segunda-feira, 21 de julho de 2025

LIANE ARÊAS — QUANDO A POESIA VESTE A DOÇURA E A DELICADEZA - HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL ©Alberto Araújo

Há pessoas que a sua presença é tão delicada e acolhedora quanto à própria poesia que escrevem. Assim é Liane Arêas: senhora de palavras firmes e gestos suaves, que transita com naturalidade entre a pedagogia, a literatura e a fotografia, sempre deixando por onde passa um rastro de afeto e luz. 

Mais do que acadêmica, escritora e estudiosa, Liane encanta por sua doçura, pela atenção aos detalhes e pelo sorriso sereno que oferece aos amigos, confreiras e confrades. É dessa sensibilidade rara que nasce a homenagem do Focus Portal Cultural: não apenas pelos títulos conquistados, mas, sobretudo pela pessoa generosa e inspiradora que ela é. 

Assim, em 21 de julho, o Focus Portal Cultural presta homenagem afetuosa e merecida à professora, escritora, poetisa e fotógrafa Liane de Souza Arêas, celebrando não apenas o seu aniversário, mas, sobretudo a riqueza de sua trajetória cultural, marcada por talento, sensibilidade e amor profundo pela palavra. 

Natural do Rio de Janeiro, Liane construiu um caminho plural: pedagoga, alfabetizadora, expositora da Sociedade Fluminense de Fotografia, formou-se na Universidade de Salamanca, na Espanha, e concluiu cursos de extensão na UFRJ, além de se dedicar ao ensino infantil por meio do Curso Pré-escolar e Alfabetização Nosso Cantinho, que preparou tantas crianças para novos horizontes. Lecionou Espanhol, orientou gerações e manteve sempre viva sua paixão pela educação. 

Personalidade ativa, pacifista e apaixonada pela cultura, Liane integra a Diretoria do Cenáculo Fluminense de História e Letras, participa do Grupo Mônaco de Cultura-Livraria Ideal do livreiro Carlos Mônaco, pessoa de grande estima de Liane, quando nos referimos ao Carlos Mônaco, ela logo desfecha um imenso portal de informações sobre o bibliotecário e dos tempos de ouro da Livraria Ideal. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, da Academia Niteroiense de Letras, da Associação Niteroiense de Escritores, da Associação dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras, da Academia Guanabarina de Letras, da Sociedade de Cultura Latina do Rio de Janeiro e da Academia de Letras Rio Cidade-Maravilhosa. 

Em reconhecimento por sua trajetória, recebeu prêmios, medalhas e honrarias, como o Prêmio Niterói Cultura da ANE, o Troféu e Diploma de 1º lugar no concurso da Academia Carioca de Letras, a Medalha de Bronze Florbela Espanca, edição portuguesa, além de Moções Honrosas da Câmara Municipal de Niterói e da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. 

No dia 28 de agosto de 2013, tomou posse na Cadeira nº 36 da Academia Niteroiense de Letras, patronímica de Gomes Filho, sucedendo Maria de Conceição Pires Mello, Manita, em sessão solene presidida por Márcia Maria de Jesus Pessanha, sendo saudada pelo acadêmico Renato Augusto Farias de Carvalho. Uma cerimônia que reuniu representantes do mundo literário, amigos, familiares e admiradores. 

Especialista e estudiosa da obra de B. Lopes, Liane brilha de forma única ao manter viva a memória do poeta. É autora do livro "B. Lopes – O Poeta Fidalgo", 2010 e, por ocasião do centenário de encantamento de Bernardino da Costa Lopes, proferiu a conferência "B. Lopes Ontem e Hoje: Cem Anos de Encantamento" na Academia Niteroiense de Letras, emocionando a todos ao revelar a grandeza e sensibilidade do poeta que, mesmo vindo de origens humildes, conquistou projeção nacional. 

A tarde-noite contou ainda com recital poético coordenado pela poetisa Neide Barros Rêgo, Intelectual do Ano de 2010, com declamações de alunos do Curso Maria Sabina, acadêmicos convidados e declamadores, tudo está registrado em vídeo pelo Focus Portal Cultural, disponível no canal do Youtube. 

