quinta-feira, 12 de junho de 2025

10 - A ESSÊNCIA FLUTUANTE DO AMOR


O amor não se prende em versos que rimam,

Ele flutua como a névoa da manhã sobre o campo,

Imprevisível, mas sempre presente.

 

É o calor da mão estendida

Quando o frio da dúvida aperta,

O silêncio que conforta mais que mil palavras.

 

Ele mora na imperfeição,

Nas rugas do tempo que marcam um rosto amado,

No riso rouco que quebra o cotidiano.

 

É a paciência que espera o florescer,

A gentileza que acende uma pequena luz

No escuro de um dia comum.

 

Não é um grito, nem uma promessa vazia,

Mas a quietude de um olhar que compreende tudo

Sem dizer nada.

 

É o reconhecimento de si no outro,

A entrega sem reservas,

A coragem de ser vulnerável.

 

O amor é a respiração calma no peito,

O chão firme sob os pés incertos,

A melodia suave que só a alma escuta.

 

Ele simplesmente é,

Sem amarras, sem pressa,

Infinito em sua própria e livre existência.

 

© Alberto Araújo 



 

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