sábado, 22 de novembro de 2025

NITERÓI, MENINA, MULHER E SENHORA DA CULTURA – 452 ANOS DE HISTÓRIA E ENCANTOS - © ALBERTO ARAÚJO – FOCUS PORTAL CULTURAL


No dia 22 de novembro, o calendário se curva diante da memória e da beleza de Niterói. São 452 anos de uma cidade que nasceu como menina sonhadora, cresceu como mulher determinada e hoje se afirma como senhora da cultura, guardiã de tradições e inventora de futuros. Niterói não é apenas um ponto no mapa: é um coração pulsante à beira da Baía de Guanabara, um palco onde a história se mistura com a poesia, e onde cada rua, cada praça e cada olhar revelam a alma de um povo que sabe celebrar a vida. 

Menina dos mares. Niterói nasceu olhando o mar. Menina curiosa, brincava com as ondas e aprendia com os ventos que sopravam histórias de navegantes e povos originários. Foi no encontro das águas e das terras que se desenhou sua identidade: uma cidade que carrega em si o espírito da travessia, da ponte invisível que une culturas, pessoas e sonhos. Essa menina cresceu ouvindo cantos indígenas, rezas coloniais e batuques africanos, e desde cedo aprendeu que sua força estava na diversidade. 

Mulher da cultura. Com o tempo, Niterói se fez mulher. Mulher que dança, que canta, que pinta, que escreve. Mulher que ergueu teatros, museus e bibliotecas, que deu ao Brasil artistas de renome e que se tornou referência em arte e pensamento. É a mulher que acolhe o MAC como joia arquitetônica e cultural, que guarda o Theatro Municipal como templo da arte, que celebra a música popular e a erudição, que abre espaço para o cinema, para a literatura e para o teatro de rua. Niterói é mulher que inspira, que educa, que transforma. É mulher que se reinventa sem perder suas raízes. 

Senhora da tradição e da modernidade. Hoje, Niterói é senhora. Senhora da cultura, senhora da memória, senhora da inovação. Uma cidade que honra seus mestres do passado e abre portas para os jovens criadores do presente. Senhora que sabe que cultura não é apenas espetáculo, mas também resistência, identidade e futuro. Senhora que se orgulha de seus bairros, de suas escolas de samba, de seus grupos folclóricos, de seus coletivos artísticos. Senhora que se veste de festa em cada aniversário, mas que também se veste de luta quando é preciso defender sua gente e sua história. 

Cultura viva. Niterói é palco e plateia. É tamborim e violino. É poesia declamada na praça e é livro aberto na biblioteca. É grafite colorindo muros e é quadro exposto em galerias. É roda de capoeira e é espetáculo de dança contemporânea. É feira popular e é concerto sinfônico. É cultura viva, que pulsa nas veias de quem aqui nasceu e de quem aqui escolheu viver. É cidade que entende que cultura é alimento da alma, é ponte entre gerações, é luz que ilumina caminhos.

Cidade que abraça. Niterói é também abraço. Abraço que acolhe quem vem de longe, quem chega com saudade de sua terra natal, quem busca um lar para seus sonhos. É cidade que se abre como porto seguro, que oferece suas praias como consolo e suas ruas como convite. É cidade que sabe ser mãe, amiga e companheira. É cidade que se orgulha de ser plural, de ser mistura, de ser encontro. E é nesse abraço que eu, nordestino, encontro minha alegria. Viver em Niterói é sentir o calor de uma cidade que me acolhe como filho, que me ensina como mestre e que me inspira como musa. É caminhar por suas ruas e ouvir ecos da minha própria história, é olhar para o mar e lembrar-me das travessias que me trouxeram até aqui. É descobrir que, mesmo longe da terra natal, posso me sentir em casa, porque Niterói é casa de todos que nela acreditam. É alegria viver em seus braços, menina, mulher e senhora da cultura. 

PARABÉNS, Niterói, pelos seus 452 anos. Que sua história continue sendo escrita com poesia, coragem e cultura. Que sua alma permaneça aberta ao mundo, e que seu abraço siga acolhendo todos nós que temos a honra de viver em seu coração. 

© Alberto Araújo 

Focus Portal Cultural

(Clicar na imagem para ver o gif)









PRESIDENTE DO ELOS INTERNACIONAL MATILDE CARONE SLAIBI CONTI PARTICIPA DE ENCONTRO CULTURAL EM JUIZ DE FORA

 

Matilde Carone Slaibi Conti - Presidente do Elos Internacional

Na manhã de 22 de novembro, a cidade de Juiz de Fora – MG foi palco de um encontro memorável que reafirma a força da cultura, da literatura e da amizade entre os povos. A presidente do Elos Internacional, Matilde Carone Slaibi Conti, deslocou-se de Niterói até Juiz de Fora para prestigiar a solenidade realizada na Academia Juiz-Forana de Letras, sob a presidência da escritora e acadêmica Cecy Barbosa Campos. 

