domingo, 6 de abril de 2025

O PEQUENO PRÍNCIPE: O OURO DA INFÂNCIA EM OITENTA E DUAS PRIMAVERAS. HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL

 

O ano de 2025 veste-se de um brilho especial: oitenta e duas velas iluminam a jornada de "O Pequeno Príncipe", essa constelação de palavras que teima em residir no coração de leitores de todas as idades. Longe de ser apenas uma história sobre um menino de cabelos cor de sol e um aviador perdido no deserto, a obra de Antoine de Saint-Exupéry pulsa com a força silenciosa das grandes verdades.

Em um mundo que muitas vezes se esquece de olhar com o coração, o Pequeno Príncipe nos resgata para a essencialidade dos laços, para a beleza efêmera de uma rosa teimosa e para a sabedoria contida nas perguntas puras de uma criança. Seus encontros em planetas minúsculos espelham, com doçura e acidez, as vaidades e as manias do nosso próprio universo adulto. O rei sem súditos, o homem de negócios que conta estrelas, o acendedor de lampiões preso à sua rotina cada figura é um fragmento de nós mesmos, convidando à reflexão sobre o que realmente importa. 

Mais do que um livro, "O Pequeno Príncipe" é um portal para a redescoberta da infância perdida, um lembrete de que "o essencial é invisível aos olhos". A cada releitura, suas frases ecoam com novas nuances, como um cristal multifacetado que reflete diferentes tons de luz ao longo da vida. 

Celebrar seus 82 anos é celebrar a atemporalidade da inocência, a urgência do cuidado e a profundidade dos afetos que nos tornam verdadeiramente ricos. Que a jornada desse pequeno grande livro continue a iluminar corações por muitas e muitas primaveras.

 

Editorial

Alberto Araújo

Focus Portal Cultural



SOBRE O PEQUENO PRÍNCIPE

O Pequeno Príncipe é uma novela do escritor, aviador aristocrata francês Antoine de Saint-Exupéry, originalmente publicada em inglês e francês em abril de 1943 nos Estados Unidos. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, Saint-Exupéry foi exilado para a América do Norte. Em meio a turbulências pessoais e sua saúde falhando, ele produziu quase metade das obras no qual ele seria lembrado, incluindo o conto de solidão, amizade, amor e perda, em forma de um jovem príncipe que caiu na Terra. Um livro de memórias feito pelo autor que contava suas experiências de aviação no deserto do Saara, e é pensado que ele usou estas experiências como base para a novela.

Em abril de 1943, Saint-Exupéry deixou os Estados Unidos e deu o manuscrito à sua companheira, a jornalista Sylvia Hamilton, que o vendeu à Morgan Library & Museum de Nova Iorque 25 anos depois. 

Trata-se de uma das obras literárias mais traduzidas no mundo, tendo sido publicado em mais de 220 idiomas e dialetos. O autor do livro foi também autor das ilustrações originais. Em Portugal, O Principezinho integra o conjunto de obras sugeridas para leitura integral, na disciplina de Língua Portuguesa, no 2º Ciclo do Ensino Básico e também foi traduzido para o Mirandês, com o título de "L Princepico".

 

Enredo 

A história começa com o narrador descrevendo suas recordações, em que aos 6 anos de idade fez um desenho de uma jiboia que havia engolido um elefante. Quando perguntava o que os adultos viam em seu desenho, todos eles achavam que o garoto havia desenhado um chapéu. Ao corrigir as pessoas sobre seu desenho, era sempre respondido que precisava de um hobby mais sério e maduro. O narrador então lamenta a falta de criatividade demonstrada pelos adultos. 

Sem incentivos e decepcionado com as reações, ele desiste da carreira de pintor, e se torna aviador. Durante seu voo, ocorre uma pane em seu avião no deserto do Saara. Ao acordar, depois do acidente, se depara com um menino que o autor descreve como tendo cabelos de ouro e um cachecol amarelo, que lhe pede para desenhar uma ovelha. O narrador então mostra-lhe o seu antigo desenho do elefante dentro de uma jiboia, e para sua surpresa, o menino interpreta-o corretamente, apesar de estar insatisfeito pois ainda queria o desenho de um carneiro.

Conforme a história passa, o aviador descobre que o menino vive no asteroide B-612, no qual há apenas uma rosa que fala com ele, que o asteroide tem três vulcões (sendo um deles extinto), e ainda dos baobás que o principezinho teme, por não querer que tomem conta do asteroide; ele assiste quarenta e três pores do sol para divertir-se ou quando está triste.

O autor conta um pouco da história dele, e a história de como o principezinho havia chegado ao Deserto do Saara, fala de como são as crianças, e de como são as pessoas grandes; e envolve o leitor em mais um mistério no capítulo XXVII: que fala que o carneiro que desenhou para o principezinho poderia comer a sua flor. 

Em Le Petit Prince, seu narrador, o aviador, fala sobre ter ficado preso num deserto após seu avião ter caído. Essa situação foi baseada num incidente com o autor no deserto do Saara, descrito com detalhes em seu livro de memórias Terre des hommes em 1939. 

Em 30 de Dezembro de 1935, às 02h45 AM, depois de 19 horas e 44 minutos no ar, Saint-Exupéry e seu copiloto André Prévot caíram no deserto do Saara. 

O Pequeno Príncipe retoma o esquema do conto filosófico criado por Voltaire. Especificamente, guarda certa semelhança com Micromégas, um gigante de Sirius que decide aventurar-se pelo Universo, visita o Sistema Solar e vem parar na Terra, discutindo filosofia com os seres humanos. Também o principezinho visita vários asteroides/planetas e discute filosofia.




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