Mas a sensibilidade de Liane transborda fronteiras. Vale frisar um momento especial da nossa homenageada. A intelectual quando esteve em Lisboa, Portugal anos passados. Visitou lugares históricos frequentados por ativistas culturais e amantes do patrimônio, como o afamado Parque dos Poetas em Oeiras, verdadeiro “Museu ao Ar Livre” onde paisagismo e escultura se unem para homenagear nomes maiores da língua portuguesa. Ali, registrou-se ao lado da escultura de Florbela Espanca, Fernando Pessoa e outros em imagens que simbolizam não apenas admiração, mas profunda comunhão com a poesia.

Durante sua estadia, Liane prestigiou também o recital da pianista brasileira Lícia Lucas, realizado no elegante Palácio Foz de Lisboa, participou de reuniões culturais, e ainda visitou o El Corte Inglés, prestigiando exposições de arte, fotografia e literatura, onde tradição e modernidade convivem em perfeita harmonia. 

Atuante, generosa e entusiasta, Liane também é nossa estimada confreira e companheira nas artes literárias e fotográficas. Sempre demonstrou apoio, respeito e amizade sincera, incentivando a todos que compartilham da mesma caminhada cultural. Como bem dizemos: “Falam a nossa língua, acatam o nosso trabalho e nos dão forças para seguir...” 

Ao celebrarmos seu aniversário, celebramos uma história de dedicação e beleza: a de quem vive para guardar, revelar e semear encantamento. Por tudo que já fez, faz e ainda fará, Liane de Souza Arêas merece nossa reverência, carinho e gratidão.


ENTRE B. LOPES E FLORBELA — HOMENAGEM A LIANE 


No Parque em Oeiras, sombra e luz se enlaçam,

Florbela ergue seu bronze ao céu rendido;

E Liane, em doçura, ao tempo erguido,

Colhe memórias que em versos se abraçam.

 

Fala de Lopes, cujas rimas traçam.

Fidalgos sonhos de um Brasil florido;

E em cada frase, o encanto é renascido,

Quando a palavra e a imagem se entrelaçam.

 

Guardiã do passado e dos poetas,

Faz do presente um canto tão sereno,

Que mesmo o vento se rende ao que ela ensina.

 

Traz no sorriso auroras sempre abertas,

E faz do afeto um verbo puro e pleno:

Poesia viva, o nome de Liane, se doutrina. 

© Alberto Araújo 

Celebrar o aniversário de Liane de Souza Arêas é celebrar a poesia viva que ela espalha, seja no cuidado com a memória de B. Lopes, nos versos que escreve, nas imagens que fotografa ou nas palavras de incentivo que oferece aos que trilham caminhos literários.

Doce na essência, firme na dedicação e generosa no convívio, Liane construiu um legado que floresce para além das páginas, tocando corações com a mesma suavidade com que declama um poema ou registra um instante com sua câmera. 

Por tudo isso, deixamos aqui não só nossos aplausos, mas também um sincero e afetuoso muito obrigado: por existir, compartilhar e continuar encantando. 

Parabéns, querida Liane! Sucesso sempre!

Focus Portal Cultural

Alberto Araújo



VERSOS PARA A DELICADEZA DE LIANE

SONETO DE ALBERTO ARAÚJO

Traz no sorriso a paz que a alma encerra,
E nas palavras, flores sempre acesas;
Guarda memórias, sonhos, sutilezas,
Faz da ternura um canto que descerra.

Entre caminhos, livros, luz e terra,
Tecelã de lembranças tão coesas,
Revela em cada gesto, entre as surpresas,
O dom maior que em cada olhar se encerra.
 

Por onde passa, espalha encantamento,
Cultiva a história, a arte e a poesia,
E faz da vida um livro em construção.

É doçura que o tempo faz cimento,
Eterno afeto em clara melodia:
Verso que nasce e mora no coração.