O evento marcou a posse de dois nomes de grande relevância para a cena literária de Visconde do Rio Branco: Ana Maria Moreira, presidente do Elos local, e Cléber Lima, presidente da Academia Rio-branquense de Letras. Ambos foram empossados como sócios correspondentes da Academia Juiz-Forana, em cerimônia carregada de emoção e simbolismo. 

Ana Maria Moreira recebeu seu diploma das mãos de Luciane Fontes, gesto que simbolizou não apenas a oficialização de sua entrada na instituição, mas também o reconhecimento de sua trajetória dedicada à literatura e à cultura. 

Cléber Lima, por sua vez, teve seu diploma entregue pelo neto Gabriel Lima, perpetuando a tradição e selando a continuidade da geração Lima. O momento foi marcado por lágrimas, aplausos e a certeza de que a literatura é também um elo entre gerações. 

Cléber Lima, além de sua atuação como presidente da Academia Rio-branquense de Letras, possui uma trajetória política e social de destaque: foi deputado estadual e prefeito, sempre mantendo a cultura como eixo central de sua vida pública e pessoal. Sua entrada como sócio correspondente reforça a importância de unir forças entre academias e instituições literárias. 

Fundada há mais de quatro décadas, a Academia Juiz-Forana de Letras é uma das mais conceituadas instituições culturais da cidade. Localizada no coração de Juiz de Fora, sua sede é um espaço acolhedor, repleto de estantes que guardam obras de autores locais, nacionais e internacionais. 

No dia 31 de agosto de 2025, a Academia comemorou seus 41 anos de existência, reafirmando sua missão como sociedade civil literária composta por 40 membros titulares. Sem fins lucrativos, apartidária e inclusiva, a instituição se destaca por não discriminar credo, raça ou gênero, sendo um verdadeiro espaço de promoção da diversidade cultural e da valorização da palavra escrita. 

Sob a presidência de Cecy Campos, a Academia tem se consolidado como referência na difusão da literatura e na preservação da memória cultural de Juiz de Fora. Cecy, com sua liderança firme e sensível, conduz a instituição com o olhar voltado para o futuro, sem perder de vista a tradição que a sustenta. 

O destaque da manhã foi, sem dúvida, a presença da presidente do Elos Internacional, Matilde Carone Slaibi Conti. Indo daqui de Niterói especialmente para prestigiar o evento, Matilde demonstrou, mais uma vez, sua incansável dedicação às causas literárias e culturais.

Sua presença não foi apenas protocolar: foi um gesto de reconhecimento, apoio e incentivo aos elistas e amigos que se dedicam à construção de uma rede internacional de cultura. Matilde é conhecida por sua atuação vibrante, participando de eventos literários em diferentes países e fortalecendo os laços que unem escritores, acadêmicos e amantes da literatura. 

Ao marcar presença em Juiz de Fora, Matilde reafirma o compromisso do Elos Internacional com a valorização das academias de letras e com a integração cultural entre cidades e nações. Sua trajetória inspira e motiva, mostrando que a cultura é uma ponte que aproxima pessoas e gerações. 

A posse de Ana Maria Moreira e Cléber Lima como sócios correspondentes da Academia Juiz-Forana de Letras representa um marco para Visconde do Rio Branco. 

Ana Maria, como presidente do Elos local, tem se dedicado à promoção da literatura e ao fortalecimento da identidade cultural da cidade. Sua atuação é reconhecida por todos que acompanham sua trajetória. 

Cléber Lima, além de sua experiência política, é um defensor incansável da cultura e da literatura. Sua liderança na Academia Rio-branquense de Letras é marcada pela valorização dos escritores locais e pela busca constante de integração com outras instituições. 

Ambos representam o vigor e a vitalidade da cena literária rio-branquense, levando o nome da cidade para além de suas fronteiras e reforçando a importância da união entre academias. 

O Elos Internacional tem como missão promover a cultura, a literatura e a amizade entre os povos. Sob a liderança de Matilde Carone Slaibi Conti, a instituição tem ampliado sua presença em eventos nacionais e internacionais, consolidando-se como uma rede que conecta escritores, acadêmicos e leitores em diferentes países. 

A participação ativa de Matilde em eventos como o de Juiz de Fora demonstra que o Elos não é apenas uma entidade formal, mas um movimento vivo, pulsante e comprometido com a valorização da palavra e da cultura. 

O encontro na Academia Juiz-Forana de Letras foi mais do que uma cerimônia de posse: foi uma celebração da literatura, da amizade e da união entre instituições culturais. A emoção dos homenageados, a presença marcante da presidente Matilde e a condução exemplar de Cecy Campos transformaram o evento em um marco para todos os presentes.

