No dia 31
de julho de 1973, nascia o Instituto Histórico e Geográfico de Niterói (IHGN),
fruto direto do entusiasmo e do trabalho coletivo que floresceram a partir do
primeiro Curso de História de Niterói, realizado em comemoração aos 400 anos da
cidade.
Inspirado
no exemplo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), o IHGN surgiu
para reunir historiadores, professores, pesquisadores e apaixonados pela
cultura local, todos unidos pelo propósito maior de preservar, estudar e
divulgar a história e a geografia de Niterói.
Em 1998,
o Instituto deu um passo importante ao ampliar seu escopo, passando a adotar a
denominação atual e instituindo cinquenta Cadeiras de sócios titulares, cada
uma dedicada a um Patrono, consolidando sua vocação como espaço de memória,
pesquisa e diálogo cultural. A primeira presidente do IHGN foi Thalita de
Oliveira Casadei, nome que simboliza o pioneirismo e a dedicação daqueles que
acreditaram na importância de registrar, valorizar e eternizar a trajetória da
cidade.
Hoje,
celebramos com orgulho os 52 anos dessa instituição que continua firme em sua
missão de ser guardiã da identidade e da história de Niterói.
Focus
Portal Cultural – Efemérides
Jornalista
Alberto Araújo
UM POUCO
DA HISTÓRIA
IHGN – 31
DE JULHO DE 1973: GUARDIÃO DA MEMÓRIA E IDENTIDADE DE NITERÓI
Foi nesta
data 31 de julho de 1973, movidos pelo sonho de preservar a história e a
cultura da cidade, um grupo de trinta apaixonados pela memória local fundou o
Instituto Histórico de Niterói, que mais tarde se tornaria o Instituto
Histórico e Geográfico de Niterói (IHGN).
A
iniciativa nasceu durante o primeiro Curso de História de Niterói, comemorativo
aos 400 anos da cidade, reunindo nomes como Nelson Backer Omegnam (Presidente
de Honra), Edmo Rodrigues Lutterbach, Dayl de Almeida, Élio Monnerat Solón de
Pontes, João José Ribeiro Galindo, Paulo Machado da Costa e Silva, Romeu
Rodrigues Silva, entre outros dedicados estudiosos, professores e
pesquisadores.
A ata de
fundação, assinada nessa noite histórica, foi acompanhada da criação de uma Diretoria
Provisória e de uma Comissão para elaboração do Estatuto, aprovado na Faculdade
de Direito da UFF. A primeira diretoria definitiva foi eleita em 12 de setembro
de 1973, tendo como primeira presidente Thalita de Oliveira Casadei, mulher que
marcou a história cultural de Niterói pela sensibilidade e coragem de liderar
esse projeto coletivo.
Em 1998,
o Instituto passou a ter a denominação atual, adotou um novo brasão criado por
Alberto Rosa Fioravanti e instituiu cadeiras com patronos, ampliadas depois para
cinquenta, reafirmando seu compromisso com a valorização de nomes ilustres
ligados à história fluminense.
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Como
surgiu o Instituto Histórico e Geográfico de Niterói
Surgiu do
ideal de alguns apaixonados pela história pátria, que decidiram criar o
Instituto para estudar a história do Brasil, especialmente do Município de
Niterói, e preservar tradições e memórias.
A reunião
de fundação aconteceu em 31 de julho de 1973, no Centro Educacional de Niterói,
cedido pela professora Myrthes de Luca Wenzel, então diretora do
estabelecimento. Nessa noite foi lavrada a ata e formada a primeira Diretoria
Provisória, com o Dr. Nelson Backer Omegna como Presidente de Honra, além da
Comissão para elaboração do Estatuto.
DOCUMENTOS
HISTÓRICOS E REGISTROS CITADOS
Ata de
Fundação, assinada pelos trinta fundadores em 31 de julho de 1973 (fac-símile
incluído na publicação).
Estatuto
elaborado pela comissão mencionada.
Registros
de eleição da primeira Diretoria, em 12 de setembro de 1973, e da posse em 17
de outubro na Academia Fluminense de Letras.
Reconhecimento
oficial como entidade de utilidade pública municipal, pela Lei Municipal nº
281, de 22 de maio de 1975.
Termo de
autorização de uso de espaço para reuniões no prédio do Museu da Cidade de
Niterói, assinado em 1977.
Alguns
fundadores, pioneiros e primeiros sócios.