 

© Alberto Araújo

21 de julho de 2025

 



Liane posa ao lado da estátua de Fernando Pessoa

Liane posa ao lado da estátua de Florbela Espanca


(CARTÃO DIGITAL - CLICAR NA IMAGEM) 

(CLICAR NA IMAGEM PARA ASSISTIR A POSSE DE LIANE ARÊAS
NA ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS.



 

domingo, 20 de julho de 2025

ENCONTRO DE AFETOS, MEMÓRIAS E HISTÓRIAS QUE VIVEM - PROSA POÉTICA DE ALBERTO ARAÚJO

Este texto é pura memória afetiva e delicadeza de um instante vivido. É mais do que um relato: é uma prosa poética memorialista, que transforma um simples encontro em celebração da amizade, da cultura e da beleza dos gestos cotidianos. 

Entre livros, conversas e afetos, revivo aqui um momento único ao lado de amigos queridos, na companhia luminosa da professora Dalma Nascimento, escritora admirável, mestra de gerações, autora de inúmeras obras volumosas e profundas, que bordam, com palavras, as nossas memórias culturais. 

Cada detalhe, cada sorriso, cada livro ofertado transforma-se em palavra escrita, guardada não apenas nas páginas, mas, sobretudo, no coração. Este texto partilha a emoção e também a gratidão por tudo o que a literatura e a amizade nos oferecem. 

Na tarde do dia 19 de julho, vivi algo que ultrapassou o simples ato de estar com amigos: foi um mergulho em memórias, literatura e afeto.

Eu e minha querida Shirley, junto com Euderson Kang Tourinho e Ana Maria Tourinho, fomos acolhidos com aquele calor que só uma anfitriã especial pode oferecer: a professora e escritora Dalma Nascimento, presença luminosa e verdadeira guardiã da nossa cultura.

Dalma é autora de mais de quarenta livros densos e ricos, joias da literatura brasileira, entre eles: Carmina Burana: Magia e questionamento cultural; Memórias, resenhas e alguns ensaios; Conversas com Nélida; Re-Vivescências de Autran Dourado; Ramos de Artes da Amiga Myriam; Viagem de Helena Parente Cunha à Absoluz; Croniescrevendo lembranças d’Alma; A grande árvore de Izaura; Meus Escritos em O Correio e muitos outros. 

Ela nos presenteou com seu mais recente trabalho, o aguardado Macunaíma – Mundo Mágico-Mítico em Tranças de Memórias Culturais, cheio de ternura. Uma obra que não nasceu de pressa, mas de anos de afeto, pesquisa e paixão, e que traz o selo da Parthenon Centro de Arte e Cultura, edição de Mauro Carreiro Nolasco, com as belíssimas ilustrações do talentoso Luiz Zatar Carneiro Tabajara. A obra, tecida com carinho por anos, traz à luz as lembranças de sua infância em Barra do Piraí, os relatos do lendário Bar Lili e a aura mágica do herói Macunaíma, que a fascinou desde menina. 

Durante o encontro, Ana Maria Tourinho leu com emoção trechos do texto da própria Dalma que falam do Bar Lili, aquele café onde intelectuais se reuniam para discutir e, muitas vezes, criticar a obra modernista que parecia tão estranha na época, com seu português “errado” e a figura do sacizinho endiabrado que representava o Brasil em suas contradições. 

Dalma compartilhou seu encantamento de menina ao imaginar Macunaíma misturado às aventuras de Monteiro Lobato, no universo do Sítio do Pica-Pau Amarelo, como se o herói sem caráter fosse mais um personagem das histórias que povoavam sua infância sonhadora. 

E não parou por aí. Euderson Tourinho relembrou um episódio marcante: leu o texto sobre a peça teatral encenada há muitos anos por alunos da professora Dalma na UFRJ, onde o consagrado diretor teatral e de novelas, o ator Miguel Falabella, então estudante, fez uma montagem de Macunaíma que encantou e provocou debates intensos na sala de aula, mostrando que a força do personagem continua viva e pulsante. O relato dessa cena, com violão ao fundo e o personagem sendo recebido no céu por Mário de Andrade, emocionou a todos e nos fez perceber como o herói continua “circulando no campo vasto do céu daquela sala e da vida da Dalma”. 