O Elos Internacional segue firme em sua missão de difundir a cultura e fortalecer os laços entre os povos, mostrando que a literatura é, acima de tudo, um elo que nos conecta e nos engrandece. 

Este Informativo da Diretoria de Cultura do Elos Internacional registra, com orgulho, a participação de nossos membros e amigos em mais um capítulo da história literária brasileira. 

Editorial

© Alberto Araújo

Diretor de Cultura do Elos Internacional










 









O BRILHO ETERNO DE CAUBY PEIXOTO E A NOVA JOIA CULTURAL DE NITERÓI

Niterói, cidade marcada por sua tradição artística e por sua vocação para a cultura, celebra neste aniversário um presente que ultrapassa o tempo: a inauguração do Centro Cultural Cauby Peixoto, no bairro Fonseca. 

Mais do que um espaço físico, trata-se de um marco simbólico que une memória, arte e futuro. A Zona Norte da cidade, tantas vezes esquecida nos investimentos culturais, ganha agora seu primeiro equipamento público dedicado às artes, instalado em um casarão histórico restaurado com esmero. É como se a própria história da cidade se curvasse diante da necessidade de preservar e expandir sua alma criativa. 

Cauby Peixoto, a voz que atravessou gerações. Falar de Cauby Peixoto é evocar uma das figuras mais emblemáticas da música brasileira. Dono de uma voz inconfundível, marcada por timbre aveludado e interpretação intensa, Cauby construiu uma carreira que se estendeu por mais de seis décadas. Seu estilo extravagante, suas roupas cintilantes e sua postura teatral no palco fizeram dele um ícone que ultrapassou fronteiras. Não era apenas um cantor: era um artista completo, que transformava cada apresentação em espetáculo.  

Cauby foi, sobretudo, um intérprete da emoção. Canções como Conceição tornaram-se parte da memória afetiva nacional, e sua capacidade de reinventar-se diante das mudanças da indústria musical provou sua força como símbolo de resistência cultural. Ao batizar o novo centro cultural com seu nome, Niterói não apenas homenageia um artista, mas reafirma o compromisso de manter viva a chama da música e da arte popular brasileira.

Um espaço que ressignifica a Zona Norte. O bairro Fonseca, coração da Zona Norte de Niterói, recebe agora um espaço que promete transformar sua paisagem cultural. O casarão histórico, restaurado com cuidado, abre suas portas para abrigar teatro, salas multiuso, ambientes para cursos e exposições. Mais do que paredes e palcos, o Centro Cultural Cauby Peixoto será um ponto de encontro: lugar de ensaios, reuniões de coletivos, oficinas e espetáculos que darão voz às múltiplas expressões da comunidade.  

Essa inauguração representa uma virada de página. Por décadas, a Zona Norte foi vista como periferia cultural, distante dos grandes equipamentos que se concentravam em áreas centrais da cidade. Agora, o Fonseca se torna protagonista, oferecendo à população um espaço de formação, memória e criação. É a democratização da cultura, que deixa de ser privilégio de poucos para se tornar direito de todos. 

O Centro Cultural Cauby Peixoto não é apenas um prédio restaurado: é uma instituição que nasce com vocação para ser referência. Sua programação diversificada, que inclui espetáculos teatrais, exposições de artes visuais, cursos de música e dança, além de atividades voltadas para jovens e adultos, cria um ecossistema cultural capaz de irradiar conhecimento e inspiração.  

Mais do que consumir arte, o público será convidado a produzi-la. Oficinas e cursos permitirão que novos talentos surjam, que coletivos se fortaleçam e que a comunidade se reconheça como parte ativa da cena cultural. É um espaço que não se limita a preservar a memória de Cauby, mas que se abre para o futuro, incentivando a criação de novas vozes e novas histórias. 

A CULTURA COMO LEGADO! 

Foto: Lucas Benevides 

Editorial

@Alberto Araújo

Focus Portal Cultural







 

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

CARTA ABERTA PARA MARJORIE BEATRIZ COURVOISIER HASSON

(Clicar na imagem para ouvir o áudio)

Há palavras que tocam fundo o coração, e hoje recebi uma mensagem que me emocionou muito. A escritora, Marjorie Hasson enviou um áudio cheio de carinho e reconhecimento, que compartilho com todos vocês: 

MENSAGEM TRANSCRITA DO ÁUDIO MARJORIE BEATRIZ COURVOISIER HASSON PARA ALBERTO ARAÚJO

Muito lindo, Alberto Araújo. Parabéns, você realmente é um artista, um poeta, um tudo.  Admiro sempre seu trabalho. Parabéns. Muito, muito bonita essa matéria todinha da Noite da Rede Sem Fronteiras, com o lançamento do livro Mulheres Extraordinárias. Muito obrigada, muito lindo. Um grande abraço. Parabéns.”

