Além de Merval, que é o ocupante da Cadeira
33 da academia, a chapa vencedora tem como secretária-geral: Nélida Piñon;
primeiro-secretário: Joaquim Falcão; segundo-secretário: Celso Lafer e como
tesoureiro Evaldo Cabral de Mello.
A votação para cada cargo ocorreu,
separadamente. Ao final da sessão foram anunciados os membros da nova diretoria,
procedendo-se, em seguida, à cerimônia de incineração das cédulas. Em razão da
pandemia, haverá uma posse administrativa no dia 9 de dezembro de 2021 e a
cerimônia oficial de posse será apenas no mês de março de 2022.
Merval Pereira começou a trabalhar em
O Globo no final da década de 1960, como estagiário. Motivado pela pressão do
pai, que queria vê-lo trabalhando, apaixonou-se pela profissão de jornalista.
Abandonou a faculdade de direito e entregou-se ao cotidiano atribulado das
redações.
Apesar de ser neto de senador o
maranhense Clodomir Cardoso, Merval Pereira conta que não se interessava
especialmente por política quando jovem. Curiosamente, seria na trilha do
jornalismo político que consolidaria sua carreira.
Passou pelas redações do Jornal do
Brasil, onde foi editor-executivo, e da Veja, onde foi editor nacional e chefe
das sucursais no Rio de Janeiro e em Brasília, e tornou-se diretor de O Globo,
em 1994. Liderou importantes transformações à frente do jornal, com a revolução
provocada pelo digital e, em 2003, afastou-se da gestão para voltar à escrita.
Desde então, mantém uma coluna no jornal, uma referência na análise política e
de questões estruturais do país, e atua como comentarista na CBN e na
GloboNews.
UM POUCO SOBRE MERVAL PEREIRA
Oitavo ocupante da cadeira nº 31,
eleito em 2 de junho de 2011, na
sucessão de Moacyr Scliar, falecido em 27 de fevereiro de 2011, foi recebido em
23 de setembro de 2011, pelo Acadêmico Eduardo Portella.
Merval Pereira Filho nasceu no Rio de
Janeiro, em 24 de outubro de 1949. É comentarista da Globonews e da CBN e
Colunista de O Globo, onde entrou em 1968, como repórter estagiário, tendo
sido, entre outras funções, editor nacional, editor-chefe, diretor da sucursal
de Brasília, diretor de redação e diretor executivo do Infoglobo. Foi Diretor
de Jornalismo de Mídia impressa e rádio das Organizações Globo.
Em 1979 recebeu o Prêmio Esso pela
série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no
Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André
Gustavo Stumpf. A série virou livro com o mesmo nome, editado pela Brasiliense,
considerado referência para estudos da época e citado por brasilianistas, como
Thomas Skidmore.
Foi finalista do Prêmio Esso em 2000,
com uma reportagem sobre o envolvimento do cineasta João Moreira Salles com o
traficante Marcinho VP.
De 1983 a 1985, trabalhou na revista
Veja, onde foi chefe das sucursais de Brasília e Rio e editor nacional em São Paulo.
No período ganhou três Prêmios Abril. Também foi editor-executivo do Jornal do
Brasil.
De 1991 a 1992, fez um curso de
especialização em política internacional na Universidade Stanford, na
Califórnia, como único bolsista da América Latina da John S. Knight Fellowship.
Tem curso de gestão de empresas no Insead, na França.
Faz parte do Conselho Editorial das
Organizações Globo e fez parte do primeiro Conselho Editorial do jornal Valor
Econômico; Conselheiro do Centro de Estudos da América da Universidade Cândido
Mendes. É media leader do World Economic Forum,onde já foi mediador de debates
sobre a situação do Brasil e da América Latina. É membro titular da Academia
Brasileira de Filosofia e membro do Board of Visitors da John S. Knight
Fellowships da Universidade Stanford.
Em 2008, passou um período na
Universidade de Columbia, em Nova York, como visiting scholar da Centro de
Estudos Latino-Americanos.
Em 2009, recebeu o prêmio Maria Moors
Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante
premiação internacional do jornalismo das Américas.
Eleito para a Academia de Ciências de
Lisboa em 2016.
Prêmios e distinções
− Prêmio Maria Moors Cabot da
Universidade de Columbia, de excelência jornalística;
− Medalha Machado de Assis da Academia
Brasileira de Letras;
− Golfinho de Ouro do Governo do
Estado do Rio de Janeiro, no setor de Comunicação;
− Destaque Bovespa 2006 - Prêmio
Especial de Jornalismo;
− Medalha Hipólito da Costa da
Academia Brasileira de Filosofia;
− Medalha Presidente Juscelino
Kubitscheck do Governo de Minas Gerais.
− Medalha de Direitos Humanos
Austregésilo de Athayde da B'nai B'rith Herut.
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