E assim, entre leituras, risos e lembranças, compartilhamos um saboroso lanche que também foi uma prévia da celebração do meu aniversário. Estavam conosco a enfermeira Cristiana, que cuida com carinho de Dalma — pense numa pessoa paciente, pois sim — e Lawrence, filha do coração de Dalma, que mora na Bretanha, na França, e participou desse encontro cheio de ternura.

E o meu coração, já tão grato, se encheu de alegria ao receber presentes especiais: o livro de autoria e autografado pela historiadora Denise G. Porto, Maria Graham – Uma inglesa da Independência do Brasil, que em breve pretendo resenhar; e ainda outros livros de Dalma que faltavam para, enfim, completar a minha coleção da sua obra completa — verdadeira herança cultural que guardarei sempre com carinho e respeito. 

A amiga Ana Tourinho presenteou Dalma com uma linda echarpe e vários livros de sua autoria. Também presenteou a Shirley e a Cristiana com lindas echarpes importadas da Europa. Euderson me presenteou com uma gravata importada “azul”, a cor de minha predileção. 

Ana Tourinho, como é uma adorável presença em todos os momentos, foi portadora especial: trouxe direto da 95ª Feira do Livro de Lisboa, enviada pela presidente Dyandreia Portugal, a Coletânea Sem Fronteiras Pelo Mundo... Coletânea Literária Internacional Lusófona em Verso e Prosa, volume 8 – Edição Histórica, organizada pela jornalista Dyandreia Portugal, para me presentear; em breve farei a resenha. Também ganhei o Catálogo Internacional Vitrine Literária Lusófona da Rede Sem Fronteiras — igualmente organizado pela presidente Dyandreia Portugal. A professora Dalma Nascimento recebeu o livro: “Laços Portugueses” e o “Cápsula do Tempo”, obras magníficas, produções especiais da Rede Sem Fronteiras. 

Naquele entardecer, entre livros, lanches e conversas que pareciam suspender o tempo, meu coração arfava de felicidade, encantado com o carinho dos amigos e com a generosidade da Dalma que, com sua escrita e seu sorriso, constrói pontes que atravessam gerações e corações. Mais do que leitores, somos cúmplices de uma história viva, feita de memórias, palavras e encontros.

E assim, entre um pedaço do saboroso pudim feito pela Cristiana, o suco de maçã provindo da França — uma produção exclusiva de Lawrence —, livros e afetos, celebramos não apenas a chegada de uma nova obra ao mundo, mas a própria magia dos encontros verdadeiros.

Dalma Nascimento, com sua generosidade de alma e seu talento raro, não escreve apenas livros: ela constrói pontes entre o ontem e o agora, entre a lembrança e o sonho, entre quem somos e quem seremos.

Naquela tarde, compreendi, mais uma vez, que são os gestos de ternura, os presentes que nascem do coração e os abraços que não se perdem no tempo que realmente contam a história que vale ser contada. A literatura não vive só de palavras impressas, mas de encontros verdadeiros, de gestos que aquecem, de olhares que abraçam. 

Dalma Nascimento, senhora de alma rara, escreve com o coração e presenteia o mundo não apenas com livros, mas com pontes entre passado e presente, fantasia e realidade, lembrança e sonho. É por isso que todos nós, da cultura, aprendemos a amá-la tanto: porque ela mesma é parte viva da história que conta. Saí de lá com o coração arfando de felicidade, com as mãos cheias de livros, mas, sobretudo, com a alma repleta de gratidão. 

E percebi que, mais do que leitores ou amigos, somos cúmplices de uma história que continua a ser escrita, na cumplicidade, na memória, no apreço.

E que história bonita estamos escrevendo juntos, feita de palavras, de memórias, de gratidão e de um afeto que não conhece fronteiras. 