Esse gesto me deixou imensamente feliz e reforça a beleza de estarmos juntos em momentos tão especiais, como o lançamento de Mulheres Extraordinárias. Gratidão por esse apoio e por acreditar na força da arte e da poesia. Com carinho e gratidão, Alberto Araújo.

 

************

 

Adorável companheira Marjorie, há certas coisas que realmente tocam a gente, e o seu áudio foi uma dessas. Suas palavras me emocionaram profundamente e me deixaram muito feliz. É uma alegria imensa receber esse carinho e essa admiração tão generosa. Fico grato por você ter acompanhado a matéria da Noite da Rede Sem Fronteiras e pelo reconhecimento ao lançamento do livro Mulheres Extraordinárias. Essas coisas lindas que você disse são um presente para mim. Muito obrigado pelo abraço e pelo incentivo constante. Saiba que também admiro muito você e sua sensibilidade. Marjorie escreveu sobre Laura Bassi da página 393 a 396 da Coletânea Mulheres Extraordinárias vol.4.

Com gratidão,

abraços Alberto Araújo

21 de novembro de 2025

 

Momento em que Marjorie ladeado de Ana Maria Tourinho
 recebe o seu Certificado de participação
na obra Mulheres Extraordinárias - volume 4.
18 de novembro de 2025.

Card feito pela RSF da participação de Marjorie na coletânea
Mulheres Extraordinárias - volume 4





 

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

HOMENAGEM DE ANIVERSÁRIO A GRACINHA REGO


Neste 20 de novembro, o Focus Portal Cultural ergue sua voz e sua escrita para celebrar a vida de uma amiga que é sinônimo de arte, resistência e beleza: Gracinha Rego. Professora dedicada, declamadora apaixonada e ativista cultural incansável, Gracinha é daquelas presenças que não apenas ocupam o palco, mas o transformam em território de emoção, reflexão e encantamento.

Sua trajetória se enlaça com a própria história do Centro Cultural Maria Sabina, espaço que se tornou referência de efervescência artística e cultural. Ao lado de sua cunhada, Neide Barros Rêgo, diretora da instituição, e da inseparável parceira de palco, a declamadora Nilde Barros Diuana, irmã gêmea de Neide, Gracinha construiu uma narrativa de resistência cultural que atravessa décadas. Juntas, essas mulheres deram corpo e voz a um movimento que não apenas preserva a memória da poesia e da música, mas também as projeta como instrumentos de transformação social. 

Gracinha Rego é professora, e com especialidade, carrega em si o dom de ensinar não apenas conteúdos, mas valores. Seus ensinamentos sempre foram extensões de sua alma, onde o conhecimento se veste de afeto. Mas é nos palcos que Gracinha revela sua força mais visceral.

Quem já a viu declamar sabe que não se trata apenas de recitar versos. É uma experiência estética e espiritual. Sua interpretação de Gracias a La Vida, de Violeta Parra, tornou-se um marco na história do Centro Cultural Maria Sabina. Ao entoar os versos dessa canção imortal, Gracinha não apenas canta ou declama: ela arrasa. Sua voz se expande como um rio caudaloso, sua presença ilumina como um feixe de luz, e sua entrega emociona como um abraço coletivo. Cada palavra ganha corpo em sua boca, cada gesto é carregado de significado, e o público, inevitavelmente, se rende ao encantamento. 

Em uma das imagens mais marcantes que circulam nas redes sociais, Gracinha Rêgo aparece em plena performance: vestida com um vestido floral vibrante e uma sobreposição em renda preta, o braço erguido em gesto expressivo, como quem convoca o tempo a escutá-la. Ao fundo, um quadro em cavalete parece testemunhar sua força cênica. A imagem, publicada há alguns anos em seu perfil pessoal, é acompanhada por uma frase da escritora Rachel Carvalho que parece ter sido escrita para ela: 

Minha alma transgride as leis do tempo. Que importam os anos? Morrerei menina! 

Essa citação não apenas emoldura a fotografia, ela traduz a essência de Gracinha. Sua alma é indomável, sua juventude é espiritual, sua presença é atemporal. Gracinha não vive aprisionada aos calendários: ela vive nas emoções que provoca, nas palavras que ecoam, nos gestos que permanecem. Como bem diz Rachel Carvalho, Gracinha é menina eterna, transgressora do tempo, artista que se recusa a envelhecer no espírito.

Não é exagero dizer que Gracinha Rêgo é uma artista completa. Sua atuação como declamadora transcende o ato de interpretar: ela cria atmosferas, constrói universos, abre portais de sensibilidade. Sua arte é política, porque resiste ao esquecimento e afirma a importância da cultura como ferramenta de emancipação. Sua arte é pedagógica, porque ensina a cada espectador que a vida é feita de beleza, de luta e de esperança. Sua arte é espiritual, porque conecta corações e mentes em um mesmo sopro de emoção.