Foram
mencionados:
Dayl de
Almeida
Élio
Monnerat Solón de Pontes
João José
Ribeiro Galindo
Paulo
Machado da Costa e Silva
Romeu
Rodrigues Silva
Edelweiss
Campos do Amaral
Gilberto
Emílio Chaudon
Luiz da
Silva Oliveira
Oswaldo
Assumpção Rego Filho
Renato
Garcia Justo
Ayrton
Pinto Ribeiro
Horácio
Pacheco
Ovídio
Gouveia Cunha
Raul de
Oliveira Rodrigues
Waston
Veiga de Almeida
Laurindo
de Albuquerque Mello (falecido em 15 de março de 1976)
Heitor
Luiz do Amaral Gurgel (falecido em 1977)
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FATOS
IMPORTANTES
Primeira
Diretoria eleita tinha a meta de chegar a 50 sócios efetivos nos próximos três
anos e instituir sócios beneméritos, honorários e correspondentes.
Foram
eleitos dois sócios beneméritos em 13 de abril de 1977: Guaracy Albuquerque
Souto Mayor e Miguel Freitas Pereira.
Em 1974,
sete anos antes do reconhecimento formal, o Instituto já era considerado
“ligado à terra fluminense” e parte do cenário cultural e pátrio do Estado.
Em 1977,
o Instituto finalmente conquistou sua sede própria, dentro do edifício do Museu
da Cidade de Niterói.
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CURIOSIDADES
ADICIONAIS
Em 1980,
na comemoração dos sete anos de fundação, foi inaugurada uma biblioteca que
recebeu o nome do fundador falecido Heitor Luiz do Amaral Gurgel.
Em 1998,
sob a presidência de Francisco Tomascos de Albuquerque, o nome oficial passou a
ser Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, adotou novo brasão (desenhado
por Alberto Rosa Fioravanti) e criou Cadeiras com Patronos.
Em 2013,
o Instituto completou vinte biênios de gestão, liderados por diferentes
presidentes como Edmo Rodrigues Lutterbach, Gilberto Emílio Chaudon, Salvador
Mata e Silva, José Inaldo Alonso, Francisco Tomascos de Albuquerque, Marcos
Vinicius Macedo Varella, Thalita de Oliveira Casadei, entre outros.
O
nascedouro do Instituto, “sonhado por alguns apaixonados da história pátria”, é
descrito no testemunho que nos dá, em setembro de 1976, o saudoso confrade Edmo
Rodrigues Lutterbach, seu segundo Presidente, no texto Uma Explicação, com que
abrimos esta seção. (Revista IHGN – nº 1 – Ano 1 - 2013)
Ali estão
nominados os seis “apaixonados” e os pioneiros, que somados aos seis, formaram
o grupo dos trinta fundadores, que assinaram a Ata de Fundação, em 31 de julho
de 1973, cujo fac-símile faz parte desta Seção. Uma Diretoria Provisória, tendo
Nelson Backer Omegna como Presidente de Honra, e a Comissão encarregada de
redigir o Estatuto constam também do documento.
A
primeira Diretoria foi eleita em 12 de setembro de 1973 e tomou posse em 17 de
outubro, em solenidade realizada na sede da Academia Fluminense de Letras. Na
data de 13 de setembro, foram tomadas decisões importantes para os destinos do
Instituto Histórico de Niterói: atingir o número de cinquenta sócios efetivos
nos próximos três anos e eleger sócios beneméritos, honorários e
correspondentes.
Os cinco
primeiros sócios efetivos eleitos, ainda naquela mesma ocasião, foram Dayl de
Almeida, Élio Monnerat Solón de Pontes, João José Ribeiro Galindo, Paulo
Machado da Costa e Silva e Romeu Rodrigues Silva. No ano seguinte, Edelweiss
Campos do Amaral, Gilberto Emílio Chaudon, Luiz da Silva Oliveira, Oswaldo
Assumpção Rego Filho e Renato Garcia Justo; e, em 1975, Ayrton Pinto Ribeiro,
Horácio Pacheco, Ovídio Gouveia Cunha, Raul de Oliveira Rodrigues e Waston
Veiga de Almeida. Dois fundadores faleceram: Laurindo de Albuquerque Mello, em
15 de março de 1976 e Heitor Luiz do Amaral Gurgel em 1977. Dois sócios
efetivos foram eleitos em 13 de abril de 1977: Guaracy Albuquerque Souto Mayor
e Miguel Freitas Pereira.
