O Centro Cultural Português de Santos sob a presidência de José Duarte de Almeida Alves, em 04 de dezembro de 2021 reuniu toda a comunidade Lusófona da Baixada Santista para celebração dos 126 anos da instituição. Na oportunidade estiveram presentes Elistas do DE1, Elos Clube da Praia Grande, Elos Clube de São Vicente e Elos Clube de Santos.
Elistas que estava
presentes na importante data comemorativa: Sidney Cardoso da França, presidente
Elos Internacional e esposa Selma; Esdras de Oliveira e Silva, Governador DE1 e
suposto Rejane; Noemia Serra, presidente Elos Santos e esposo Antonio; Mário
Marques, Regina Firmino, Luiz Ferreira e esposa; Abel Paulo e esposa Neuracy,
entre outros.
UM POUCO SOBRE O
CENTRO PORTUGUÊS DE SANTOS
Único em estilo
neomanuelino existente no Estado de São Paulo e um dos poucos do Brasil, o
prédio iniciou a sua construção em 1895 e foi inaugurado em 1900, ainda
incompleto, após dois anos de obras o projeto de dois engenheiros lusitanos
terminou no ano seguinte.
Em 1945, o Real
Centro Português passou a ser chamado de Centro Português e, em 2008, com a
fusão da Social União Portuguesa, recebeu o nome de Centro Cultural Português.
O prédio centenário
funciona como sede administrativa e cultural, enquanto a outra unidade abriga
as atividades sociais. Rua Amador Bueno nº 188, Centro Histórico. Telefone para
informações: 55-13-3219-3079
A construção
Construído graças a
doações, leilões, tômbolas e quermesses, o imóvel conta com motivos próprios do
estilo neomanuelino: janelas e portas em arcos redondos, com cordas, estrelas,
cruzes de Cristo, escudos reais e esferas arnilares entre colunas em forma de
troncos esguios, com espiral nas pontas.
HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO
CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS DE SANTOS
Esta entidade, que
tanto exalta a cultura portuguesa e que há mais de cem anos confraterniza
brasileiros e lusitanos, passou a ter a denominação de Centro Português de
Santos, a partir da assembleia geral de seus associados, realizada a 3 de junho
de 1945. Até então era o tradicional Real Centro Português, o grande elo da
colônia portuguesa, em Santos, fundado a 1º de dezembro de 1895, em reunião que
lotara o Teatro Guarani, com a finalidade precípua de congregar todos os
portugueses, proporcionando-lhes atividades literárias, científicas,
recreativas, educacionais e sociais.
Foi seu primeiro
presidente o Dr. Manuel Homem de Bittencourt. A primeira sede social do Real
Centro Português foi na Praça da República nº 11 e sua primeira atividade foi a
criação da Escola João de Deus, objetivando dar aos portugueses humildes a
oportunidade de instrução. Essa escola mantinha o curso primário, com aulas
gratuitas, à noite. Posteriormente, esse estabelecimento escolar passou a
proporcionar curso de francês, aulas de esgrima, de tiro ao alvo, de dança, de
música e de arte dramática - que veio a gerar o Corpo Cênico do Centro
Português, criado a 2 de maio de 1899 e que manteve atividades, com destacada
atuação, por mais de cinquenta anos.
A 12 de abril de
1908 o Real Centro Português, correspondendo à relevância do seu movimento
teatral, inaugurou o seu Salão-Teatro, que permaneceu em atividade até 1951,
quando passou por grande reforma, sendo reinaugurado a 13 de outubro de 1956,
com modernas poltronas, finíssima decoração, como Teatro do Centro Português e
uma das mais modernas casas teatrais de Santos, com a denominação de Teatro
Júlio Dantas.
Em seu ato inaugural
apresentou a Orquestra Sinfônica de Santos, sob a regência do maestro Moacyr M.
Serra. A 4 de dezembro de 1979, em razão de crise financeira da entidade, o
teatro foi alugado à Empresa Cinematográfica Haway Ltda. e Empresa de Cinemas
de Santos, as quais o mantiveram sob locação por mais de 15 anos, com ambiente
em decadência pela apresentação de filmes pornográficos - o que motivou a
retomada do teatro, através de ação judicial, ocorrida a 27 de janeiro de 1995.
Os Lusíadas, de Luiz
Vaz de Camões, com dedicatória a Dom Pedro II pelo editor Emílio Biel.
Tipografia Giesecke e Devrient, Leipzing, 1880, guardado em caixa de metal com
as insígnias do Real Centro.