O Focus Portal Cultural, ao homenageá-la neste dia 20 de novembro, reconhece não apenas sua trajetória individual, mas também o impacto coletivo de sua presença. Gracinha é símbolo de uma geração que não se cala, que acredita na força da palavra, que insiste na relevância da arte como forma de resistência. Sua contribuição ao Centro Cultural Maria Sabina é imensurável: ela ajudou a consolidar o espaço como referência de poesia, música e ativismo cultural, tornando-o palco de encontros memoráveis e de celebrações da vida. 

Celebrar o aniversário de Gracinha Rego é celebrar a própria cultura. É reconhecer que sua vida é um presente para todos nós. É agradecer por cada verso declamado, por cada aula ministrada, por cada gesto de coragem e por cada sorriso compartilhado. É afirmar que sua trajetória nos inspira a seguir acreditando na arte como caminho de transformação. 

Neste dia especial, desejamos que Gracinha receba em dobro tudo aquilo que sempre ofereceu: amor, reconhecimento, alegria e esperança. Que sua voz continue ecoando nos palcos, que sua presença siga iluminando os espaços culturais, e que sua vida seja sempre celebrada como obra de arte. 

Parabéns, Gracinha Rêgo! Que este aniversário seja mais um capítulo de uma história que já é grandiosa. Que o futuro lhe traga ainda mais oportunidades de encantar, ensinar e transformar. 

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural 

20 de novembro

 

GRACINHA REGO — BIOGRAFIA DE UMA VOZ QUE VIVE

 

Gracinha Rego nasceu para os palcos, mas também para as salas de aula. Sua vida é uma travessia entre o saber e a arte, entre o gesto pedagógico e o sopro poético. Professora, declamadora, ativista cultural: três nomes que não bastam para contê-la, porque Gracinha é maior que qualquer título. Ela é presença que pulsa, palavra que vibra, memória que canta. 

Filha de Maricá, cresceu entre o mar e os livros, entre o vento e os cadernos. Fez o curso primário no Grupo Escolar Dôrval Ferreira da Cunha, o ginásio no Colégio Brasil e o Curso Normal no IEPIC, instituições públicas que moldaram sua vocação e seu compromisso com a educação. Em 1967, concluiu o Curso Normal, e em 1975, formou-se em Pedagogia pela UNISUAM. Mais tarde, especializou-se em Tecnologia da Educação, porque nunca deixou de aprender, de se reinventar, de buscar novas formas de ensinar. 

Na escola, ensinava com ternura; no palco, incendiava com emoção. Sua voz não é apenas som, é matéria viva, capaz de mover corações e despertar consciências. Quem a viu declamar sabe: Gracinha não recita, ela vive cada verso. Sua palavra tem corpo, sua entonação tem alma, seu silêncio tem peso. Ela não interpreta: ela incorpora. 

Foi casada com Walkir, seu grande amor, por 35 anos. Entre namoro, noivado e casamento, foram 38 anos de companheirismo, afeto e construção. Dessa união nasceram dois filhos maravilhosos: Alexandre e Larissa. E da vida de seus filhos, vieram os netos que enchem seu coração de alegria: Guilherme e Marina, frutos do casamento de Alexandre com Adriana; e Giulia, filha de Larissa com o inesquecível Nelson. A família é seu alicerce, sua poesia cotidiana, seu verso mais íntimo.

 

Mas foi no Centro Cultural Maria Sabina que Gracinha encontrou sua casa de criação. Ali, ao lado da diretora Neide Barros Rêgo e da declamadora Nilde Barros Diuana, sua irmã de alma, ergueu um templo de poesia e resistência. Juntas, transformaram o espaço em território de cultura, onde a palavra se tornou arma e abraço, onde a arte se fez memória e futuro. Gracinha não apenas participou: ela construiu, sustentou, iluminou. 

Entre tantas interpretações, uma se tornou símbolo: Gracias a La Vida, de Violeta Parra. Quando Gracinha declama esse hino, o tempo se suspende. O público se cala, os olhos se enchem, e a vida parece mais bela. Ela arrasa, encanta, ilumina. É como se cada sílaba fosse um raio de sol atravessando a noite. Sua voz se torna ponte entre o humano e o divino, entre o agora e o eterno. 

Em uma imagem publicada em suas redes sociais, Gracinha aparece em plena performance, vestida de flores e rendas, o braço erguido como quem convoca o tempo a escutá-la. A legenda traz uma frase da escritora Rachel Carvalho que parece ter sido escrita para ela: 

“Minha alma transgride as leis do tempo. Que importam os anos? Morrerei menina!”

