quinta-feira, 19 de junho de 2025

CORPUS CHRISTI – A PRESENÇA VIVA DO AMOR - TEXTO-REFLEXÃO DE ALBERTO ARAÚJO

 

Atendemos ao chamado suave do hino que se derramava como orvalho sobre a manhã:

“Venham, venham todos para a ceia do Senhor.

Casa iluminada, mesa preparada com paz e amor.

Porta sempre aberta, Pai amigo aguardando, acolhedor.

Vem do alto, por Maria, este pão que vai nos dar.

Pão dos anjos, quem diria, nos fará ressuscitar...”

E lá estávamos nós — eu e minha esposa Shirley — com o coração transbordando de fé, caminhando em direção ao altar da vida, onde Cristo nos esperava com Sua presença real.

Fomos com os passos da fé, com o coração vestido de amor, com a alma limpa de intenções e cheia de esperança. 

O céu estava em festa, de um azul profundo e brilhante.

E lá do alto, o Cristo Redentor, como sentinela do amor, abençoava a cidade com seus braços largos como o próprio perdão.

Era como se o céu dissesse: Hoje, o próprio Deus caminha entre vocês.

A Missa das 8h foi celebrada com profunda emoção pelo querido Padre Carmine Pascale, Vigário Geral da Arquidiocese e cidadão niteroiense de coração.

Na Paróquia São Judas Tadeu, o altar tremia de luz.

O pão e o vinho, nas mãos do sacerdote, tornavam-se presença viva.

E ali, diante do mistério, o silêncio se ajoelhava. 

Padre Carmine, com sua voz que é ponte entre o céu e a terra, nos lembrou:

É Jesus. Vivo. Real. Presente. Amando-nos até o fim.

Corpus Christi não é apenas rito — é lembrança ardente, é chama que aquece o mundo frio. 

A homilia do nosso pastor foi íntegra, uma brisa da verdade:

“Multipliquemos o bem. Sejamos canais de amor.

Não deixemos que o mal vença a esperança.

Cristo nos chama a ser luz que não se apaga.” 

É tempo de recordar que não há maior amor do que este:

O de um Deus que se fez pão,

que se deu inteiro,

que nos sustenta na travessia da vida.

E ali, entre palavras e silêncios, nos tornamos irmãos de todos os que partilhavam a mesma mesa, o mesmo pão, o mesmo amor.

Após a Missa, os reencontros:

Sorrisos e abraços verdadeiros com os irmãos da caminhada — Gláucia e Antônio, a dedicada coordenadora de pastoral Vera Lúcia, Marne e Lícia Lucas, Uiara e José Arteiro, a adorável Jacira e a doce Nicinha.

Todos com os rostos iluminados por esse sol interior que só brilha quando o coração se encontra com Deus.

A alegria de estarmos juntos na fé é um dom precioso. 

A celebração prossegue na Av. Amaral Peixoto com a confecção dos tradicionais tapetes de sal — expressão de arte, fé e esperança.

A Missa às 16h será presidida por Dom Geraldo de Paula como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Niterói, num encontro que une céu e terra. Que este dia não passe apenas como tradição.

Que toque fundo.

Que desperte.

Que renove em nós o compromisso de não esquecer o amor de Jesus,

de sermos luz no mundo,

de vivermos como verdadeiros discípulos da esperança. 

Porque Corpus Christi é isso:

É Cristo que caminha ao nosso lado.

É o pão partido que nos faz irmãos.

É a certeza de que a presença de Deus permanece viva, transformadora e eterna. 

Que não esqueçamos jamais o amor de Cristo.

Que sejamos a alegria do mundo.

Que sejamos a paz onde houver conflito.

Que sejamos o bem que insiste, persiste, resiste. 

Porque quando o Corpo de Cristo passa,

o tempo se curva,

a fé floresce,

e o mundo, por um instante, volta a ser jardim.

 

© Alberto Araújo

19 de junho de 2025

 


 


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