© Alberto Araújo

19 de julho de 2025

 


CARTA AO CRISTO REDENTOR, AMIGO DE TODAS AS HORAS - PROSA POÉTICA EPISTOLAR DE ALBERTO ARAÚJO

 

APRESENTAÇÃO 

Esta carta nasceu do silêncio das manhãs e do canto dos fins de tarde.

É uma prosa poética epistolar, escrita do coração para Aquele que, mesmo feito de pedra, representa a presença viva e eterna de Jesus entre nós: o Cristo Redentor.

De minha janela, vejo-o todos os dias abraçando a cidade, acolhendo as preces que muitas vezes nem se tornam palavras.

Nele, contemplo mais que um monumento: vejo o Amigo de todas as horas, o guardião dos meus silêncios, o confidente invisível que me acompanha ao longo do tempo. 

Este é um exercício de devoção lírica, nascido da imaginação afetiva, que transforma pedra em presença, estátua em abraço, e distância em companhia eterna.

É, acima de tudo, uma celebração da amizade espiritual que une quem crê a quem acolhe, lá do alto, com os braços sempre abertos. 

CARTA AO AMIGO DE TODAS AS HORAS

CRISTO REDENTOR,

Escrevo-te estas palavras com o coração aberto como o céu que te acolhe, para dizer, uma vez mais, que és meu Amigo de todas as horas. Todos os dias, ao abrir a janela do meu apartamento, encontro teu abraço silencioso recortado no horizonte. Tomo tua bênção antes mesmo de tomar o café, e ali, diante de tua imagem tão próxima e ao mesmo tempo tão eterna, sinto que a vida começa melhor. 

Vejo contigo todos os amanheceres que tingem o céu de ouro e esperança, e assisto, ao teu lado, aos pores de sol que apagam lentamente a luz do dia, mas jamais apagam a luz que vem de Ti. Mesmo quando nuvens pesam sobre a cidade e o teu contorno se faz menos nítido, sei que estás ali, firme no alto, guardando não só a mim, mas todos os amigos, todos os corações que confiam nesse abraço de pedra que fala mais do que mil palavras. 

Teu olhar parece tocar cada rua, cada morro, cada vida e, nessa vigília silenciosa, encontro força e serenidade para os meus dias. És testemunha das minhas alegrias, das minhas dores guardadas, das preces que, muitas vezes, nem sei formular, mas que teu coração entende. 

Nossa amizade, querido Cristo, nasceu do encontro diário do olhar, mas floresceu no silêncio da alma. É uma amizade sem pressa, sem condições, feita de fé e gratidão. E assim seguimos, tu e eu, unidos por essa ponte invisível que liga meu pequeno mundo ao teu abraço infinito.

Pois quem tem um Amigo como Tu jamais caminha só, mesmo nas horas mais sombrias. E mesmo quando a noite cobre teu semblante, sinto que me olhas pelas estrelas.

Com a alma serena e o coração agradecido, de quem todos os dias toma tua bênção, contempla tua presença, e te chama, com devoção e ternura: Amigo. 

© Alberto Araújo

AMIZADE QUE ILUMINA CAMINHOS - HOMENAGEM AO DIA DO AMIGO 20 DE JULHO

 

Hoje, 20 de julho, celebramos não apenas uma data do calendário, mas o verdadeiro sentido da partilha, da escuta, do abraço e da palavra que chega como afeto: o Dia do Amigo. 

O Focus Portal Cultural, na pessoa do jornalista e editor Alberto Araújo, felicita e abraça com gratidão todos os amigos espalhados por cada canto do país, artistas, escritores, leitores, pensadores, fazedores de cultura e sonhadores que, juntos, constroem esta ponte luminosa que atravessa fronteiras. 

Uma saudação especial vai aos queridos foculistas, que nos acompanham, incentivam, trocam saberes e afeto nos nossos grupos de WhatsApp e redes sociais. Vocês são a alma vibrante desta comunidade que pulsa poesia, arte e memória.

E neste dia especial, vibro com alegria e segue o meu abraço cheio de ternura para minha eterna musa, esposa e amiga de sempre, que caminha ao meu lado com amor, inspiração e cumplicidade. 