Essa frase é sua biografia em uma linha. Gracinha é menina eterna, transgressora das horas, rebelde contra o calendário. Sua juventude não está na idade, mas na intensidade com que vive, ensina e declama. 

Sua trajetória também se entrelaça com o Grupo Nuance, do qual participou por 35 anos, desde 1985. Ao lado de Neide, Marly (inesquecível) e Aparecida, percorreu salas, academias e salões de várias cidades do Estado do Rio e de Minas Gerais. O grupo homenageou poetas de todas as eras, dos clássicos do início do século passado aos contemporâneos que ainda escrevem com o coração em brasa. O Nuance foi mais que um grupo: foi um movimento, uma irmandade, uma constelação. Com o falecimento de Marly Prates, o grupo se despediu dos palcos, mas não da memória.

Gracinha também é guardiã de um legado literário. A convite de Neide, mergulhou no projeto de edição dos livros de Maria Sabina. Era um trabalho imenso, de pesquisa e dedicação. Estavam previstos três tomos, mas apenas um foi publicado antes da partida de Neide. Ainda assim, o que foi feito permanece como testemunho de um tempo memorável, de uma parceria que ultrapassou os limites da amizade e se fez missão cultural. 

Em 1987, formou-se em Arte de Dizer, em um recital realizado no Theatro Municipal de Niterói. Recebeu o diploma das mãos da lendária mestra maior Maria Sabina. A cena é quase mítica: duas mulheres de palavra, duas sacerdotisas da poesia, selando um rito de passagem. Gracinha, naquele instante, não apenas recebia um título, ela assumia um destino.

Hoje, Gracinha Rêgo é memória e presente. É a professora que semeia, a declamadora que emociona, a ativista que resiste. É mulher que fez da cultura sua bandeira, que fez da poesia sua arma, que fez da vida sua obra. Sua voz é patrimônio imaterial, sua presença é luz, sua trajetória é exemplo. 

E quando o tempo passar, porque o tempo sempre passa, sua voz continuará ecoando nos palcos, sua imagem seguirá erguida contra o esquecimento, e sua alma, como prometeu Rachel Carvalho, seguirá menina. 

Neste 20 de novembro, o Focus Portal Cultural a celebra não apenas por mais um aniversário, mas por toda uma existência dedicada à arte, à educação e ao amor. Gracinha é mais que uma pessoa: é um movimento, uma chama, uma canção. 

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural

 


SONETO PARA GRACINHA REGO

© Alberto Araújo

 

No palco ergue-se a voz que nos encanta,

Gracinha, mestra, estrela a reluzir,

Declama a vida e faz o povo ouvir,

Com arte pura a alma se levanta.

 

Na sala ensina, e o saber se agiganta,

Cultiva sonhos, sem jamais fugir,

E em cada verso deixa-nos sentir

Que a esperança em seu peito se adianta.

 

Gracias a La Vida é seu estandarte,

Que vibra intenso em sua voz tão plena,

E faz da luta um canto em cada parte.

 

Focus Portal celebra a cena amena:

Gracinha é luz, cultura, força e arte,

E em seu caminho a vida se serena.

 




Gracinha Rego disse: Amigo querido!!!! Puxa vida!!!! Não vi essas perguntas! Não peguei celular cedo!!! Mas você escreveu tão  lindo, tão  lindo, tão lindo...que nada mais que eu falasse sobre mim importaria...pois você me fez a pessoa mais rica do mundo! Estou muito feliz! Meus filhos ficaram encantados! Eu nem sei se mereço,  meu amigo!!! Deus abençoe você e a nossa Shirley!!!! Você  é  demaaaaaaaaaaais!!!! Não tenho mais palavras!!!!🙏🤩🤩🤩🤩🤩🤩🤩🤩🤩🤩🤩🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰



A BIBLIOTECA DA ABADIA DE ADMONT - O TESOURO BARROCO DA ÁUSTRIA

(CLICAR NA IMAGEM PARA VER O VÍDEO)

UMA VIAGEM AO TESOURO DA ALMA!

Adentre a maior biblioteca monástica do mundo e experimente a grandiosidade do Barroco: a Biblioteca da Abadia de Admont na Áustria é mais do que um lugar para livros, é uma viagem ao coração do conhecimento. Com suas estantes curvas de nogueira, afrescos celestiais que cobrem o teto e os imponentes globos terrestres e celestes, cada passo é uma viagem ao planeta da sabedoria e da história. De manuscritos antigos a obras-primas da arte barroca, Admont é o verdadeiro "Tesouro para a Alma". 

A BIBLIOTECA DA ABADIA DE ADMONT - O TESOURO BARROCO DA ÁUSTRIA 

​A Biblioteca da Abadia de Admont, localizada na Estíria, Áustria, é a maior biblioteca monástica do mundo e uma obra-prima inquestionável do período Barroco tardio. Fundada como parte de um mosteiro beneditino em 1074, a abadia sempre cultivou um amor profundo pelo aprendizado, culminando na construção deste salão de biblioteca espetacular. 

