O
amor não se prende em versos que rimam,
Ele
flutua como a névoa da manhã sobre o campo,
Imprevisível,
mas sempre presente.
É
o calor da mão estendida
Quando
o frio da dúvida aperta,
O
silêncio que conforta mais que mil palavras.
Ele
mora na imperfeição,
Nas
rugas do tempo que marcam um rosto amado,
No
riso rouco que quebra o cotidiano.
É
a paciência que espera o florescer,
A
gentileza que acende uma pequena luz
No
escuro de um dia comum.
Não
é um grito, nem uma promessa vazia,
Mas
a quietude de um olhar que compreende tudo
Sem
dizer nada.
É
o reconhecimento de si no outro,
A
entrega sem reservas,
A
coragem de ser vulnerável.
O
amor é a respiração calma no peito,
O
chão firme sob os pés incertos,
A
melodia suave que só a alma escuta.
Ele
simplesmente é,
Sem
amarras, sem pressa,
Infinito
em sua própria e livre existência.
©
Alberto Araújo
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