Desejando acompanhar
o impulso sociocultural da sociedade santista, no final do século XIX, o quadro
associativo do Real Centro Português passou a querer ter sua sede própria e com
esse propósito adquiriu o terreno de esquina da Rua Amador Bueno com a Rua
Martim Afonso.
O edifício-sede foi
projetado pelos engenheiros portugueses Ernesto Maia e João Esteves Ribeiro da
Silva, em estilo manuelino, e para início das obras foi constituída uma
comissão especial integrada por António Domingues Pinto, Dr. Manuel Homem
Bittencourt, António Marques Bento de Sousa e Viriato Correa da Costa.
A construção foi
iniciada a 15 de maio de 1898 e a 8 de outubro de 1900 foi inaugurada, ainda
incompleta, sendo terminada em 1901. A sede, um palacete majestoso, com muita
pompa e riqueza, foi construída com recursos financeiros levantados através de
leilões, tômbolas e quermesses promovidas em praça pública, especialmente nos
jardins da Praça dos Andradas. Mas, em verdade, a sede só se tornou realidade
com a grande colaboração dos beneméritos António Domingues Pinto e António dos
Santos Coelho Germano.
Esse edifício, ainda
hoje, ostenta grande destaque arquitetônico em seu estilo neomanuelino, sendo
um dos mais belos da Baixada Santista. É mobiliado e decorado com
extraordinário requinte e riqueza, em todas as suas dependências, com realce de
seu Salão Cerejeira e de seu Salão Camoniano, ornamentados com magníficas obras
de arte.
A biblioteca do
centro Português, com cerca de 2.500 volumes, é de excepcional valor por suas
obras de Literatura, de História, de Cultura, de Artes, de Educação, de
Comércio, de Administração e Jurisprudência, possuindo algumas relíquias de
grande valor da literatura luso-brasileira.
Prevendo a
necessidade de expansão de suas atividades recreativas e culturais, em 1926 foi
feita a aquisição do terreno nº 190 da Rua Amador Bueno, ao lado do
palacete-sede. Essa área foi ocupada, durante muitos anos, como um
Jardim-Grill, complementando suas grandes festas, inclusive de Carnaval, e suas
apresentações teatrais.
Em 1984 foi iniciada
nesse local a construção de um amplo salão, com cerca de 800 m², com palco,
cozinha, bar, sanitários e residência do zelador, que foi inaugurado a 19 de
janeiro de 1985, com a denominação de Salão Alberto Ferreira dos Santos - num
pleito de reconhecimento aos relevantes serviços prestados por esse atuante
cidadão português, não só à entidade, à colônia luso-brasileira, como também à
comunidade santista.
Em 1961, sensível à
realidade da grande motivação da colônia portuguesa, tentando resgatar a música
e a dança do folclore lusitano, o Centro Português formou o primeiro rancho
folclórico do Estado de São Paulo.
A 2 de dezembro de
1961 deu-se a primeira apresentação desse conjunto. Em 1962, em razão de
desentendimento entre a diretoria do centro Português e os responsáveis pelo
Rancho, a maioria de seus componentes se desvinculou da entidade, formando um
novo grupo folclórico sob a denominação de Tricanas de Coimbra.
Atendendo aos
anseios do quadro associativo, a diretoria do Centro Português organizou um
novo conjunto folclórico, e o fez sob a coordenação geral do sr. Luís de
Figueiredo - profundo conhecedor do folclore português. Quatro meses após, em
dezembro de 1962, o Rancho Folclórico do Centro Português voltava a se
apresentar, com grande sucesso.
Em 1963 foi formado
o Rancho Mirim, sob a direção de Cleide de Abreu, o qual passou a ser um
magnífico celeiro de novos talentos. Em 1966, em pleno apogeu, o rancho passou
a chamar-se Verde Gaio, nome de um pássaro muito popular em Portugal.
O Rancho Verde Gaio,
marcando sucessivos sucessos, teve sua coroação ao apresentar-se nas plagas
portuguesas em 1986. O rancho é constituído por 13 dançadeiras, 12 dançadores,
1 cantadeira, 1 cantador, 3 porta-bandeiras e uma tocada, com 7 músicos.
O Centro Português
revela outros detalhes sobre sua história, em sua páginas na Internet. Sobre a
sede em estilo manuelino, conta: "Às 2 horas da tarde do dia 2 de maio de
1899, em comemoração do 399º aniversário da descoberta do Brasil, realizou-se
uma cerimônia para colocação da última telha, que contou com a presença maciça
dos associados, dando grande brilhantismo ao fato.
