Na tessitura das palavras que moldam
mundos, a Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil abre, nesta
quarta-feira, 17 de dezembro, um novo ciclo de sua narrativa coletiva. Às 19
horas, em um encontro virtual que transcende fronteiras geográficas, será
realizada a Assembleia Geral Nacional Ordinária, momento em que vozes se
entrelaçam para decidir os rumos da entidade no biênio 2025–2027.
Sob o signo da “União &
Integração”, uma única chapa se apresenta não como mera formalidade, mas como
símbolo de continuidade e de esperança. É o gesto de mulheres que, ao
empunharem a escrita, transformam o ato de narrar em resistência, e o ato de
resistir em poesia.
A presidência nacional terá à frente
Irislene Castelo Branco Morato, da AJEB-Minas Gerais, ladeada por Renata
Dal-Bó, da AJEB-Santa Catarina, como 1ª vice-presidente, e por Leni Chiarello
Ziliotto, da AJEB-Mato Grosso, como 2ª vice-presidente. Três nomes, três
territórios, três vozes que se somam ao coro plural das ajebianas, reafirmando
o caráter nacional e integrador da entidade.
A AJEB Amazonas também tem
representação na chapa, com a participação das jornalistas Arthemisa Gadelha,
que assume a função de 2ª diretora de Divulgação e Mídias Sociais, Erica Lima
Barbosa, na Diretoria de Divulgação e Mídias Sociais, e Karla Costa, na Diretoria
de Jornalismo e Assessoria de Imprensa.
Mais do que uma eleição, este é um
rito de passagem: um chamado à memória das que vieram antes e à ousadia das que
virão depois. A AJEB segue como guardiã da palavra feminina, que não se limita
às páginas, mas ecoa como instrumento de transformação cultural e social.
Que cada voto seja também um verso, e
que cada decisão seja uma ponte para o futuro. Pois escrever, juntas, é
construir e construir, unidas, é eternizar.
No vasto território da cultura
brasileira, onde múltiplas vozes se entrelaçam para formar um mosaico de
identidades, há uma entidade que se ergue como guardiã da palavra e da memória:
a Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB). Sua trajetória não é
apenas institucional; é um testemunho vivo da potência da escrita feminina como
instrumento de transformação social, política e estética.
Fundada em um tempo em que as mulheres
ainda lutavam para ocupar espaços de legitimidade na esfera pública, a AJEB
nasceu como resposta à necessidade de criar um território simbólico onde o
feminino pudesse se afirmar não como exceção, mas como protagonista. Desde
então, tornou-se um espaço de encontro, de resistência e de criação, reunindo
jornalistas e escritoras que, com suas narrativas, ampliam os horizontes da
cultura nacional.
A história da literatura brasileira é
marcada por silêncios impostos às mulheres. Durante séculos, o cânone literário
privilegiou vozes masculinas, relegando o feminino ao papel de musa ou
personagem secundária. A AJEB, ao contrário, inscreve-se como movimento de
ruptura: ela reivindica o lugar da mulher como autora, como sujeito da palavra,
como criadora de mundos.
Cada texto produzido pelas associadas
é mais do que literatura ou jornalismo; é um gesto político. É a afirmação de
que a palavra feminina não apenas existe, mas ressoa, transforma e funda novas
realidades. Nesse sentido, a AJEB não é apenas uma associação: é um território
simbólico de resistência contra o apagamento histórico das mulheres na cultura.
A AJEB atua como ponte entre tradição
e contemporaneidade. Suas integrantes carregam a memória das pioneiras que
abriram caminho de Nísia Floresta a Clarice Lispector e, ao mesmo tempo,
projetam novas narrativas que dialogam com os desafios do presente.
Essa potência cultural manifesta-se em
múltiplas dimensões:
Na literatura: ao incentivar a
produção de romances, contos, poesias e ensaios que revelam o olhar feminino
sobre o Brasil.
No jornalismo: ao fortalecer práticas
éticas e críticas que ampliam o debate público e dão visibilidade às questões
sociais.
Na memória cultural: ao preservar e
difundir a história das mulheres que escreveram e escreverão o país.
A AJEB é, portanto, uma usina de
narrativas que alimenta o imaginário coletivo e contribui para a pluralidade
cultural brasileira.
O lema da atual chapa, “União &
Integração”, não é apenas uma proposta administrativa; é um projeto cultural.
Num país marcado por desigualdades regionais e sociais, a AJEB reafirma a
necessidade de integrar vozes de diferentes estados, sotaques e experiências.
Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso, e tantos outros territórios se
encontram sob o mesmo manto da palavra.
Essa integração é também simbólica: ao
unir mulheres de diferentes áreas e trajetórias, a AJEB constrói uma rede de
solidariedade intelectual que transcende fronteiras. É a prova de que a cultura
brasileira não é homogênea, mas múltipla, e que sua riqueza está justamente na
diversidade.
A AJEB compreende que escrever não é
apenas narrar; é transformar. A palavra tem o poder de denunciar injustiças, de
propor novos mundos, de criar espaços de representatividade. Ao fortalecer a
escrita de autoria feminina, a associação contribui para que o Brasil se reconheça
em sua pluralidade e avance em direção a uma sociedade mais justa e
igualitária.
Cada livro publicado, cada artigo
escrito, cada crônica compartilhada é uma semente lançada no solo fértil da
cultura. Essas sementes germinam em leitores, em debates, em políticas
culturais, em novas gerações de escritoras e jornalistas que encontram na AJEB
um espelho e um farol.
Se a cultura é um palco onde múltiplas
vozes se apresentam, a AJEB é a cortina que se abre para revelar o espetáculo
da palavra feminina. Ela não apenas organiza eleições e assembleias; ela
organiza sentidos, dá forma à memória, legitima a criação.
No Brasil contemporâneo, em que a
cultura enfrenta desafios de financiamento, de reconhecimento e de valorização,
a AJEB reafirma sua missão: ser guardiã da palavra e promotora da diversidade.
Sua potência não está apenas em números ou estatísticas, mas na capacidade de
transformar vidas por meio da escrita.
A AJEB é mais do que uma associação: é
patrimônio cultural do Brasil. Sua existência garante que a palavra feminina
não seja silenciada, mas celebrada. Sua potência reside na capacidade de unir
mulheres em torno de um projeto comum: escrever para transformar, narrar para
resistir, criar para eternizar.
No horizonte da cultura brasileira, a
AJEB é estrela que ilumina caminhos. Que sua trajetória siga sendo escrita com
tinta de coragem, papel de memória e caligrafia de futuro. Pois, como já se
disse, escrever é também um ato de liberdade e a AJEB é, em essência, liberdade
em forma de palavra.
VISITE O SITE: https://ajeb.com.br
© Alberto Araújo
Focus Portal Cultural