Também,
em 12 de setembro de 1973 foi eleito um bom número de sócios efetivos, sócios
honorários e terras fluminenses foram escolhidas muitos, entre eles, “sócios do
IHGB ligados à terra fluminense” e personalidade como “do cenário cultural do
País e do Estado”, como registra a Ata.
Aprovada
em 08 de novembro de 1974, e, a 14 de maio de 1975, José Perlingeiro de Abreu,
então Deputado Estadual, propôs o Projeto de Lei considerando de utilidade
pública o Instituto Histórico de Niterói, que foi aprovado pela Assembleia
Legislativa na mesma data. Em 1975, sete anos mais tarde, em 1981, o Instituto
Histórico de Niterói, recebia esse reconhecimento do Poder Municipal pela Lei
Municipal nº 281, de 22 de maio. Mais dois sócios beneméritos foram eleitos no
ano seguinte, em 20 de dezembro: Jessé Pinto Freire e Jourdan Amora.
Depois de
ser acolhido por várias Instituições de nossa cidade, para realizar suas
reuniões e solenidades, finalmente, em 1977, nosso Instituto conseguiu uma sede
com a assinatura, pelo Presidente Edmo Rodrigues Lutterbach e a Prefeitura
Municipal, de um Termo de Autorização de uso do Plenário (Auditório) e uma sala
no edifício principal do Museu da Cidade de Niterói (atual sede da Fundação
Municipal de Educação de Niterói). A sala mencionada comportava dois ambientes
separados por divisória de painéis: uma sala de reuniões; a outra, biblioteca.
A sala de reuniões recebeu o nome do fundador falecido Laurindo de Albuquerque
Mello e a biblioteca, homenagem outro fundador falecido Heitor Luiz do Amaral
Gurgel. A inauguração aconteceu nas comemorações do sétimo aniversário, em
1980, quando era presidente Alódio Moledo dos Santos (fac-símile do Convite
para as diversas festividades que marcaram o evento e foto da inauguração da
biblioteca fazem parte desta Seção).
Em 1997,
era presidente o Dr. Dalmo Barreto, quando o Instituto Histórico de Niterói foi
inscrito no Cadastro Geral de Contribuintes sob o nº 30.174.932/0001-11.
Em 1998,
na gestão do presidente Francisco Tomasco de Albuquerque, foram aprovadas
medidas importantes para a Instituição: mudança do nome para Instituto
Histórico e Geográfico de Niterói, adoção de novo Brasão, concebido por Alberto
Rosa Fioravanti e instituição de Cadeiras com Patronos, quarenta, na ocasião,
posteriormente, aumentadas para cinquenta.
Nesse
mesmo ano, foi assinado com a Fundação Municipal de Educação um Termo de
Permissão de uso do pavimento térreo do Bloco Anexo e o Auditório da Fundação;
a partir daí, deixou de ser utilizada a sala do edifício principal, mencionada
anteriormente.
Em 2013,
completam-se vinte biênios de gestão do Instituto Histórico e Geográfico de
Niterói. Vinte Diretorias lideradas por doze Presidentes: três, por três
biênios – Edmo Rodrigues Lutterbach, Gilberto Emílio Chaudon e Salvador Mata e
Silva; outros três, dois biênios – José Inaldo Alonso, Francisco Tomascos de
Albuquerque e Marcos Vinicius Macedo Varella; cinco, um biênio – Thalita de
Oliveira Casadei, Alódio Moledo dos Santos, Marcello Moreira de Ipanema, Dalmo
Freire Barreto e Francil Machado Darigo, atual presidente. Waston Veiga de
Almeida completou o terceiro período de Gilberto Emílio Chaudon.
LINHA DO
TEMPO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE NITERÓI
1973
31 de julho:
Fundação do Instituto, sonhado por “alguns apaixonados da história pátria”.
12 de
setembro: Eleição da primeira Diretoria.
13 de
setembro: Decisões importantes: atingir 50 sócios efetivos nos próximos 3 anos
e eleger sócios beneméritos, honorários e correspondentes.
17 de
outubro: Posse da primeira Diretoria na sede da Academia Fluminense de Letras.
Primeiros
sócios efetivos eleitos: Dayl de Almeida, Élio Monnerat Solón de Pontes, João
José Ribeiro Galindo, Paulo Machado da Costa e Silva, Romeu Rodrigues Silva.
