MATILDE EM SUPREMA PRONÚNCIA FIDALGA É UM NOME DE CONDESSA

Companheira governadora Matilde Conti, primeiro, as nossas considerações e em segundo o nosso acatamento pela sua suprema auréola. Matilde é nome de Dona Teresa de Portugal uma personalidade importante no mundo cultural lusitano.

TERESA DE PORTUGAL também conhecida como Matilde nasceu em Coimbra, no ano de 1151 e faleceu em Veurne, em 6 de maio de 1218 foi uma infanta portuguesa, que, em virtude dos seus dois casamentos, se tornou Condessa da Flandres e Duquesa da Borgonha.

Foi a quarta filha do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques e de Dona Mafalda de Sabóia. Foi-lhe atribuído o senhorio de Ourém. Anteriormente, conhecida como Vila Nova de Ourém, é um conselho do distrito de Santarém em Portugal. A principal atração histórica do conselho é o poderoso Castelo de Ourém.

Influente desde cedo, ajudando o pai e o irmão no governo após o desastre de Badajoz (1169), foi a primeira princesa portuguesa a casar no Aquém-pireneus. Mais tarde, combinaria o grande patrimônio e riqueza que herdou do primeiro esposo com a sua grande influência na corte francesa por forma a granjear-lhe bastantes vantagens, como o apoio da França na questão das heranças depois da morte daquele. Permitiu-lhe ainda trabalhar, com sagacidade, na projeção europeia dos seus sobrinhos, sobretudo Fernando e Berengária, que casariam respectivamente, na Flandres e na Dinamarca.

Dona Teresa se casou com Filipe da Alsácia, Conde da Flandres, cerca de 1183, tornando-se assim Condessa consorte da Flandres. No centro da Europa, talvez por ser difícil a pronúncia do seu nome pelas gentes locais, acabou por ficar conhecida como Matilde (nas línguas locais Matilda ou Mahaut).

O casamento celebrou-se após a morte da primeira esposa de Filipe, Isabel de Vermandois a qual não lhe havia dado filhos, e ficou a dever-se, sobretudo à necessidade de Filipe gerar um herdeiro para que o seu condado não caísse nas mãos do rei de França.

Dona Teresa levou consigo um grande dote, que ajudou Filipe a prosseguir a guerra por mais alguns anos, antes de fazer a paz com a França em 1186. Viveu numa das cortes mais requintadas da época, na qual Filipe patrocinou, por exemplo, Chrétien de Troyes, autor de um célebre ciclo de histórias arturianas e ainda o introdutor na literatura da temática do Graal. Apesar de tudo, deste casamento também não nasceram herdeiros, pelo que o condado passou para as mãos da irmã de Filipe, Margarida I.

Após a morte de Filipe, em Agosto de 1191, D. Teresa viria a casar com o duque Odo III da Borgonha em 1193, mas desse casamento também não nasceram herdeiros, pelo que acabou o duque da Borgonha se casando com Alice de Vergy.

 

ALBERTO ARAÚJO-EDITOR DO FOCUS PORTAL CULTURAL