Que a amizade, celebrada hoje, siga sendo a grande força que inspira, une e transforma.

Porque amigos verdadeiros são faróis que iluminam até as noites mais longas.

  

CAMINHO DE AMIGOS

POEMA DE ALBERTO ARAÚJO


Amizade é ponte invisível,

erguida no silêncio dos gestos,

na partilha do olhar que entende

sem palavras.

 

É afeto que abraça por dentro,

brisa que refresca as horas mais quentes,

luz acesa nas madrugadas

quando o mundo parece pesar.

 

Amizade é o sorriso que chega

antes da pergunta,

o ombro que recolhe lágrimas

e semeia esperança no solo cansado.

 

É a lembrança que não envelhece,

a memória viva de quem nos faz mais inteiros,

a presença que floresce mesmo longe,

feito raiz que sustenta e alimenta.

 

Hoje, celebramos quem caminha conosco,

quem nos ensina a recomeçar,

quem nos faz melhores

simplesmente por estar.

 

Amizade é esse bem sem preço,

misterioso e eterno,

que faz do coração

casa, abrigo e jardim.

 

Feliz Dia do Amigo!

Aos que iluminam a estrada,

aos que abraçam com a alma,

e aos que transformam o tempo

em laços que não se desfazem.

 

Feliz Dia do Amigo!

Com apreço, carinho e luz,

Alberto Araújo – Focus Portal Cultural

 

 

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DIA DO AMIGO — A HISTÓRIA DE UM ABRAÇO QUE GANHOU O MUNDO 

No calendário afetivo da humanidade, o 20 de julho floresceu como o Dia do Amigo, mas poucos sabem que essa data nasceu de um gesto poético e visionário. 

Foi no ano de 1969, quando a humanidade testemunhou, boquiaberta, a chegada do homem à Lua. Inspirado por aquele momento histórico de união global, o argentino Enrique Ernesto Febbraro enxergou ali um símbolo maior: se a humanidade era capaz de conquistar o espaço, também poderia cultivar algo ainda mais grandioso — a amizade entre os povos. 

Movido por essa crença, Febbraro enviou milhares de cartas para diferentes países, convidando pessoas a celebrarem, todos os anos, o 20 de julho como o Dia do Amigo.

O eco desse convite atravessou fronteiras, ganhou corações e se transformou em tradição, especialmente em países da América Latina, como Brasil, Argentina e Uruguai. 

Mais tarde, o sentimento que germinou naquela carta ganhou reconhecimento oficial: em 2011, a ONU proclamou o Dia Internacional da Amizade, celebrado em 30 de julho, reforçando o valor universal desse laço que aproxima, consola e ilumina. 

Assim, celebrar o Dia do Amigo é muito mais do que lembrar uma data: é honrar o poder transformador do afeto e da presença, que, como dizia o poeta, “faz da vida uma dança mais leve e mais bonita”.


©Alberto Araújo

Focus Portal Cultural




(CLICAR NA IMAGEM APRA OUVIR A MÚSICA
CANÇÃO DA AMÉRICA AO PIANO POR ADRIANO LOPES)


MENSAGENS


Maria Otilia disse: Olá! Reconhecemos, que, o nosso, fraterníssimo, Alberto Araújo, sem dúvida alguma, é  Amigo, irmão das “ Estrelas “, vejamos, porque: Eis aqui, Trovas que oferecemos a ele! … iluminado carinhoso abraço! Maria Otilia

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Angela Riccomi disse: Parabéns Alberto pelo lindo texto e o grande amigo que você sabe ser!

 

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Obrigado, adorável Ângela Riccomi! Tenho orgulho e alegria em pertencer ao seu rosário de amizades, onde cada conta guarda histórias, afetos e lembranças que o tempo não apaga. Ser cumprimentado por você neste Dia do Amigo é um presente precioso,
pois sua presença ilumina caminhos e faz da amizade
um verdadeiro ofício de ternura e luz. Abraços a você e o amigo Célio. Alberto Araújo

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Ana  Maria Tourinho disse: Maria Otilia querida. Merecidíssima homenagem. Alberto é verdadeiro Anjo de todos, inclusive eu, e aproveito o Dia do Amigo para agradecer  e felicitar a todos os queridos Foculistas. 