​A sala principal da biblioteca, que você viu no vídeo, foi projetada pelo arquiteto Josef Hueber e concluída em 1776. Ela é um testemunho da filosofia iluminista, que via a biblioteca como um espaço para a exibição da totalidade do conhecimento humano. 

​As estantes de nogueira são dispostas em um design curvo e grandioso, acentuado por pilares de mármore falso. O objetivo era criar um espaço que parecesse se estender infinitamente. 

O ponto focal visual é o teto, pintado por Bartolomeo Altomonte. Os sete afrescos representam as fases do conhecimento humano, culminando na Revelação Divina no centro. A inscrição em latim "PSI CHES IA TREI ON" (A Alma [é o] Hospital/Cura/Tesouro) acima da entrada, que aparece brevemente no seu vídeo, sintetiza a ideia de que a biblioteca é um "Tesouro para a Alma".

​O "Esplendor da Luz": O salão é extremamente bem iluminado. A cor das estantes nas seções norte e sul é intencionalmente mais clara ou mais escura para harmonizar com a luz do sol, garantindo um brilho uniforme.

​A biblioteca abriga cerca de 200.000 volumes. O acervo é vastíssimo, mas é especialmente conhecido por: Manuscritos e Incunábulos: Possui cerca de 1.400 manuscritos (os mais antigos datam do século VIII) e mais de 900 incunábulos (livros impressos antes de 1500). Os dois grandes globos, um terrestre e um celeste (feitos pelo Padre cartógrafo P. Gabriel Strobl em 1770), que se destacam no seu vídeo, simbolizam a abrangência do conhecimento sobre a Terra e o Universo. 

A BIBLIOTECA DE ADMONT é mais do que um depósito de livros; é um monumento à arte, à ciência e à fé, encapsulando o espírito de sua época.

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural 









 

UMA NOITE DE CULTURA, EMOÇÃO E CONFRATERNIZAÇÃO - O BRILHO DA REDE SEM FRONTEIRAS NO JANTAR DE ENCERRAMENTO 2025

Em 18 de novembro de 2025, o restaurante Scotton Buffet, em Botafogo, Rio de Janeiro, foi palco de uma noite memorável que se inscreve com brilho na história da cultura lusófona e internacional. Sob a condução impecável de Ana Maria Tourinho, Vice-Presidente Cultural Mundial da Rede Sem Fronteiras (RSF), realizou-se o aguardado Jantar de Encerramento do Ano, reunindo escritores, artistas, autoridades e parceiros culturais em um ambiente de celebração, reconhecimento e afeto. 

A atmosfera era vibrante. Desde os primeiros instantes, os convidados demonstravam entusiasmo e alegria por fazer parte de um encontro tão especial. O salão, cuidadosamente preparado, refletia a elegância e o carinho com que cada detalhe foi pensado. 

Ana Maria Tourinho, anfitriã da noite, conduziu os trabalhos com maestria, sensibilidade e firmeza, imprimindo à celebração um ritmo envolvente e acolhedor. Sua presença foi um verdadeiro elo entre os participantes, conectando histórias, trajetórias e sonhos. Para abrir oficialmente os trabalhos, a fenomenal artista Nina Fernandes foi convidada ao palco para interpretar o Hino da Rede Sem Fronteiras, de autoria sua, um momento de emoção e reverência à identidade da Rede. 

Fundada e presidida por Dyandreia Portugal, a Rede Sem Fronteiras é hoje uma das mais importantes organizações culturais de expressão lusófona no mundo. Com atuação em mais de 30 países, a RSF promove a literatura, as artes e o diálogo intercultural, valorizando talentos e incentivando a produção artística em suas múltiplas formas. Dyandreia, visionária e incansável, lidera essa rede com paixão e competência, transformando ideias em ações concretas e impactantes. 

O jantar foi, acima de tudo, uma reafirmação dos valores que sustentam a RSF: acolhimento, diversidade, protagonismo e internacionalização da cultura. A presença de representantes de academias, instituições literárias e artísticas, jornalistas, músicos e escritores reforçou o papel da Rede como ponte entre culturas e como espaço de valorização da identidade de cada participante. 

A programação da noite foi cuidadosamente desenhada para celebrar conquistas e homenagear trajetórias inspiradoras. Um dos momentos mais aguardados foi o lançamento da Coletânea Mulheres Extraordinárias – Volume 4, obra que dá continuidade à série dedicada ao protagonismo feminino na literatura. A coletânea reúne vozes potentes, narrativas sensíveis e olhares diversos sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea, reafirmando o compromisso da Rede com a valorização da mulher escritora. 


