Ah, o Amor! Não é um soneto aprisionado em rimas, nem um mero verso que se desfaz ao vento. Ele é a prosa que a vida escreve, com tinta invisível e páginas infinitas. É o murmúrio suave da brisa que acaricia a face, o calor do sol que nos aquece a alma nos dias mais frios.
É a compreensão silenciosa entre dois olhares, a certeza de um porto seguro quando a tempestade ameaça. O Amor não grita; ele sussurra em cada amanhecer compartilhado, em cada riso que ecoa entre as paredes do lar. Ele é a paciência que ampara, a força que se renova, a fé inabalável que resiste ao tempo e às intempéries.
Ele se manifesta no gesto mais simples: na mão estendida, no abraço que conforta, no café preparado em silêncio. É a aceitação plena do outro, com suas luzes e suas sombras, com seus risos e suas dores. O Amor não exige perfeição; ele celebra a imperfeição, transformando falhas em singulares belezas.
É o alicerce invisível que sustenta os dias, a melodia que embala os sonhos e a esperança que nunca morre. É o legado mais precioso que podemos deixar, a única verdade que resiste a todas as ilusões. Sim, o Amor é a prosa da vida, fluida e contínua, uma narrativa sem fim que se reescreve a cada batida do coração.
10 de junho
@Alberto Araújo
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