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Admirável amiga Ana Maria Tourinho, muito obrigado pela parte que me toca na mensagem tão bonita que você escreveu à querida Maria Otília. Tenho orgulho imenso de ser amigo seu e também do estimado vascaíno Euderson Tourinho, companheiros de estrada, cultura e afeto verdadeiro. Neste Dia do Amigo, recebo com gratidão essas palavras que aquecem a alma e aproveito para celebrar todos os nossos foculistas, que tornam cada passo mais luminoso. Abraços do amigo, Alberto Araújo. 

GILDA UZEDA disse: Feliz Dia do Amigos a vocês, Alberto e Shirley, e a todos os companheiros do simpático grupo dos Foculistas.

Grande e cordial abraço!

Gilda.


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Amiga Gilda, muito obrigado pelo carinho e pela presença sempre luminosa que você traz ao nosso convívio. Tenho também orgulho de partilhar essa amizade que nasce do afeto e floresce na cultura, tornando nossos caminhos mais leves e ricos de significado. Neste Dia do Amigo, deixo meu abraço fraterno e grato, celebrando também você, que faz parte desse círculo precioso de amigos foculistas. Com estima e amizade, Alberto Araújo





Maria Otília homenageia Alberto Araújo.

Amiga Maria Otília recebo suas trovas como quem recebe flores frescas ao amanhecer: cheias de perfume, beleza e verdade. Agradeço de coração por esse gesto tão delicado e poético, que aqueceu minha alma e iluminou ainda mais este Dia do Amigo. Suas palavras, tecidas com ternura e talento, são laços que nos aproximam e reafirmam a força da amizade que nos une neste grande rosário de afetos que é o Focus Portal Cultural. Com gratidão, amizade e admiração, Alberto Araújo








128 ANOS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS - HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL - @ ALBERTO ARAÚJO

No dia 20 de julho de 1897, na alma vibrante do Rio de Janeiro, floresceu um dos mais nobres jardins da cultura brasileira: a Academia Brasileira de Letras, sonho tecido pelas mãos de Machado de Assis e de outros imortais que ousaram eternizar a palavra. 

Fundada para ser o templo da língua portuguesa e da literatura nacional, a ABL tornou-se, ao longo de 128 anos, guardiã de histórias, saberes e tradições que moldam nossa identidade. É nela que as letras encontram abrigo; que a memória do Brasil respira em cada Cadeira ocupada por quem fez da escrita um ato de amor e resistência. 

Hoje, reverenciamos não apenas a data histórica, mas também a força simbólica que essa casa representa. Um espaço que transcende gerações, onde passado e presente se entrelaçam na busca incansável pela beleza, pela reflexão e pelo diálogo. 

O Focus Portal Cultural exalta essa celebração como quem saúda uma árvore centenária, cujas raízes firmes sustentam os sonhos futuros. Que o espírito fundante de Machado de Assis continue a inspirar novos autores, novas vozes e novos olhares sobre o Brasil. 

Parabéns, Academia Brasileira de Letras!

Que sigas sendo farol da cultura, da liberdade de expressão e do encantamento que só as palavras podem semear.

Site da Instituição: https://www.academia.org.br 


© Alberto Araújo

 



ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS — 128 ANOS DE IMORTALIDADE DA PALAVRA 

No coração do Rio de Janeiro, ergue-se desde 20 de julho de 1897 um dos mais nobres monumentos da cultura brasileira: a Academia Brasileira de Letras (ABL). 

Idealizada por grandes nomes como Machado de Assis, Lúcio de Mendonça, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, Joaquim Nabuco, Afonso Celso, Graça Aranha, Medeiros e Albuquerque, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay e Ruy Barbosa, nasceu sob o sopro da inspiração e do desejo de eternizar a palavra. 