Outras construções
do mesmo estilo: Real Gabinete Português de Leitura (1880-1887) e o Liceu
Literário Português, no Rio de Janeiro; Gabinete Português de Leitura, em
Salvador (Bahia, 1915-1918), e a mansão Henry Gibson, no Recife (Pernambuco,
1847).
"O edifício foi
decorado com motivos próprios do estilo evocado: janelas e portas em arcos
redondos, com cordas, estrelas, cruzes de Cristo, escudos reais, esferas
anilares entre colunas em forma de troncos esguios, com espiral nas pontas.
Apenas outros dois edifícios mantêm essas características no Brasil: Gabinete
Português de Leitura, de Recife, Pernambuco, e o Real Gabinete Português de
Leitura do Rio de Janeiro".
DIRETORIA - BIÊNIO
2020 / 2021
José Duarte de
Almeida Alves
Presidente
Alberto Barduco
Vice-Presidente
Júlio Nunes Cardoso
Filho
1º Secretário
Arlindo dos Santos
Roque
2º Secretário
Alberto de Pinho
1º Tesoureiro
Antonio de Oliveira
Lopes
2º Tesoureiro
Vasco de Frias
Monteiro
1º Diretor Social
Eduardo Alves
2º Diretor Social
Albano Correia
Duarte Serra
1º Diretor de
Patrimônio
José Tavares
Barreiros
2º Diretor de
Patrimônio
Antonio Ramos
Augusto
1º Diretor de Sede
Horácio Domingues
Ferreira
2º Diretor de Sede
Márcio Possani
Marques
1º Diretor de
Imprensa e Divulgação
Fernando Ferreira
Teixeira
2º Diretor de
Imprensa e Divulgação
José Octávio de
Souza
1º Diretor Cultural
José Augusto do
Rosário
2º Diretor Cultural
Antônio Joaquim
Ferreira Leal
1º Diretor
Recreativo e de Esportes
Alberto Quintas da
Costa
2º Diretor
Recreativo e de Esportes
Custódio Tavares
Barreiros
1º Diretor Jurídico
Odair Gonzalez
2º Diretor Jurídico
Maria de Fátima
Pereira Alves
Presidente do
GAP-CCC
Vitor de Souza
Assessor da
Presidência
Adelino das Neves
Cunha
Diretor de Apoio
Augusto Dias
Diretor de Apoio
Eduardo Carvalho
Ladeira
Diretor de Apoio
Gary Gomes
Diretor de Apoio
Luiz Manuel Teixeira
Veloso
Diretor de Apoio
Valter Fountoura
Fernandes
Diretor de Apoio
Wallacy Rodrigues de
Andrade
Diretor de Apoio
Vasco de Frias
Monteiro
Diretor do Rancho
Folclórico Verde Gaio
Wallacy Rodrigues de
Andrade
Ensaiador do Rancho
Folclórico Verde Gaio
MESA DIRETORA DO
CONSELHO DELIBERATIVO PARA O BIÊNIO 2020 / 2021
Alberto Tavares
Barreiros
Presidente
Paulo Sérgio
Veríssimo Mendes
Vice-Presidente
Antonio Joaquim
Ferreira Leal
1º Secretário
José Augusto do
Rosário
2º Secretário
COMISSÃO FISCAL PARA
O BIÊNIO 2020 / 2021
EFETIVOS SUPLENTES
Rogério Manica
Afonso Vaz Osmar Gaspar Gonzalez
Artur dos Santos
Azevedo Martins Custódio de Pinho
Adalberto Vieira
Freire († 22/06/2021)
COMISSÃO DE
INQUÉRITO E SINDICÂNCIA PARA O BIÊNIO 2020 / 2021
EFETIVOS SUPLENTES
Silvio Ramos Valter Fontoura Fernandes
Luciano Duarte dos
Santos Maria Manuela Simões de Pinho
COMISSÃO DE ESTATUTO
PARA O BIÊNIO 2020 / 2021
EFETIVOS SUPLENTES
Osvaldo Guimarães
Monforte Hélio Agostinho
Alexandre Ramos
Antunes Alberto Barduco
Em sua Poliantéia
Santista (Editora Caudex Ltda., São Vicente/SP, 1996), Fernando Martins Lichti
incluiu este artigo sobre a história do Centro Português de Santos, com dados
extraídos da revista Centro Português de Santos e seu Centenário, de autoria de
Maria de Fátima Pereira Alves, Maria Luiz Quaresma, Maria dos Anjos R. Gomes,
Maria da Conceição Sousa Teixeira, Zilda Ventura de Almeida, Fernanda Pires
Gomes e Émerson Franco Rocha da Silva:
FONTE:
https://www.centroculturalportugues.com.br/historia_centro01.php
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