsias quanto à data de sua construção, os registros históricos apontam
para o ano de 1702, quando o então capitão-governador Luís César de Menezes
tomou a iniciativa de estabelecer uma posição fortificada na Boa Viagem.
SAIBA
MAIS SOBRE A ILHA DA BOA VIAGEM
Localizada
no interior da baía de Guanabara, na cidade de Niterói, estado do Rio de
Janeiro, no Brasil. Encontra-se descrita em diversos relatos e retratada em
pranchas dos séculos XVIII e XIX como um local paradisíaco, para o que
contribuíram as suas características naturais, com grutas e vegetação
submersas, tornando-a em um incomparável pesqueiro.
História
O
local foi batizado de Ilha da Boa Viagem porque os navegadores que chegavam ou saíam
da Baía de Guanabara se ajoelhavam no convés das embarcações para agradecer a
boa viagem que teriam tido ou para pedir a bênção para uma nova viagem fora da
Baía. Eram comandantes e marinheiros que ajudavam a manter o local, e os
donativos eram dados de acordo com a distância da viagem.
É
ocupada pela Capela de Nossa Senhora da Boa Viagem, sobranceira às águas da
Guanabara, erguida no século XVIII, no ponto mais elevado da ilha, pelo
Provedor da Fazenda Real, Diogo Carvalho da Fontoura, fruto de uma promessa, em
agradecimento por uma graça recebida. O dia da padroeira era festejado na
capela votiva com celebração de missa e romaria tanto por marinheiros quanto
por viajantes.
A
ilha abrigou ainda uma bateria artilhada, para complemento da defesa da entrada
da barra: a Bateria de Nossa Senhora da Boa Viagem. Duramente castigada pelo
fogo da Esquadra durante a Revolta da Armada (1893). Ali funcionou, entre 1840
e 1846 a Escola de Aprendizes Marinheiros. No início do século XX, a capela
passou a ser cuidada pela Sociedade Protetora dos Homens do Mar, que exerceu
essas funções até 1937, quando esta a devolveu para a União.
Em
1937, foi entregue pela Marinha através de acordo firmado com a Federação dos
Escoteiros do Mar, sob os cuidados do Almirante Benjamin Sodré, o "Velho
Lobo", para ser um Campo Escola Nacional dos Escoteiros do Mar. A ilha é
ligada ao continente por uma ponte, construída na década de 1970.
Após vários anos de abandono e falta de manutenção por parte dos escoteiros, a Prefeitura Municipal de Niterói, com anuência do Ministério público do Estado do Rio de Janeiro, assumiu o controle da Ilha e abriu processo de licitação para obras e completa manutenção e preservação do patrimônio.
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