Inspirada nos moldes da Academia Francesa, a ABL é composta por quarenta membros efetivos e perpétuos, conhecidos como “imortais” e conta ainda com vinte sócios estrangeiros correspondentes. Desde a sua origem, tem como missão maior o cultivo e a valorização da língua portuguesa e da literatura brasileira, sendo reconhecida historicamente pelos seus esforços na unificação do idioma, no diálogo entre o português do Brasil e o de Portugal e na construção de acordos ortográficos, como os de 1945 e 1990. 

No fim do século XIX, nomes como Afonso Celso Júnior (no Império) e Medeiros e Albuquerque (na República) defenderam a criação de uma academia literária que representasse oficialmente a literatura nacional. A força da Revista Brasileira, dirigida por José Veríssimo, ajudou a reunir os principais escritores da época, transformando ideia em realidade. 

Coube a Lúcio de Mendonça dar o passo decisivo ao propor uma academia de letras, inicialmente pensada sob a égide do Estado, mas que, diante da recusa governamental, nasceu como instituição privada e independente. Em 15 de dezembro de 1896, na redação da Revista Brasileira, na Travessa do Ouvidor, nº 31, aconteceu a primeira sessão preparatória, na qual Machado de Assis foi aclamado presidente.

Após várias reuniões, a sessão inaugural ocorreu em 20 de julho de 1897, no museu Pedagogium, à Rua do Passeio, reunindo dezesseis acadêmicos fundadores. Na ocasião, Machado fez a alocução de abertura, Rodrigo Otávio leu a memória histórica dos atos preparatórios e Joaquim Nabuco proferiu o discurso inaugural. 

Os estatutos foram assinados por Machado de Assis (presidente); Joaquim Nabuco (secretário-geral); Rodrigo Otávio (1º secretário); Silva Ramos (2º secretário); e Inglês de Sousa (tesoureiro). Para completar o quadro de quarenta membros, outros dez nomes foram escolhidos, entre eles Aluísio Azevedo, Raimundo Correia, Clóvis Beviláqua, Oliveira Lima e Salvador de Mendonça. 

Em 1923, graças ao esforço de Afrânio Peixoto e ao apoio do embaixador francês Raymond Conty, a ABL ganhou como sede o Petit Trianon, réplica carioca do palacete francês erguido originalmente em Versalhes no século XVIII. Tombado como patrimônio histórico, o edifício tornou-se um símbolo da tradição acadêmica e da hospitalidade cultural, abrigando até hoje sessões solenes, cerimônias de posse, visitas guiadas, ciclos de conferências, concertos e lançamentos literários. 

A ABL também mantém o Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, construído entre 1958 e 1961 no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, onde repousam alguns de seus membros ilustres. 

Além de zelar pela língua, a Academia publica a Revista da Academia Brasileira de Letras, promove eventos, conferências e concede prestigiados prêmios literários, como o Prêmio Machado de Assis, o Prêmio ABL de Poesia, o Prêmio ABL de Ficção e o Prêmio ABL de Ensaio e Crítica Literária. Entre as grandes realizações editoriais estão o Dicionário da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras, lançado em 1967, e o Dicionário Ilustrado, editado em 1972. 

Em sua história, a ABL já foi presidida por nomes como Machado de Assis (seu presidente perpétuo) e Austregésilo de Athayde, que permaneceu no cargo por quase 34 anos (1959–1993). Atualmente, é presidida por Merval Pereira, para o biênio 2022/2023 e reeleito para 2023-2025.

Entre os momentos históricos, destaca-se a eleição, em 1977, da escritora Rachel de Queiroz, primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia, marco que abriu as portas para outras vozes femininas. 

Com seus 127 anos, a Academia Brasileira de Letras permanece como um espaço onde tradição e renovação convivem. Um templo da memória, que homenageia o passado sem perder de vista o futuro. 

Mais que paredes, Cadeiras ou ritos, a ABL representa um compromisso eterno com a palavra, o pensamento e a beleza do idioma que nos une como nação. Que sua chama continue iluminando gerações!

Alberto Araújo

Editor e jornalista – Focus Portal Cultural