Não procurem o amor engessado,
mortais.
Ele é mensagem em movimento.
Vento nas sandálias aladas,
atravessando o instante.
Une corações, sem aviso.
Olhares que se encontram, desejo puro.
Sussurro breve, toque de passagem.
Amor, chegada e partida.
Meu elmo esconde o que os olhos não
veem.
O amor mora nas entrelinhas.
Cuidado mudo, lealdade antiga.
O invisível que nos sustenta.
O caduceu: serpentes em espiral.
Opostos que se atraem, equilíbrio
instável.
Tensão, conflito – parte da jornada.
A busca da união, na diferença que
floresce.
As asas: um impulso para o alto.
O amor que transcende o chão.
Compreensão mais vasta, afeto
profundo.
Os enigmas da vida, em nós.
Meu gorro de viajante: o caminho.
O amor se revela na busca incessante.
Não um ponto fixo, mas a andança.
Experiências divididas, laços que se
fazem.
Abertura à mudança, como a paisagem ao
viajante.
O amor flui, sem amarras.
Mensagem alada, a cada momento.
© Alberto Araújo
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