Vários
sócios honorários eleitos, entre eles, “sócios do IHGB ligados à terra
fluminense”.
1974
8 de
novembro: Aprovação do Projeto de Lei para reconhecimento de utilidade pública.
1975
14 de
maio: Projeto de Lei apresentado por José Perlingeiro de Abreu, aprovado pela
Assembleia Legislativa.
Novos
sócios efetivos eleitos: Edelweiss Campos do Amaral, Gilberto Emílio Chaudon,
Luiz da Silva Oliveira, Oswaldo Assumpção Rego Filho, Renato Garcia Justo.
Em 1975
ainda foram eleitos: Ayrton Pinto Ribeiro, Horácio Pacheco, Ovídio Gouveia
Cunha, Raul de Oliveira Rodrigues, Waston Veiga de Almeida.
1976
Setembro:
Edmo Rodrigues Lutterbach escreve o texto Uma Explicação, relatando o
nascedouro do Instituto.
Falecimento
de Laurindo de Albuquerque Mello, em 15 de março.
1977
Falecimento
de Heitor Luiz do Amaral Gurgel.
Novos
sócios efetivos eleitos: Guaçuy Albuquerque Souto Mayor, Miguel Freitas
Pereira.
Conquista
de uma sede: Termo de Autorização com a Prefeitura Municipal, garantindo uso do
Plenário (Auditório) e uma sala no edifício principal do Museu da Cidade de
Niterói.
1980
Inauguração
da sala de reuniões “Laurindo de Albuquerque Mello” e da biblioteca “Heitor
Luiz do Amaral Gurgel”, nas comemorações do 7º aniversário.
Presidência
de Alódio Moledo dos Santos.
1981
Reconhecimento
como de utilidade pública pelo Município (Lei Municipal nº 281, de 22 de maio).
1982
20 de
dezembro: Eleitos novos sócios beneméritos: Jessé Pinto Freire e Jourdan Amora.
1997
Presidência
de Dr. Dalmo Barreto.
Inscrição
do Instituto no Cadastro Geral de Contribuintes: nº 30.174.932/0001-11.
1998
Presidência
de Francisco Tomascos de Albuquerque.
Mudança
do nome para Instituto Histórico e Geográfico de Niterói.
Criação
de novo Brasão, desenhado por Alberto Rosa Fioravanti.
Criação
das Cadeiras com Patronos (inicialmente 40, depois ampliadas para 50).
Assinatura
do Termo de Permissão para uso do pavimento térreo do Bloco Anexo e Auditório
da Fundação Municipal de Educação.
2013
Registro
de vinte biênios de gestão (1973–2013).
Doze
presidentes lideraram o Instituto nesse período:
Edmo
Rodrigues Lutterbach (3 biênios)
Gilberto
Emílio Chaudon (3 biênios)
Salvador
Mata e Silva (3 biênios)
José
Inaldo Alonso (2 biênios)
Francisco
Tomasco de Albuquerque (2 biênios)
Marcos
Vinicius Macedo Varella (2 biênios)
Thalita
de Oliveira Casadei (1 biênio)
Alódio
Moledo dos Santos (1 biênio)
Marcello
Moreira de Ipanema (1 biênio)
Dalmo
Freire Barreto (1 biênio)
Franci
Machado Darigo (1 biênio, atual presidente na época)
Waston
Veiga de Almeida completou o terceiro período de Gilberto Emílio Chaudon.
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Atualmente, o Instituto Histórico e Geográfico de
Niterói segue vivo e atuante sob a presidência da historiadora e acadêmica
Maria do Carmo de Assumpção Borges, que assumiu a liderança sucedendo a
historiadora e acadêmica Matilde Carone Slaibi Conti (gestão 2021–2023). Ao
longo dessas décadas, a instituição se mantém fiel ao seu propósito de
resguardar, valorizar e divulgar a rica trajetória da cidade de Niterói —
fortalecendo o diálogo entre passado e presente, sempre de portas abertas para
a comunidade e para as novas gerações.
Guardião da memória da cidade, o IHGN continua a
escrever, dia após dia, as páginas vivas da história de Niterói.
Fonte das Informações: Revista do IHGN – Edição nº
1- Ano 1 – 2013- publicada pela Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro.
Editorial
Alberto
Araújo
Focus
Portal Cultural