terça-feira, 28 de dezembro de 2021

RESGATANDO RELÍQUIAS: SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN. FRAGMENTO DO PROGRAMA COM A POETISA SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN QUE DECLAMA OS POEMAS "ASSASSINATO" E "CATARINA EUFÉMIA", DE SUA AUTORIA.



RESGATANDO RELÍQUIAS: SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN. FRAGMENTO DO PROGRAMA COM A POETISA SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN QUE DECLAMA OS POEMAS "ASSASSINATO" E "CATARINA EUFÉMIA", DE SUA AUTORIA.

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu em 1919 e faleceu em 2004 foi uma das mais importantes poetisas portuguesas contemporâneas. Foi a primeira mulher a receber o Prêmio Camões, o maior prêmio literário da língua portuguesa.




BIOGRAFIA DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu em 1919-2004 foi uma das mais importantes poetisas portuguesas contemporâneas. Foi a primeira mulher a receber o Prêmio Camões, o maior prêmio literário da língua portuguesa.

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) nasceu na cidade do Porto, Portugal, no dia 6 de novembro de 1919. De família aristocrática era filha de João Herique Andresen e Maria Amélia de Mello Breyner e neta do proprietário da Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto. Sua mãe era neta do Conde Henrique de Burnay e filha do Conde de Mafra. Estudou Filosofia Clássica na Universidade de Lisboa, entre 1936 e 1939, sem concluir o curso. Participou de movimentos universitários. Em 1940 publicou seus primeiros versos nos “Cadernos de Poesia”.

A partir de 1944 se dedica à literatura, nesse mesmo ano escreve diversas poesia, entre elas, “O Jardim e a Casa”, “Casa Branca”, “O Jardim Perdido” e “Jardim e a Noite”, obras que recordam sua infância e juventude. Em 1946 casou-se com o jornalista, advogado e político Francisco Souza Tavares e muda-se par Lisboa. O casal teve cinco filhos, que a motivaram a escrever contos infantis, entre eles, “A Menina do Mar” (1961) e “A Fada Oriana” (1964). Nesse mesmo ano recebeu o Prêmio de Poesia da Sociedade Portuguesa de Escritores pela obra “Livro Sexto” (1962).

Sophia de Mello Breyner participou ativamente da oposição ao Estado Novo. Foi candidata pela oposição Democrática nas eleições legislativas de 1968. Foi sócia fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos. Após a Revolução de abril de 1974 foi candidata à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista em 1975.

Sophia foi contemporânea dos poetas Eugênio de Andrade, Jorge de Sena, entre outros. Sua obra soa muitas vezes como uma voz de liberdade. Denota também uma sólida cultura clássica, onde se observa sua paixão pela cultura grega. Alguns temas são constantes em suas obras, como a “natureza”, “a cidade”, “o tempo” e “o mar”. Sua importante obra para crianças tornou-se um clássico da literatura infantil em Portugal, marcando várias gerações.

Autora de diversos livros de poesia escreveu também contos, artigos, ensaios e peça teatral. Traduziu para o português as obras de Eurípedes, Shakespeare, Dante e Claudel. Para o francês traduziu Camões, Mário Sá-Carneiro, Cesário Verde, Fernando Pessoa, entre outros.

Sophia de Mello Breyner recebeu diversos prêmios e honrarias, entre eles, o título Honoris Causa, em 1998, pela Universidade de Aveiro, o Prêmio Camões (1999), o Prêmio de Poesia Max Jacob (2001) e o Prêmio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana em 2003.

Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu em Lisboa, no dia 2 de julho de 2004. Desde 2005 seus poemas foram colocados em exposição permanente no Oceanário de Lisboa.






 

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