Outro ponto alto foi a entrega de homenagens e troféus, incluindo o simbólico Troféu Camões e o Troféu Cultura Sem Fronteiras, que haviam sido adiados por conta da pandemia e finalmente puderam ser entregues aos autores que muito contribuíram com a Rede ao longo dos últimos anos. Entre os homenageados estavam Alberto Araújo e Nina Fernandes, que receberam o Troféu Cultura Sem Fronteiras, além do gracioso prêmio com o busto de Camões um dos mais relevantes da Rede, com significância comparável a um “Oscar da Cultura”. Também foi entregue o valoroso Certificado de Reconhecimento Institucional RSF - 2025, selando o mérito dos homenageados. 



Além desses reconhecimentos, foram entregues o Troféu Cultura Sem Fronteiras e o Mérito Cultural a autoridades e parceiros que se destacaram em prol da cultura em 2025. A lista de homenageados incluiu nomes como: Ana Cristina Campelo, Ascensión Chanqués, Almirante Carlos Edson Martins da Silva, Claudia Mamede Férrer, Graça Neves, Luiza Lobo, Lúcia Regina de Lucena, Mara Joaquim, Antônio Pereira, Márcia Schweizer, Matilde Slaibi Conti, Selma Sabrá, Marjorie Beatriz Hasson, Sabrina Campos Cunha, Ney Suassuna, Zara Paim e Wilma Guimarães.

Muito aplaudidas também foram as homenagens a Gleidhy Mendes, Laura Miranda, Regina Guimarães, Euderson Kang Tourinho e Marlene Fonseca, Angela Guerra, Antônio Moreira as quais as suas trajetórias foram celebradas com emoção e gratidão. 




A noite foi embalada por apresentações musicais que tocaram o coração dos presentes. Nina Fernandes e Antonio Moreira abriram a programação com interpretações sensíveis e envolventes. Em seguida, Euderson Tourinho encantou com sua gaita, acompanhado por Antonio Moreira no violão, na execução da música “Chuva”. O trio formado por Ana Maria, Euderson e Antonio emocionou ao interpretar “Marina”, criando um momento de pura conexão artística. 

A escritora e cantora Angela Guerra também brilhou com diversas interpretações ao longo da noite. Quase ao final, protagonizou um dos momentos mais sublimes do evento ao presentear o público com a música “Dio Come Ti Amo”, sua voz delicada e doce emocionou a todos os presentes.

E, para coroar a celebração, foi servido um bolo personalizado, símbolo da união e da doçura que permeou todo o evento. Acompanhado de um legítimo champagne francês, o bolo marcou o encerramento com sabor de vitória e esperança. 

ANA MARIA TOURINHO — A ALMA DA NOITE 

Se a Rede Sem Fronteiras tem em Dyandreia Portugal sua força motriz, Ana Maria Tourinho é o coração pulsante que dá vida aos encontros presenciais. Sua dedicação, carisma e capacidade de articulação foram determinantes para o sucesso do jantar. Com sua condução firme e afetuosa, Ana Maria transformou o evento em uma verdadeira celebração da cultura e da amizade. 

Seu trabalho à frente da Vice-Presidência Cultural Mundial tem sido reconhecido internacionalmente, e sua atuação no Brasil é exemplo de como a cultura pode ser promovida com excelência e sensibilidade. Ana Maria não apenas organiza eventos, ela cria experiências que marcam vidas. 

UM BRINDE AO FUTURO

O jantar de encerramento foi mais do que uma confraternização: foi um manifesto de esperança, um tributo à arte e um convite à continuidade. A Rede Sem Fronteiras segue firme em seu propósito de unir pessoas, valorizar talentos e construir pontes entre culturas. E, com lideranças como Dyandreia Portugal e Ana Maria Tourinho, o futuro promete ainda mais encontros inesquecíveis. 

A todos os presentes, fica a lembrança de uma noite mágica. Aos que ainda não fazem parte da Rede, fica o convite: venha sem fronteiras, venha com o coração aberto, venha fazer parte dessa história que transforma o mundo pela cultura. Porque juntos seremos mais fortes!

 

Editorial

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural


Rede Sem Fronteiras, sob a curadoria de Ana Maria Tourinho no Rio, apresenta o Slide 1 do vídeo da Jantar de Confraternização (18/11/2025). Um registro que eterniza a beleza da nossa celebração!

A Rede Sem Fronteiras, por intermédio da curadoria de Ana Maria Tourinho, no Rio de Janeiro, tem a honra de apresentar o vídeo com o Slide 2 da memorável Jantar de Confraternização, realizado em 18 de novembro de 2025.

Este momento celebra a união, a cultura e os laços que fortalecem nossa comunidade, traduzindo em imagens a essência de uma noite inesquecível.