No dia 14 de novembro, celebramos uma das efemérides mais significativas da história da arte: os 185 anos do nascimento de Oscar-Claude Monet, pintor francês que revolucionou a pintura ocidental e se consagrou como um dos fundadores e principais expoentes do movimento impressionista. Monet nasceu em Paris em 1840, mas foi na Normandia, na cidade de Havre, onde passou a infância e começou a desenvolver sua sensibilidade artística, inicialmente através da caricatura.
Aos 19 anos, Monet foi para Paris estudar pintura na Academia Suíça, com o apoio do pai. Sua trajetória, no entanto, foi marcada por interrupções e desafios. Em 1861, partiu para a Algéria para cumprir o serviço militar, o que o afastou temporariamente dos estudos. Mesmo assim, continuou a experimentar técnicas e efeitos artísticos. Ao retornar a Paris em 1862, após uma pleurisia, conheceu o pintor suíço Charles Gleyre e passou a trabalhar com Alfred Sisley, Auguste Renoir e Frédéric Bazille, nomes que, como ele, viriam a formar o núcleo duro do Impressionismo.
Durante a segunda metade da década de 1860, Monet pintava com um estilo próximo ao de Édouard Manet, mas já buscava uma linguagem própria. Enfrentava dificuldades financeiras e rejeições dos Salões oficiais, apesar do sucesso pontual de obras como La Femme en robe verte, retrato de Camille Doncieux, sua futura esposa. A guerra franco-prussiana o levou a Londres, onde conheceu o marchand Paul Durand-Ruel, figura essencial para a difusão das obras impressionistas. Durand-Ruel acreditou no talento de Monet e passou a adquirir suas obras, garantindo-lhe estabilidade financeira e liberdade criativa.
Em 1872, Monet pintou Impression, soleil levant (Impressão, nascer do sol), obra que viria a nomear todo um movimento artístico. Apresentada na primeira exposição impressionista em 1874, essa pintura rompeu com os padrões acadêmicos ao valorizar a luz, a atmosfera e a impressão visual do momento. Monet e seus colegas, Manet, Renoir, Degas, Pissarro, enfrentaram duras críticas, mas persistiram. Entre 1874 e 1882, realizaram seis exposições que consolidaram o Impressionismo como uma das mais influentes correntes da arte moderna.
Em 1883, Monet mudou-se para Giverny com Alice Hoschedé e os filhos. Ali encontrou um refúgio criativo. A casa e os jardins que cultivou tornaram-se fonte inesgotável de inspiração. Em 1890, comprou a propriedade e passou a dedicar-se intensamente à pintura de paisagens e cenas naturais, explorando os efeitos da luz e das estações. Foi em Giverny que criou a célebre série Nenúfares, composta por cerca de 250 telas que capturam a superfície da água, os reflexos e a vegetação com uma sensibilidade única.
Monet não apenas fundou o Impressionismo, ele o levou ao limite, abrindo caminho para movimentos posteriores como o Pós-Impressionismo e o Expressionismo. Sua obsessão pela luz, pela cor e pela percepção subjetiva do mundo influenciou gerações de artistas e transformou a maneira como entendemos a pintura. Ao longo da vida, Monet enfrentou perdas pessoais, problemas de saúde e dificuldades visuais, mas nunca deixou de pintar. Faleceu em Giverny em 5 de dezembro de 1926, aos 86 anos, cercado pela família e pelo jardim que tanto amou.
CLAUDE MONET NO FOCUS PORTAL CULTURAL
Nesta efeméride do dia 14 de novembro, o Focus Portal Cultural presta homenagem a Claude Monet, cuja obra transcende o tempo e continua a encantar o mundo. Monet nos ensinou a ver com novos olhos, a valorizar o instante, a beleza fugaz da luz sobre a água, o tremor das folhas ao vento, o brilho do sol nascente. Seu legado é um convite à contemplação e à sensibilidade, valores que continuam a inspirar artistas, estudiosos e amantes da arte em todo o mundo.
CLAUDE MONET: A LUZ QUE PINTOU O MUNDO
Oscar-Claude Monet nasceu em Paris no dia 14 de novembro de 1840, mas foi na cidade portuária de Le Havre, na Normandia, onde passou a infância e começou a desenvolver sua sensibilidade artística. Ainda jovem, Monet demonstrava talento para o desenho, especialmente para caricaturas, que vendia a comerciantes locais. Esse interesse inicial logo se transformaria em uma paixão pela pintura, impulsionada pelo contato com a natureza e pela luz mutável das paisagens normandas.
Em 1859, Monet mudou-se para Paris com o objetivo de estudar arte. Frequentou a Academia Suíça, onde conheceu outros jovens artistas que, como ele, buscavam romper com os padrões acadêmicos. Em 1861, interrompeu os estudos para cumprir o serviço militar na Algéria, experiência que ampliou sua percepção das cores e da luz. Após adoecer, retornou à França em 1862 e passou a estudar com o pintor suíço Charles Gleyre. Foi nesse período que se aproximou de Alfred Sisley, Auguste Renoir e Frédéric Bazille — futuros pilares do Impressionismo.
Durante a década de 1860, Monet enfrentou dificuldades financeiras e rejeições por parte dos Salões oficiais, apesar de ter obtido algum reconhecimento com a tela La Femme en robe verte, retrato de Camille Doncieux, sua companheira e futura esposa. Com a eclosão da guerra franco-prussiana em 1870, Monet refugiou-se em Londres, onde conheceu o marchand Paul Durand-Ruel. Este encontro foi decisivo: Durand-Ruel passou a adquirir suas obras e a promover os artistas impressionistas, garantindo-lhes visibilidade e sustento.
Em 1872, Monet pintou Impression, soleil levant (Impressão, nascer do sol), obra que viria a nomear o movimento impressionista. A pintura foi exibida na primeira exposição do grupo em 1874, marcando o início de uma nova era na arte. O Impressionismo valorizava a percepção subjetiva, a luz natural, os efeitos atmosféricos e a pintura ao ar livre (plein air). Monet tornou-se o principal representante dessa revolução estética, que enfrentou críticas ferozes, mas conquistou admiradores e abriu caminho para a arte moderna.
Nos anos seguintes, Monet dedicou-se a explorar as variações da luz e das estações em séries de pinturas que retratavam o mesmo motivo em diferentes momentos do dia e do ano. Entre os temas mais célebres estão a Catedral de Rouen, a Estação de Saint-Lazare, os Montes de Feno e os Jardins de Giverny. Em 1883, mudou-se para Giverny com Alice Hoschedé e os filhos. Ali, criou um jardim exuberante com lago e ponte japonesa, que se tornaria o cenário de sua série mais famosa: Nenúfares.
A partir da década de 1890, Monet mergulhou em uma pintura cada vez mais sensorial, quase abstrata, antecipando tendências que só se consolidariam décadas depois. Mesmo enfrentando problemas de visão causados por catarata, continuou a pintar até o fim da vida. Faleceu em Giverny no dia 5 de dezembro de 1926, aos 86 anos, deixando um legado que transformou a história da arte.
Claude Monet não apenas fundou o Impressionismo, ele o levou ao limite, expandindo as fronteiras da percepção visual e da expressão artística. Sua obra é um convite à contemplação, à beleza efêmera do instante, à poesia da luz. Monet ensinou o mundo a ver com novos olhos, e sua influência continua a iluminar gerações de artistas e amantes da arte.
© Alberto Araújo
Focus Portal Cultural

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